Capítulo 18

24 4 2
                                    

~ Five ~

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

~ Five ~

Enquanto ninguém aparecia, tentei me virar sozinho. Fui até a sala de primeiro socorros e limpei o sangramento, preparei a agulha e me preparei para costurar, até ouvir os passos da gestora pelo corredor.
— Sério Five, depois de tudo que passamos ainda vai ficar nessa! — Cantarolou ela — Aparece Five, vamos conversar.
Me escondi em baixo da mesa.
De novo a tontura tomou conta, água, eu precisava de água. Me levantei para ir ao bebedouro no canto da parede, mas com a fraqueza acabei esbarrando em uma bandeja, fazendo alarde para onde estava.
— Merda — Sussurrei
Não dava tempo de costurar o corte em meu braço, então fiz algo mais improvisado para estancar o sangramento, amarrei com força a gravata em meu braço e caminhei agachado até um lugar menos visível.
Segundos depois, a gestora entrou na sala com a faca em mãos e caminhou com toda a elegância em volta, observando.
— Five — Cantarolou ela.
Escondido entre as mesas no centro da sala, apenas com um lençol cobrindo em volta me escondendo, observei os passos dela vindo em direção a mim.
— Te achei — Pronunciou ela com um sorriso vespero quando puxou o lençol.
No mesmo instante me teletransporteí, sem ao menos pensar exatamente para onde. Cai na sala principal de entrada, batendo a cabeça ao cair no canto do pilastre em baixo das escadas perto dos corpos que gestora deixou. Fraco, estava fraco.

~ Lili ~

Ao chegar no campo aberto da comissão, avistei Hurb e mais alguns agentes.
— Hurb? O que aconteceu? Você viu o Five?
— Ow que bom ver um rosto conhecido — Falou ele aliviado — A gestora atacou a comissão e nos prendeu e o Five lutou com ela, a última vez que vimos ele antes de sair, foi na sala da diretoria.
Assim que Hurb terminou de falar corri para a comissão. S/n veio atrás de mim, encantada com o lugar.
— Não se deixe enganar pela beleza, esse lugar é um inferno.
— Já esteve aqui?
— Trabalhei aqui por um tempo.
— O que fazia?
— Nem queira saber — Falei simplesmente.
Parando á porta me preparei para atacar.
Peguei duas facas e dei a arma para S/n.
— Sabe usar?
— Não — Disse ela, assustada com aquilo em suas mãos.
— Certo, ela já está carregada, você só tem que destravar puxando o trinco para trás, mirar e atirar — Expliquei com demostração — Vou ficar com as facas, sou melhor usando elas, tive o melhor professor — Pronunciei com um leve sorriso.
— Ta legal, qual é o plano?
— O plano é o seguinte, a gente entra procura pelo Five e reza para não se encontrar com uma mulher de cabelo branco, mas se encontramos não exite em atirar.
Assim que entramos não demorou muito para achar Five, pois ele já estava bem ali, deitado no chão escorado no pilastre de baixo da escada junto a um monte de corpos em volta.
— É, ele facilitou o trabalho — Falei.
S/n correu até Five e se abaixou até ele tentando o acorda.
Depois de um tempo ele acordou, ainda tonto pela perda de sangue.
— Tá legal, S/n você costura o corte no braço dele, tem água na bolsa dá para ele beber, seja breve, vou olhar em volta.
Sempre em posição de ataque andei pela sala observando qualquer sinal da gestora, olhei as três salas do primeiro andar, não havia ninguém.
Uma coisa que Sr. Redinald Hargreeves me ensinou, é que sempre devemos ficar atento em cada coisinha a nossa volta, pois o perigo sempre está por perto. Trabalhar na comissão aperfeiçoou isso.
Estava muito silencioso.
Voltei para perto de Five e S/n e esperei ela terminar a costura para poder pegar ele e sair dali.
— Ela vai descer aqui a qualquer momento — Afirmou Five — Rapido — Ordenou ele.
— Estou indo mais rápido que posso — Disse S/n
Me sentei em posição de yoga e me concentrei nos sons a minha volta, tentei manter a calma.
— Ora, ora, temos companhia Five — Cantarolou Gestora no pé da escada.
Imediatamente me levantei em posição de ataque, enquanto ela andava graciosamente até nós com as mãos para trás.
Ao chegar perto o suficiente ela puxou a faca de trás das costas e golpeou acertando o ar, desfazendo a ilusão que havia criado para distrai-la.
— Ow, achei que fosse mais esperta — Brinquei saindo de trás do pilastre do outro lado da sala.
Five e S/n já estavam fora de alcance.
— Quem é você? — Questionou ela — Parece familiar, mas não me lembro de você — Disse ela caminhando até mim.
— Quem sou eu? Ninguém importante — Disse, já do outro lado da sala, nas escadas.
De um canto ao outro, eu aparecia e desaparecia. Sem ela percebe eu tomava conta de sua mente, brincando com ela, como um gato brincando com sua presa.
As ilusões físicas eram fortes e divertidas, mas as ilusões mentais eram mais ainda. A confusão que criava na mente das pessoas, era cruel e invasiva, mas com a gestora não sentia a culpa que deveria sentir do que se fosse com outra pessoa.
Criar ilusões mentais gastavam a energia mais rápido, mas precisava mante-la distraída até S/n terminar os curativos em Five. Por pelo menos mais 4 minutos.
— Você é uma das irmãs de Five?
— Por que interessa? — Falei enquanto andava de um lado a outro.
— Por que será muito gratificante matar alguém importante para ele — Disse ela.
No mesmo instante ela me segurou contra a parede e enterrou a faca na lateral de meu abdômen, com o golpe dado me desconcentrei de sua mente e tropecei para trás.
Senti a ardência em meu abdômen ficar mais forte e então levei a mão até lá, úmido, algo molhou minha mão, meu proprio sangue.
A gestora havia se soltado de minha ilusão mental quando minha energia estava enfraquecendo e no momento em que me esfaqueou na mente ela havia me esfaqueado em corpo físico, me fazendo se afastar de sua mente.
— Achou mesmo que poderia brincar comigo? criança.
— É, não custava tenta — Falei com um sorriso cínico.
Gestora se aproximou de mim para terminar o serviço, mas quase que imediatamente Five se teletransportou para meu lado e me tirou dali.
— Não achou que um pequeno corte ia me matar né? — Brincou Five.
— Ei, eu ajudei — Pronunciou S/n
Sorri com as palavras.
— Lili, sua cintura... — Pronunciou S/n em desespero
— Eu to bem, foi só um corte — Disse simplesmente — Agora vamos cai o fora daqui, antes que ela venha atrás de nós.
— Se ela vim, lutamos — Pronunciou Five.
— Caso você não tenha percebido velhote, estamos sem vantagem alguma.
— Ela está certa Five.
Five me segurou de pé ao seu lado e S/n me segurou do outro e então voltamos para casa.

— Por que temos que ficar de olho nele? — Perguntou Luther — Por que ele voltou dos mortos depois de supostamente fecharmos o portal? — Disse Alisson— Ele parece não lembrar mesmo do que aconteceu — Proferiu Lila— É mais não quer dizer que ele não...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Por que temos que ficar de olho nele? — Perguntou Luther
— Por que ele voltou dos mortos depois de supostamente fecharmos o portal? — Disse Alisson
— Ele parece não lembrar mesmo do que aconteceu — Proferiu Lila
— É mais não quer dizer que ele não tenha feito — Pronunciou Diego
— Ele pode ser um Redinald dessa linha do tempo — Disse Klaus
— Não tem como ser, Redinald Hargreeves morreu, tem provas, jornais falando disso — Afirmou Alisson.
— A única que pode entender disso é a Lili e o Five, não entendemos sobre viagens no tempo e portais entre mundos — Pronunciou Vanya
— É, aliás onde eles estão? — Perguntou Luther
— Boa pergunta, a Lili disse que ia se arrumar para sairmos — Explicou Vanya — Já o Five, ele saiu bem antes de discutirmos o plano.
— A Lili não está, eu já fui até o quarto dela — Avisou Lila.
— Espero que não estejam com problemas — Disse Alisson.
Uma luz azul cobriu o meio da sala por um segundo, e depois sumiu revelando Five e S/n com Lili apoiada em seus ombros, sangrando.
— O que aconteceu? — Perguntou Vanya indo até eles.
— Um pequeno imprevisto — Pronunciou Five.
— Eu estou bem — Afirmou Lili com a voz falha.
— Você está sangrando! — Disse Diego.
— Um pouquinho — Falou Lili ao sorrir com deboche.
— Ajudem a levar ela para a sala de medicamentos — Pediu Five.
Lili escorreu dos braços de S/n e Five quase que caindo sobre o chão, desmaiando pela perda de sangue.
— Agora! — Ordenou Five.
Vanya e Alisson ajudaram Five e S/n a levarem Lili para a sala de medicamentos.
— Ela precisa de um médico! não sabemos como cuidar de um corte profundo — Avisou Alisson.
— Não, se levarmos ela para o hospital, vão querer saber como aconteceu e não tem como explicar isso — Disse Five inquieto.
— Eu posso tentar, quer dizer eu costurei seu corte Five, e eu já fiz prontos socorros básicos.
— Certo — Concordou ele.
— Só me ajudem, Alisson prepara a água quente, Five estanca o sangramento enquanto eu preparo a agulha.
Five e Alisson correram para fazer o que S/n havia dito, Lili ainda respirava embora sua respiração se mantinha fraca demais.

~ Lili ~

Depois de chegar em casa a última coisa que me lembrava era de ver os olhares de minha família perplexos enquanto minha visão embaçava lentamente até sentir meu corpo enfraquecer e cair.
Ainda ouvia a conversa em volta embora não conseguisse me mexer ou abrir os olhos, mas era como sussuros até eu apagar de vez e entrar em minha própria mente.
Era um lugar seguro na maioria das vezes. Sentia meu corpo falhar sempre ao meu chamado, mas minha mente se mantinha forte, segura e aconchegante, sussurrado para mim mesma que eles conseguissem a tempo. Parte de mim dizia que estava grata por tudo que vivi e que se eu morresse morreria em paz, mas a outra parte dizia que ainda não era a hora, ainda tinha coisas que queria experimentar, palavras que queria dizer e sentir mais uma vez a felicidade de poder ver o rosto das pessoas que amo, então por favor não me deixem ir...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
The Umbrella Academy - Liliane HargreevesOnde histórias criam vida. Descubra agora