Infinite Love-Madi Griffin

03: ARRANHÕES NA MADEIRA

Madi:

Revistei algumas casas três ou quatro, nelas eu achei algumas comidas, que foi pouca. O restante da comida que encontrei estava estragada ou mofada, o único enlatado que achei em bom estado foi de ervilha com milho além de algumas facas de cozinha, nada demais.

Os zumbis na casa tinha em média dois ou três e nas ruas tem alguns zumbis não são muitos, mais se juntarem-se poderam causar um grande problema. Por isso eu sempre tento ser invisível ao seus olhos.

Andando por essa rua 'silenciosa' e sem ninguém por perto finalmente pude me sentir a vontade todos os sentimentos que aquela casa parecia querer esconder e me sufocar, mais aqui, aqui fora eu pudia respirar fundo sentir o ar vazio e solitário me castigar.

Caminhei em direção a uma casa parei em frente à porta e tirei a faca da cintura, me preparei para o que viesse, coloquei a mão na maçaneta e a giro e empurro, rezava para que essa porta estivesse aberta já que as outras tive que pular a janela.

A porta estava aberta, empurrei devagar mas a porta escandalosa igual a dos filmes de terror, anunciou a minha chegada fiquei alguns minutos ali parada esperando o 'morto' aparecer.

Como nada apareceu caminhei em frente, ao chegar no meio da sala ouço um barulho de madeira sendo arranhada no andar de cima, mas decido revirar o andar de baixo afim de evitar problemas.

Estava no último cômodo, a cozinha, quando eu vi um homem gritar no andar de cima, no mesmo local onde vinha os arranhões.

-vai embora!-gritou furioso, mais logo depois ouvir grunhido, claramente era um zumbi que estava arranhando a porta.

Fiquei no pé da escada e olhei para cima, subir a escada apertando firme o cabo da faca, qualquer som que eu tivesse ouvido antes, parou, assim que cheguei no final da escada, revirei os olhos ao ver o caminho se dividir para a direita e esquerda.

Viro à direita rezando para nenhum zumbi pular em cima de mim. Entrei no primeiro quarto não avistando nada, sair dali apressada já que aquele suspense e silêncio estava me matando.

Sinto uma mão agarrar meu ombro e me puxar para trás tento empurrá-lo mas falho miseravelmente, aquela coisa não queria largar meu casaco.

Então, tirei o meu casaco deixando a faca cair no chão, desequilibrada cair rastejo até a faca e me viro com a faca apontada para ele esperando me atacar, mas apenas vejo cheirar meu casaco freneticamente por longos minutos até jogar no vão e ele voltar para me atacar.

Chuto sua cara e ele cambalea para trás o que me dá tempo de levantar e me preparar para joga-lo na grade assim como fez com meu casaco.

Um pé para trás, para deixar o corpo firme mãos na frente e cravei a faca na cabeça jogando o corpo do zumbi.

Fiquei olhando o corpo ali estirado, encima de meu casaco com meu peito subindo e descendo, estava me acalmando até sentir uma presença ali.

Levantei o rosto, me assustando com a enorme cicatriz de uma ponta a outra.

12:43_
Abby: Madi, você vai para o hospital comigo ou vai ficar com o Murphy? - ao ouvir o nome do infeliz nego com a cabeça.
Madi: nem pensar, da última vez ele me ofereceu maconha! - rapidamente fecho minha boca me arrependendo de minhas palavras.
Bellamy: ele fez o que ?
Madi: nada - lembro que Murphy havia me pagado 100 dólares para não falar nada a ninguém - você não estar atrasado para o trabalho?
Bellamy: é, quando eu chegar eu chegar a gente conversa.
Madi: é uma pena que a Abby vai ficar de plantão, né? - digo enquanto colocava minha comida no prato.
Abby: vamos, Madi - ela pegou a bolsa deu um beijo no marido e foi até a porta.
Madi: o que ? - digo incrédula - eu acabei de chegar da escola nem comi ainda.
Jake: você estava no telefone com o Henry - ele desmascara minha mentira.
Abby: você quer carona Bel?
Bellamy: nao, a Gena tá lá embaixo me esperando - nunca fui com a cara dela.
Addy: Madi!! Vamos - ao me ver parada feito uma estátua ela suspira - estou no carro te esperando coloca essa comida no vaso e vamos.
18:01
Madi: o que está acontecendo ? - pergunto a uma das enfermeiras sobre a agitação no hospital.
- código PP nível 6.
Madi: mentira - digo desacreditada - vai trazer um louco pra cá? - me exalto - eu vou ter a oportunidade de conhecer uma possível serialkiler?
Abby: você não vai conhecer ninguém, você vai ficar na área de descanso.
Madi: o que mais, isto é a perca de uma grande oportunidade!
Abby: não, sem discussão, aproveita que está indo pra lá e acorde o Omar ele vai ficar comigo - disse enquanto fazia anotações na prancheta.
22:08
Depois de me aposentar na área onde os médicos ficam para descansar, acabei dormindo, não sei por quanto tempo mais, o mundo lá fora parecia estar caindo, barulhos de sirenes ecoavam do lado de fora, normal para um hospital ter algumas sirenes porém, um hospital calmo é mais perigoso do que agitado.
Levantei da cama e caminhei tácita até ficar alguns passos da porta. Fiquei quieta para escutar ao menos um grilo. Contudo me assustei ao ver um cara enorme, que mais se parecia com um gorila, entrar e fechar a porta. Olhei de cima a baixo, tentando identifica-lo, até que percebi sangue em baixo do seus pés descalço, comecei a dar pequenos passos para trás até que o homem me percebe ali.
- olá - disse o calvo com um sorriso perverso - eu sou novo aqui, péssimo dia para começar - no crachá pendurado em sua roupa tinha o nome Omar, uma lágrima solitária caiu do meu rosto - o que foi? - ele percebeu o erro - você conhecia ele né? - olhei para o botão de emergência do quarto deixando muito claro minhas intenções.
Ele correu até mim e eu corri em direção ao botão de emergência como se fosse o último paraquedas do avião em chamas prestes a explodir.
Depois de soar o alarme sou facilmente dominada por ele, com força ele agarra meus cabelos e me joga na parede. Arrastei pelo chão pedindo ajuda, até ser agarrada novamente, desta vez ele me colocou na mesa e começou a me enforcar até perder a consciência.