Capítulo 4

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¡Citação de estupro!

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A viagem foi um completo silêncio, já que o próprio Mikey decidiu dirigir o carro dos irmãos, que se encontravam no banco de trás, os três sem vontade alguma de mexer um dedo que fosse. Mei não tinha realmente medo dele, mas segurou em uma mão de cada dos rapazes ao seu lado, sentindo eles tremerem minimamente, Rindou principalmente. A garota deu um tapinha em sua coxa, apoiando sua cabeça no ombro de Ran, que sabia esconder perfeitamente o que estava sentindo. Chegaram na casa depois de alguns minutos, vendo realmente o quão longe era. Além de ser enorme, não possuía nada em volta, apenas algumas árvores e coisas do tipo, sendo possível ver alguns prédios da cidade de longe.

Desceu do carro e sentiu o olhar pesado de Mikey em si, vendo este conversar algo com Sanzu, que se aproximou de Mei e segurou em seu braço, praticamente a puxando para entrar. Na sala, sentiu vergonha por estar somente de pijama na frente de mais alguns caras, provavelmente o restante da gangue. Pelo clima pesado, claramente alguém estava brigando mais cedo. Viu o com a cicatriz no rosto soltar um outro cara que possuía a mecha loira no cabelo, o qual sorria sem parar para a garota. — Essa aqui é a irmã dos Haitani, ela tava lá na casa do sul. O Mikey disse pra ninguém mexer com ela até ele voltar. — Sanzu soltou seu braço e desceu as escadas até a área subterrânea, ansioso para ver qual tipo de esporro os irmãos levariam.

Mei permaneceu estática em frente aos enormes sofás onde o resto estava, pensando se seria uma boa correr de lá. Ergueu uma sobrancelha para eles, demonstrando extremo desgosto pelos olhares que recebia. Levantou a cabeça e, mais confiante, se sentou em um dos lugares vazios, os observando com muita atenção. Deles em questão quem lhe chamou atenção, foi o da mecha de mais cedo. Este não parava de lhe encarar, demonstrando o quão confortável se sentia em toda aquela situação. Não se importando muito que o resto estivesse vendo, esse tal rapaz foi até o lado de Mei e se sentou, passando o braço por seus ombros. — Então os Haitani tem uma irmã, hm? — Sorria sem parar, se aproximando minimamente da garota — Eu sou o Hanma, vai ser um prazer dividir a casa com você. — Riu em seguida, ouvindo algumas pessoas reclamando ao fundo.

— Que porra, você não sabe aquietar seu pinto, não?? — Um dos rapazes de cabelo branco exclamou, revirando os olhos conforme ia se sentar ao lado do cara da cicatriz. Sussurrou algo em seu ouvido, porém a única coisa que Mei conseguiu ouvir foi seu nome: Kakucho. Ambos olhava descaradamente para a garota, como se sentassem passar algum tipo de coragem ou algo do tipo, dizendo "Pode meter o cacete nele, a gente ajuda!!" silenciosamente. — Olha só a cara dela! — O rapaz continuou, passando o braço pelos ombros do Kakucho da mesma forma que Hanma fazia com Mei — "Ei, por acaso você quer transar comigo? Não se preocupe com DST, eu só passo pra quem eu estupro". — Engrossou a voz, ouvindo o outro reclamar logo em seguida.

— O que caralhos tá acontecendo? — Uma voz bem conhecida por todos adentrou o local, fazendo com que ficassem com um certo medo do que viria a seguir. Mikey se aproximava com Ran e Rindou, vendo este segundo se sentar entre Hanma e Mei, fazendo questão de pisar no pé do homem em seguida. — Enfim. A partir de hoje, Mei Haitani vai passar alguns dias com a gente. É melhor não se meterem nesse assunto que é de interesse meu e dos Haitani apenas. Não questionem minha decisão, e se alguém te importunar, — Se virou para a garota, não cortando o contato visual nenhuma vez — Não hesite em me falar. — Olhou para os rapazes novamente — Assunto encerrado. — Ignorando completamente o que acontecia, desceu as escadas acompanhado de Sanzu, não se importando com o que pensavam ou deixavam de pensar.

"Bom, tenho mais coisas pra fazer agora. Tchauzinho", Hanma se levantou e foi rapidamente em direção a saída, dando uma piscada em direção a Mei antes de realmente ir. A grande maioria acabou indo embora também, restando apenas os irmãos, Kakucho e o de cabelo branco ao seu lado. Os dois últimos pareciam conversar entre si, ela tentando entender direito sobre o que. — Ei, eu tô falando com você. — Rindou disse um pouco mais alto, fazendo com que a irmã prestasse atenção em si — Você vai dormir no nosso quarto, eu e o Ran vamos levar suas malas até lá. Pode ficar aqui enquanto a gente arruma, esses dois aí são os menos piores. — Apontou com a cabeça para os rapazes, ouvindo Ran completar com "Os únicos que não fariam nada, você quis dizer".

Ela então decidiu ficar, mais por curiosidade com o que havia escutado mais cedo. Mei se levantou e foi mais perto dos dois, vendo estes lhe observando com curiosidade — O que você quis dizer com aquilo? — Ergueu uma sobrancelha, levantando um sorriso mínimo em seguida — Por acaso eu vou ser um alvo fácil ou algo do tipo? — Riu baixo, parando quando percebeu que eles não lhe acompanharam — Merda... — Praticamente sussurrou, ouvindo um deles suspirar em seguida. "Não é bem assim, mas o Hanma nunca peitou nenhum dos Haitani, então acho que é um sinal de que tá tudo bem. Aliás, esse é o Kakucho, e eu o Kokonoi. Acho que não chegou a ouvir sobre a gente", o segundo dizia, vendo a garota balançar a cabeça negativamente em seguida.

— Enfim, esse porra tem a fama de estuprador e não é sem motivo. — Kakucho começou falando alto, olhando de relance para o Hajime ao seu lado — Minha ex, ele chegou a fazer isso com ela no ano passado. Ninguém precisa saber dos detalhes, mas caso esse filho da puta venha conversar alguma coisa com você, me fala que eu me responsabilizo de matar aquele corno. — Começava a aumentar seu tom de voz, ouvindo um "Ei" do amigo ao lado. — Não pense em confiar nele ou até mesmo no Sanzu. Bom mesmo seria se você não estivesse aqui. — Pensou por um tempo, se desculpando em seguida — Não que seja ruim você estar aqui. Porra, é a irmã dos Haitani, que legal, eles devem estar felizes. Mas por você mesma, era bom estar em um lugar sem esses dois.

Mei balançou a cabeça positivamente, sorrindo pequeno ao ver este tentando se arrumar nas palavras — Tudo bem, eu entendi. Sinto muito por essa garota, mas pode ficar tranquilo que eu sei me proteger. Como você mesmo disse, eu sou uma Haitani. Com quem acha que meus irmãos treinavam quando ainda moravam em Hong Kong? — Soltou uma risada, se levantando em seguida — Foi um prazer conhecer vocês, mas eu preciso ir dormir agora. Boa noite. — Os ouviu responder o mesmo, finalmente subindo as escadas para o segundo andar. Percebeu que o porão era o lugar que definitivamente não poderia entrar.

Demorou um tempinho para finalmente achar o cômodo, sorrindo quando viu Ran terminando de colocar a camiseta do pijama enquanto Rindou, já vestido também, arrumava os travesseiros. Mesmo dividindo o quarto, cada um possuía sua cama de casal, que agora estavam posicionadas uma ao lado da outra para que pudessem dormir todos juntos. — Gostou? Foi ideia do Ranran. — O mais novo brincou, sentindo um travesseiro voar em seu rosto. Mei, ainda risonha, apenas se jogou na cama e se cobriu, suspirando aliviada. Fazia tempo que isso não acontecia, então pretendia aproveitar. Ouvindo uma movimentação do lado de fora, olhou novamente para eles, perguntando:

— Vocês não eram, tipo, ocupados demais, que não iam nem conseguir me dar atenção? — Viu Ran se deitar no meio, com Rindou ao seu outro lado — Esse Mikey aí não era um monstro de sete cabeças?? Ele tá parecendo bonzinho até demais. — Apoiou a mão em sua cabeça e virou para conseguir encará-los melhor, vendo o de mullet lhe imitar. "É que a gente tem nossos dons", ele respondeu brincando, recebendo uma olhada sinistra do mais velho. "Teve uma época que eu fiz uns trabalhos extras pra ele, agora ele acha que é certo me recompensar, principalmente por ser uma irmã. A única coisa que eu sei é que ele também tem uma, às vezes ficou com saudades, sei lá", Ran levantou a mão para alcançar o interruptor e apagou a luz, sorrindo por finalmente conseguir ter uma boa noite de sono.

— Aah, aliás, logo logo tem festa no 150bpm. Você vai, né Meimei? Lembra que a sua entrada é de graça, só mostrar o RG com seu sobrenome. — Rindou tagarelava animado sem parar gesticulando com as mãos, deixando o outro homem bem, talvez muito, irritado. Percebendo isso, Mei abraçou sua cintura e deitou a cabeça em seu peito, algo que geralmente fazia quando era mais nova, mas ainda sim dando atenção a Rindou. "Eu vou, pode ter certeza. Acha mesmo que eu já não trouxe uma roupa só pra esse dia?", ela sorria, vendo o irmão fazer o mesmo.

あBᴜʙʙʟᴇɢᴜᴍ Bɪᴛᴄʜ - Sʜɪɴɪᴄʜɪʀᴏ Sᴀɴᴏ +18Onde histórias criam vida. Descubra agora