The Umbrella Academy - Liliane Hargreeves

Capítulo 13

Ao sair do banho tudo que queria era me deitar e fechar os olhos e acordar como se nada tivesse acontecido, e foi isso que eu fiz.                           

8h, acordei e fui direto para o espelho com a esperança de ver a minha imagem de 29 anos de novo e que tudo tivesse sido um sonho, mas não foi isso que vi.
Talvez Vanya tenha razão não deve ser tão ruim ter 16 outra vez, o problema seria explicar para uma certa pessoa como eu voltei a adolescência.
O lado bom é que eu não estava mais conectada com a outra Lili.
— Bom dia Lili — Pronunciou Five ao entrar em meu quarto — Como se sente?
— Isso importa?
— Não, mas quero saber — Disse Five simplesmente.
Garoto arrogante.
— Como você se sentiu?
— Não foi minha pergunta — Disse ele me oferecendo uma xícara de café — Não tive tempo para sentir ou pensar algo a respeito quando aconteceu, foi meio que uma droga, mas depois de um tempo me acostumei, foi só meu corpo que mudou.
— Então ta dizendo que não é ruim? — Perguntei confusa.
— Tem seus lados bons
— Obrigada pelo conforto.                       

10h, desci para sala quando me senti confortável em aparecer me encontrando com minha família que estava disposta a deixar o serviço para ficar mais uns com os outros. Afinal eu nunca entendi o por que eles queriam trabalhar já que o papai deixou uma fortuna para nós.
— Ah minha pequena como você está? — Perguntou Klaus ao me abraçar
— Estou bem — Respondi
— Eu ainda não entendo, o portal ta fechado por que você não volta ao normal? — Disse Diego.
— Eu também não faço ideia, mas está tudo bem, como eu disse para o Five uma vez, aproveite a adolescência que você perdeu, então ta na hora deu seguir meu próprio conselho.
— E vai fazer o que? — Perguntou Vanya.
— Uma coisa que eu não fazia a tempos.
Minha família olhou confusos para mim esperando uma explicação.
— Me divertir — Olhei para Klaus ao dizer e ele entendeu a jogada.
— Uhuuu! Vamos voltar para a boate hot pepper! — Pronunciou ele
— Boate o que? — Perguntou Five
— Hot Pepper, a Lili e eu íamos lá quando tínhamos 15 anos.
— E como entravam? — Perguntou Luther
— Identidades falsas — Respondi
— Caralho, sua irmã era uma rebelde — Disse Lila para Diego — E eu achando que você era igual o Five, o engravatado dos pés a cabeça — Disse Lila caindo na gargalhada.
— O que quer dizer com isso? — Perguntei confusa.
— O Five fundou a comissão, bem, não esse Five, mas o de 70, 80 anos sei lá.
Surpresa,  Five foi quem fundou aquele lugar? e também é o que mais o odeia, depois de mim.
— Só eu não sabia disso?
— É... — Disse Luther
— Beleza, então voltando a boate, vocês vão?
— Essa é sua ideia de diversão? — Perguntou Five
— Sim — Respondi simplesmente.
— Que coisa mais sem sal.
— Diz a pessoa que o hobby favorito é beber.
Todos gargalhava pois sabia que dizia a verdade.
— E o que tem nessa boate além da bebida? — Perguntou Five.
— Jovens, homens e mulheres, strippers e as vezes rola umas vulgaridade, mas é só ignorar.
— Vulgaridades? — questionou Vanya
— Ela quis dizer que transam em público — Afirmou Five.
Lila riu e então disse: Eu topo ir, parece ser uma coisa muito louca.
Diego aceitou ir por Lila e convenci Vanya a ir, já Five e Luther não deram a resposta tão cedo e sim depois de 10 minutos, Luther disse que iria só para ver como era, já Five afirmou que ia para garantir que não nos metesse em problemas.                        

— A sn está me perguntando o por que você ta ignorando as mensagens dela — Pronunciou Five ao parar na porta do meu quarto as 18h da tarde.
— E por que você tem o número dela? — Perguntei desconfiada.
— Ela me passou naquela noite em que fomos naquela festa e então começamos a conversar
— Sério? E não me disse nada?
— Precisava? — Respondeu ele com um sorriso sínico — Você queria que eu conhece-se ela, não? Então estou fazendo isso.
— Ta — Respondi simplesmente revirando os olhos — Diz para ela que eu vou responder ela mais tarde.
Five assentiu e voltou para seu quarto e logo depois Lila veio até o meu, me fazendo estranhar, já que não éramos tão próximos.
— Posso ajudar? — Perguntei
— Eu vim — Disse ela tentando procurar as palavras — Como você soube da gravidez? Entrou na minha cabeça?
— Não foi por querer, as vezes é espontâneo — Expliquei — Desculpa
— Eu quero saber, tem como você usar seus poderes para ver o bebê?
— Como assim? — Perguntei confusa — Você está de três meses, como seria possível?
— Pelo pouco que sei, existem várias realidades e versões alternativas de nós mesmos por ai, e se existir alguma realidade onde o bebê já nasceu ou que já saiba o sexo.
— Não é assim que funciona Lila — Avisei — Se quer ver o sexo do bebê ou saber que tipo de mãe você vai ser, acho que o Five é a melhor opção, ou você mesma, já que copia os poderes.
— Não posso fazer isso sozinha — Disse ela com o olhar cabisbaixo.
— Ei, você vai ser uma mãe incrível Lila, você não é sua mãe — Garanti ao apoiar a mão em seu ombro.
— Como sabe que minha mãe é o motivo?
Droga, droga, droga.
— Devo ter visto em suas lembranças quando entrei na sua mente sem querer — Afirmei com um sorriso fraco.
— Obrigada Lili — Agradeceu ela — Pelas palavras.
Assenti com um leve sorriso, só que dessa vez sincero.
Lila é uma boa pessoa e entendo o lado dela, a gestora não era flor que se cheirava, e meu pai também não e assim como ela se eu tivesse um filho iria trata-lo de uma maneira diferente de que nossos pais nos tratavam.

"Você vai ficar sentada nessa posição até conseguir uma visão adequada Liliane!"
"Você fez uma ilusão durar pouco demais, pela sua falta de concentração, você Liliane  poderia ter colocado seus irmãos(a) em perigo ou pior, para que isso não se repita, você vai treinar até conseguir manter uma ilusão por 30 minutos ou mais!"
"Concentrece! O objeto que tem que ir até você e não ao contrário!"
Ah era um pesadelo.
— Vamos a tal boate que horas? — Perguntou Lila me tirando dos pensamentos.
— As 20h.
— Certo, então é melhor eu ir me arrumar — Avisou ela já saindo e com um sorriso alegre no rosto.
Bom apesar das coisas horríveis que Sr. Reginald Hargreeves e a gestora me fez passar eu diria que voltar a adolescência talvez tenha sido um presente do universo. Ao qual eu aproveitaria ao máximo.