Infinite Love-Madi Griffin

09: É A CARNE

Mesmo com meus sentidos confusos eu sabia que não deveria fazer movimentos bruscos por isso apenas abri os meus olhos tendo a certeza que os acontecimentos de hoje cedo tinham realmente acontecido, mesmo com meus braços e pernas acorrentados podia me movimentar.

Aos poucos fui levantando a cabeça para fazer o reconhecimento do local, era uma contrução abandonada. O lugar estava vazio e tinha somente uma escada dando acesso ao andar de cima, o ambiente cheirava a ferrugem, nas paredes tinham alguns buracos que deixava a luz fraca entrar, isso era apenas na minha frente, o que eu podia ver, virei para trás e vi uma mesa e uma grande porta trancada.

O único barulho era as árvores, passos e conversas imperceptíveis, ouvi a porta ser destrancada.
A porta se abri porém não viro meu rosto para olha-lo apenas encaro em linha reta aceitando meu fim.

Ian: olá Medi — a voz me fez arrepiar, ouvi seus passos devagar andar para um lado e para outro — soube que você andou onde não devia — ouço seus passos virem a minha direita — não vai falar nada ? — bem devagar olho em sua direção, ele ajustava a manga de sua camisa.

Madi: que porra você tem na sua cabeça de fazer aquilo? Quer saber ? Eu não quero saber, eu quero é ir em bora— eu falava rápido enquanto olhava para ele ainda do chão — você pode ficar avontade nesse circo e nunca mais nos ver, só nos deixe ir, eu e meus amigos, eu juro que nunca mais você vai me ver.

Ian: nunca mais ? — fingiu pensar — então é só deixar você e seus amigos irem? — ele riu — nós dois sabemos que você não vai conseguir deixar isso pra lá, você e seus amigos — ele disse pensativo enquanto mudava de lugar — que amigos Medi? O Henry ? O que tava brigando com você mais cedo? Ou as outras que acabou de conhecer ? — engulo em seco.

Madi: então por que você está aqui ? Já que não vai me deixar ir, ah! — exclamei como se estivesse me lembrado de algo — você vai fazer um discurso, daquele que os idiotas sempre fazem antes de morrer — ele riu como se eu estivesse acabado de entrar no jogo dele.

Ian: nos últimos dias eu andei te observando e estudando, — ele riu sarcástico — sabe garota se quer um conselho de vida — ele se abaixou na altura que eu estava — aprenda a observar seus inimigos. Garota burra.

Madi: deu o mesmo conselho de merda a sua esposa e filha? — seu sorriso foi substituído por uma cara carrancuda — fazer o quê se eu riu na cara do perigo.

Ian: você e sua gentinha são todos iguais se acham superiores—

Madi: vou logo te enterromper, eu não tenho o mínimo interesse para nada, então se vai me matar, me mate logo — falar isso não substituía o medo que sentia.

Ian: eu não vou te matar, não agora. Que tal começarmos.

Madi: e lá vem história — revirei os olhos.

Ian: já ouviu falar de Mount Weather? — fiquei seria, ele se levantou e começou a andar de um lado para outro,dando um intervalo de vez ou outra, enquanto contava sua história — algumas pessoas foram mandadas para lá quando o surto começou, e vivíamos em paz eu, minha esposa e filha até um novo grupo chegar —ele fez uma pausa — eu e um grupo havíamos saído para procurar alguns equipamentos para a nossa casa continuar em pé — ele dizia com uma voz triste — quando estávamos voltando vimos algumas pessoas, seis no máximo fugindo de Mount Weather, suas peles estavam queimadas, — ele olhou para baixo — incluindo a minha esposa e filha.

Aposto que todos mereceram morrer. É uma pena que não terminaram o serviço—respiro fundo.

Ian: depois que ficamos bem longe daquele lugar elas nos contaram que Clarke Griffin e Bellamy Blake soltaram a radiação e mataram todos, até as crianças — ele me encarou sério — depois que levantamos a comunidade descobrimos que a minha esposa, o amor da minha vida estava com câncer, ela se matou por quê não queria nos dar trabalho. E como se não bastasse a minha garotinha sumiu.

Madi: e você acha que eu tenho algo haver com o sumiço da sua filha? Olha eu nem sabia o que era Mount Weather até alguns dias atrás.

Ian: sim, você tem algo haver sobre o sumiço da minha filha talvez não diretamente, mais eu sei que você tem algo haver.

Madi: olha só—

Ian: o que me leva a você! eu descobre que você era uma deles quando estava em volta da fogueira, eu estava lá te observando — estou receosa demais para pensar em algumas coisa — alguma coisa me atraia até você, até que aquele menino fez a pergunta mais tonta que poderia — em paços lentos ele anda para trás de mim— ele poderia ter feito qual quer pergunta, mais perguntou seu nome.

Madi: o que você vai fazer ?

Ian: já que sua mãe não está aqui, vai com você mesmo — virei meu rosto para trás e o vi com um chicote nas mãos, ele estava preparado.

Madi: Não!! — gritei me levantando mais ele havia sido mais rápido, senti minha pele rasgando e arder ao mesmo tempo.

Ian: sinta toda a dor que eu sentir.

Ele começa a repetir suas ações anteriores quatro vezes seguidas. Logo após ele apenas sai andando e assobiando, enquanto me deixava sangrar no chão sujo.

Flashback:
Woen: então, como estar hoje ?
Deixo de fazer minhas tarefas da escola e olho o homem alto moreno e olhar perdido se sentar na lixeira.
Madi: quando eu souber qual o dia de hoje eu vou te responder. Quem é você ?
Woen: Woen de onde você veio?
O cheiro de droga era perceptível.
Madi: não conte ao Murphy. Mas eu não sou um nascido-terrestre.
Woen: não?
Sua cabeça rodava o quarto por inteiro.
Woen: você faz parte do grupo da Equipe da Árvore?
Madi: não? Eu fui aqui mandada para poder estudar o pior ser das piores espécies
Era meu sonho contar uma mentira para um drogado e fazer com que ele acreditasse.
Woen: 'mandada'... 'mandar' pó deve ser mó rola ser mandada né ? Quero dizer, não que eu não goste né. Sabe como é?
Woen: o lance é não viver para os outros, não viver a vida dos outros, viva a sua e os deixe la.
Madi: deixar quem na onde ?
Woen: apenas mande tudo se fuder!
John: OLHA A DESGRAÇA DA BOCA!
Woen: "deixe os outros no lugar dele e fassa o seu melhor sozinha" assim disse uma vez o senhor baseado.
Madi: o que é isso??