Capítulo 28

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- Você quer comer alguma coisa? Acho que os caras foram no mercado esses dias. - Shinichiro dizia totalmente anestesiado apenas por estar com a cabeça deitada nos seios da garota. Depois de todo aquele misto de emoções, Mei decidiu se deitar um pouco embaixo do lençol e esperar um horário que estivesse com fome, vendo o rapaz lhe acompanhar com enorme prazer, principalmente por poder ficar agarradinho em si. Ela, por outro lado, passava a mão entre os fios negros do Sano, mudando de vídeo no celular a cada 5 segundos. "Vídeos rápidos", assim são chamados.

Mei pensou por um tempo, tirando os fios da testa do outro que, por conta do suor, acabaram ficando para trás. Mesmo que fosse a "primeira vez" de ambos, a garota realmente sabia como comandá-lo, o que resultou em um sexo mais agressivo que o normal. - E o que os caras compraram pro almoço? - Brincou, sentindo Shinichiro apertar o abraço. Ele realmente era um bebêzão, não querendo largá-la de forma alguma.

- Não faz pergunta difícil. Eu sei que tem ovo, serve? - Apoiou o queixo no peito da garota, sorrindo ao ver que esta fazia o mesmo. Mei passou novamente a mão pela testa de Shinichiro, fazendo um carinho por lá. Tanto em seu olhar quanto no dele, o sentimento de amor era nítido, mostrando o quão realizados e felizes estavam por estar lá, principalmente abraçados daquele jeito. "Se for o seu, não", ela brincou, vendo o rapaz esconder seu rosto envergonhado. Nisso, sentiu seu celular vibrar, notificando que um de seus irmãos havia lhe mandado mensagem.

Na lata, Ran perguntava se iria almoçar em casa e, caso sim, o que iria querer comer. Mei riu mínimo com aquilo, chamando a atenção do Sano em seu colo. - Meu irmão, o Ran, perguntou se eu ia comer em casa. - Continuou olhando para a tela acesa, ouvindo um "Acha que o Manjiro acharia ruim se eu fosse?" como resposta. Ela então o encarou com aqueles olhos de "peixe morto", apertando rapidamente o botão de mandar áudio - Ranran, a gente vai almoçar aí sim, eu e o Shinichiro. Faz o que você achar melhor. - Soltou e deixou o celular de canto, voltando novamente sua atenção ao rapaz - O que eu acho é que ele tem que aceitar logo que a gente tá junto. Desculpa, mas eu não vou ficar deixando de fazer as coisas que eu gosto por causa de um loirinho mimado.

O Sano então parou por um tempo para encará-la, pensando no que iria responder de fato. A garota, por outro lado, ergueu uma de suas sobrancelhas, sentindo algo perto de suas pernas. Suspirou minimamente, ainda sim o olhando - Shinichiro, você ficou excitado com o que eu falei, ou foi só impressão? - Este escondeu mais ainda seu rosto, fazendo com que Mei o abraçasse forte contra seus seios - Seu tarado, eu nem falei nada demais!! - Ambos sorriam animados, o rapaz claramente envergonhado com o que havia acontecido.

Se mexeram sem parar até que a garota ficasse por cima de Shinichiro, se sentando em seu colo. Sem pensar muito, ele retirou uma mecha longa do rosto da outra, vendo esta se aproximar aos poucos de sua boca. O momento estava começando a se esquentar novamente, com a Haitani sentindo o volume embaixo de si, talvez insinuando um possível terceiro ou quarto round, isso se alguém não tivesse se assustado ao abrir a porta.

Takeomi gritou alto um pedido de desculpas, fazendo com que Mei tivesse a mesma reação, deitando novamente para se cobrir com o lençol. Shinichiro, por outro lado, revirou os olhos ao se levantar para vestir pelo menos uma calça, abrindo a porta sem mais e olhando seu amigo - Que foi? - Ergueu uma sobrancelha, impaciente por ter sido incomodado em um momento tão bom quanto aquele. "Eu só vim avisar que a gente tinha chegado, eu e o Benkei. O Wakasa tá na casa da...", Takeomi dizia meio incerto, puxando o rapaz para conversarem melhor no corredor. "Aquela é a irmã dos Haitani?? Eu pensei que você tava só brincando! Cara, você ficou maluco?? Eles vão vir atrás de você!!", parecia preocupado com o amigo, que nem ao menos se importava com isso.

Mei conseguia ouvir partes da conversa, revirando os olhos quando seu sobrenome foi citado. Porque todos ainda possuem preconceito com seus irmãos? Tá, eles eram famosos, mas estava cansada se dizer que não tinha nada haver com tudo aquilo!

Assim, a se levantou furiosa e colocou suas roupas novamente, pensando talvez até mesmo ter pegado uma camiseta de Shinichiro sem querer. Abrindo a porta em um pulo, observou ambos os rapazes lhe olharem, porém Mei encarava um específico. - Pode falar na minha cara, eu não mordo. - Cruzou os braços, vendo Takeomi ficar minimamente sem reação. Ele então ergueu sua cabeça e estufou o peito, começando a falar. "A relação de vocês é um perigo pra Black Dragons", foi seco, engolindo falso quando viu a garota se aproximar de si furiosa. Ela sentia seu sangue ferver, e Shinichiro percebia isso.

- Você não tem que ficar se metendo nos meus assuntos. - O Sano a puxou novamente para dentro do quarto, vendo esta arrumar rapidamente suas coisas. Ouviram um "Essa conversa ainda não acabou", vindo de fora, o que deixou ambos mais irritados que antes. Ele então se sentou na outra cama, encarando Mei furiosa mexendo em suas meias - Amor...- Arriscou chamá-la assim, não recebendo nenhuma reclamação - Eu vou conversar com ele mais tarde, não se preocupa. O Takeomi pensa demais na gangue e às vezes esquece que nós também somos humanos. Ele sempre foi assim, principalmente com os irmãos. - Viu a garota se aproximar novamente, puxando seu braço com força.

- Vamos. Meus irmãos tão esperando, e eu queria deixar claro pra eles que a gente tá junto, diferente de outras pessoas que parecem não entender. - Mei terminou de arrumar sua bolsa furiosa, colocando ambas as mãos apoiadas na cama ao redor de Shinichiro - Eu não tô preparada pra te abandonar tão cedo assim. - Deu um último selinho no rapaz, o segurando para que saíssem do quarto. Pelo caminho, encontraram até mesmo Takeomi e Benkei, mas apenas passaram por ambos como se nada estivesse acontecendo, a Haitani principalmente.

Subindo na moto, Shinichiro teve certeza de que ela estava segura, dando então a partida. Depois de tudo o que passaram, sentia como se estivessem juntos há anos, tendo coragem para contar todo e qualquer tipo de coisa a ela, mesmo sabendo que não era bem assim. Mei apertava firme sua cintura, sentindo este colocar a mão em sua coxa em momentos específicos, como se tentasse acalmá-la ou algo do tipo. E querendo ou não, isso a deixava mole. Com isso, não demorou muito para chegarem na casa principal da gangue, deixando Shinichiro minimamente nervoso por finalmente conhecer onde seu irmão morava, além dos familiares de Mei, mesmo que ela deixasse claro o que aconteceria caso não se dessem bem por algum motivo. Precisava admitir, tinha um pouco de medo dela.

あBᴜʙʙʟᴇɢᴜᴍ Bɪᴛᴄʜ - Sʜɪɴɪᴄʜɪʀᴏ Sᴀɴᴏ +18Onde histórias criam vida. Descubra agora