The Umbrella Academy - Liliane Hargreeves

Capítulo 16

A academia era grande, então corri para o único lugar de aconchego onde não me encontrariam, o sótão.
De certa forma eu fui uma grande babaca ao falar daquela forma, deixei meus sentimentos e ciúmes tomar conta, e com certeza a S/n e o Five perceberam.

Na sala de jantar.
~ Five ~
Não sou tão idiota, sei que aquelas palavras de Lili teve significado, foi ciúmes. Mas pelo o que? Por que?
Eu estar saindo com a melhor amiga dela a incomodava tanto assim?. Pode ser egoísta e um tanto babaca da minha parte, mas quero ver no que isso vai dar.
— S/n? A gente pode conversar em particular?
— Perguntei.
S/n assentiu e então se levantou junto a mim e me acompanhou para outro canto da casa, longe de meus irmãos(a).
— Eu quero saber, qual a sua visão entre isso? — Disse ao apontar entre nós dois.
— Gosto de você Five, não te conheço tão bem quanto, mas gostaria.
— Certo, e o que você e a Lili tem?
— Somos amigas, grandes amigas — Corrigiu ela — Também gostaria de a conhecer melhor.
— Se eu te convidar para morar com a gente, você aceita? — Perguntei — Assim todos podemos nos conhecer e conviver juntos.
Uma grande merda, estou fazendo uma grande idiotice, mas se quero confirmar o que Lili sente ou o que sinto, tenho que testar minhas teorias.
— Seria incrível, mas por que isso?
— Quero ver como vai ser a relação entre todos nós, especialmente Lili e você.
— Então isso é algum tipo de teste?
— Não diria teste, estou apenas querendo saber como você e minha família irão conviver — Menti, não era exatamente uma mentira, só pelo fato de que a "família" seria apenas a Lili — Minha família é um pouco complicada, principalmente a Lili, então quero que você esteja cem porcento certa do que quer.
— Eu aceito.

~ Lila ~
Será que eu fui a única a perceber o clima estranho que ficou?
Não, o Klaus deve ter notado algo, ele sussurrou algo para a Lili.
A pequena deve está tão mal com a situação, e agora eu fiz ela e Five serem padrinho e madrinha do Stanley. Me sinto péssima.
Achei que os dois tinham algo, eles pareciam tão unidos e era fofo, o tampinha é um baita babaca em não perceber isso. Ou será que ele finge que não percebe?

~ Lili ~
O sótão era aconchegante, era o lugar onde eu ficava quando estava chateada ou quando precisava me concentrar. Estava um pouco empoeirado, mas ainda era aconchegante e silencioso.
Acho que esse é o momento em que eu queria estar resolvendo os problemas dos outros do que os meus.
Nunca imaginei que a pessoa que eu amo ficaria com minha amiga, mas é claro, a culpa foi minha, eu que apresentei eles, eu que convenci eles a se falarem, até o momento era o que eu queria, mas vê-los juntos não me deixa feliz como gostaria.
— Lili? — Chamou Klaus entrando pela portinha pequena do sótão — Você está aqui?
— Aqui — Pronunciei do canto do pequeno quarto onde estava abraçada a mim mesma.
— Oh minha pequena, por que está assim? Por que está tão brava com o Five?
Levantei o olhar para Klaus que imediatamente entendeu o que eu estava sentindo.
— Você gosta dele — Pronunciou ele surpreso — Olha eu não imaginava, quer dizer eu até percebia as cantadas, as implicância e o jeito que você o olhava, mas achei que era passageiro, até por que essas coisas aconteceram quando tínhamos entre 8 a 12 anos.
— Uau Klaus — Falei ironicamente.
— Quer dizer, era um jeito de amar diferente, o Luther e a Alisson viviam juntos com olhares de cachorrinho apaixonado, você não era o tipo que se apaixonava.
— Está querendo me animar ou me fazer se suicidar Klaus?
— Desculpa, o que quero dizer é que sinto muito — Disse ele ao se aproximar e me abraçar — Mas olha, pode não dar certo, ou o Five pode está apenas te provocando.
— E por que acha isso? Ele não deve sentir o mesmo por mim.
— Como eu disse, o jeito de amar era diferente.
Klaus havia conseguido tirar um riso de mim, mas não mudava o fato de que ainda veria Five e S/n colados quando saísse dali.

Após descer me encontrei com todos sentados na sala jogando tabuleiro.
— Ah! Acho que tive um déjà-vu — Pronunciei
— Como assim? — Perguntou Vanya
— Vocês faziam isso todo sábado na outra realidade, claro com pequenas mudanças, me enjoei - Disse por fim me jogando no sofá.
— Você está bem Lili? — Perguntou S/n gentilmente.
— Sim, obrigada por perguntar.
— O que quis dizer com outra realidade? — Perguntou ela confusa.
— Eu fiquei presa em uma realidade alternativa, minha consciência na verdade, meu corpo físico ficou aqui.
— Não entendi.
— Resumindo, esse garoto de ego forte sentado ao seu lado — Pronunciei olhando para Five, que respirou fundo tentando segurar a raiva — Usou os poderes para viajar no tempo e ficou preso em um futuro pós apocalíptico, então depois de 14 anos eu tentei ligar meus poderes com as realidades possíveis para encontra-lo, mas eu estava errada em como funcionava e acabei me desconcentrando e ficando presa em uma delas. Então voltei depois de dois anos trazendo comigo um outro apocalipse, um paradoxo que colide realidades e meche com a linha do tempo, por fim conseguimos resolver esse problema, mas antes de resolver eu fui pega por ele e agora estou na forma como vê.
— Uau, então realidades alternativas existem? E você realmente viaja no tempo? — Disse ela para Five — E o restante de vocês?
— Sim, e sim.
— É, nossos poderes não é algo que fode com todo o universo como o da Lili e o do Five — Pronunciou Diego.
— Ei, foi um erro, não era para tudo aquilo acontecer — Disse Five.
Silêncio ondulou pela sala por um tempo, depois só se ouvia os gritos e risadas de alegria relacionada aos jogos.
Five chamou a atenção de todos para contar que S/n iria morar com a gente e eu pude ver seu olhar se fixa em mim, fazendo um arrepio subir pela minha nuca. Mas que poha, o que ele quer de mim?