Capítulo 17

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Dada a largada, que Emma, como sempre, fazia questão de balançar as bandeiras de cores chamativas, Mei voltou onde as garotas estavam, percebendo que Wakasa não se encontrava mais naquele lugar. Se impressionava em como o rapaz possuía o dom de ir e vir sem ninguém realmente ver ou prestar atenção. Assim, se aproximou de Hana e notou que esta conversava com uma menina de cabelos brancos, dando brecha para que passasse o braço por seu pescoço — E aí, mami, não vai me apresentar melhor suas amigas? — Sorriu em direção a Ryuguji, vendo esta fazer o mesmo porém de uma forma mais envergonhada.

— Não se preocupa, eu sei falar. — De braços cruzados, a garota não parecia confortável naquela situação, como se Mei tivesse lhe atrapalhado ou algo do tipo — Eu sou a Senju, e posso me considerar uma das melhores amigas da Hana. — A morena percebeu claramente que disse aquilo para lhe atacar, como se estivesse ligando. Respirou fundo e continuou a encarar a tal "Senju", sorrindo em sua direção. Não estava no pique de brigar, não realmente. Apertou um pouco mais a garota ao seu lado, sentindo esta lhe abraçar também. Provavelmente toda a tensão se mais cedo havia se transformado em uma cumplicidade.

— Não se preocupa, gatinha, não vou roubar a Hana de você. — Mei olhou para ela ao seu lado, levantando minimamente um dos cantos de seus lábios — Talvez por 5 minutos. — Percebeu a feição de Senju piorar, como se realmente estivesse super incomodada com o que as duas estavam fazendo. A Haitani suspeitava até mesmo que ela gostasse de Hana, porque logo após, saiu praticamente batendo os pés. Mei olhou novamente para a garota ao seu lado, que apenas soltou um "Deixa que eu resolvo depois", puxando mais sua cintura para que se aproximassem.

Mayu percebeu toda aquela cena, mas decidiu ficar quieta enquanto ouvia sua amiga falar algo de como era bom trabalhar com os Kawata, que, mesmo sendo "da família", era algo que ela realmente gostava, mas que ainda assim não iria abandonar a costura de fato. Pegando a conversa pela metade, Mei, enquanto fazia um carinho no ombro de Hana, se virou para as outras suas e se pôs a falar — Você que tava naquele dia que eu fui, né? — Ayaka a olhou com certo receio, engolindo seco enquanto acenava positivamente justamente por saber sobre sua reputação, além de se lembrar claramente com quem ela estava "naquele dia" — Aaaah, sim! É que eu não conheço muitos restaurantes por aqui, mas lá é realmente muito bom, tipo, demais?

Ao ouvir aquilo, foi como se uma chavinha tivesse virado na cabeça de Ayaka, a deixando sorridente em pouquíssimos minutos — Sim!! Aquele era meu terceiro dia na verdade, mas os Kawatas são bem conhecidos aqui na região, não só pela comida. Aliás, não é por nada não, mas o Nahoya é meu namorado, ele sempre faz a janta quando eu durmo na casa dele, e meu deus que coisa boa!! — Mayu olhava a amiga falar animada, pensando "Agora vai". Sempre que alguém perguntava sobre um assunto que Ayaka gostava era batata, essa falava, falava e falava sem parar. Muitas das vezes era a loira quem tinha que pedir para essa maneirar, mas Mei parecia realmente interessada no assunto, como se estivesse feliz por ter feito uma nova amiga ou algo do tipo.

Mayu então olhou para Hana, que também parecia imersa até demais no assunto, talvez até mesmo prestando atenção somente em Mei, que parecia lhe abraçar cada vez mais forte. Com isso, decidiu ficar em silêncio também, voltando a ouvir o que Ayaka tinha para falar — Aí no dia seguinte ele acordou com o cabelo todo roxo por ter usado o shampoo do Nana sem querer. Juro, deu muita dó do An esse dia, mas eu consegui ajudar ele porque sou formada em "curso de cabeleleiro". — Brincou, querendo dizer que possuía muitos anos de experiência nessa área, visto que já pintou seu próprio de inúmeras cores.

Mei riu com sua fala, balançando a cabeça positivamente — Não duvido. Mas coitado, não sei se consigo imaginar ele de cabelo roxo. — Ouviu Mayu comentar algo com Hana, mas não deu tanta importância. Conversavam de uma forma amigável, como se ficassem assim todos os dias. Mei também continuou falando com Ayaka, mas nada realmente importante, apenas como "Souya era um bebêzão quando não estava com o Nahoya", achava até mesmo um pouco estranho não chamá-los por seus apelidos do restaurante. — Meus irmãos também não conseguem se desgrudar, incrível. Eles até fizeram uma tatuagem juntos. — Sentiu a Ryuguji lhe apertar um pouco após lhe lançar um olhar de desaprovação, como se não fosse para tocar de jeito nenhum no nome dos Haitani.

あBᴜʙʙʟᴇɢᴜᴍ Bɪᴛᴄʜ - Sʜɪɴɪᴄʜɪʀᴏ Sᴀɴᴏ +18Onde histórias criam vida. Descubra agora