episode 4

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Algumas semanas se passaram desde nossa última aparição para a gangue do Scooby-Doo. Nesse meio tempo, aproveitei para aprimorar alguns feitiços e absorver muito poder - para ser específica, de cerca de duzentas bruxas. Tentei conversar civilizadamente, mas elas não quiseram me ouvir. Já que iria matá-las, pensei: por que não pegar sua magia?
Bem, Katherine está determinada a manter Stefan e Elena separados. Para isso, nós duas iremos atrás da Barbie Vampira. Ela ainda está aprendendo a controlar a si mesma e suas emoções, então não será difícil manipulá-la. Katherine pode ser um pouco impulsiva, mas seu instinto de sobrevivência e sede de poder são muito úteis em situações como esta.
Quanto aos irmãos Salvatore, estou intrigada com seus movimentos recentes. Damon parece ter se tornado mais calmo e calculista desde que retornamos a Mystic Falls, e isso é fascinante. Seu jeito imprevisível e impulsivo de agir sempre me atraiu, e agora, com essa nova faceta, a curiosidade só aumenta.
Enquanto isso, Stefan parece estar no limite de sua paciência. O modo como ele protege Elena com tanto afinco me faz questionar se ele está disposto a ir além dos limites morais para mantê-la a salvo. Será que essa proteção excessiva é apenas por amor? não faz sentido.
Independentemente das intenções de Stefan, o destino de Elena está selado. Ela não faz a menor ideia do papel que vai desempenhar em nosso plano, e assim que ela cumprir seu propósito, podemos desfazer-nos dela. Ela é apenas uma mortal frágil fácil de ser manipulada e jogada de lado quando não for mais necessária.
Por enquanto, aproveitaremos ao máximo o jogo das aparências e nos certificaremos de que nada interfira em nosso plano.
Ao chegar na casa da loira subimos ao segundo andar e entramos no quarto em que ela estava dormindo. Me sento no sofá que estava no canto enquanto Katherine fica ao lado da cama, esperando pacientemente que Caroline acorde. Não demora muito, e ela acorda após alguns minutos, assustada e com a respiração pesada. Ela coloca a mão no peito.

—Elena?—pergunta Caroline, é inviável não revirar os olhos com a burra insistência.

—Errou, tente de novo—Katherine diz, com uma expressão neutra que rapidamente se transforma em um sorriso sardônico após escutar a jovem vampira suspirar de exaustão.

—Katherine...—Caroline diz, com a voz um pouco falhada. Decido me aproximar delas.

—Não tenha medo, iremos nos divertir muito juntas—digo, encarando-a com intensidade enquanto me aproximo.

Após alguns segundos, desvio o olhar e sorrio para Kath, uma troca de entendimentos silenciosa.

—Sim, muito—Katherine devolve o sorriso e se concentra em Caroline, cujo coração está batendo rápido em seu peito, palpitando como um pássaro preso em uma gaiola.

Caroline olha rapidamente entre nós duas, confusa e com medo. É mais do que óbvio que ela quer fugir, mas o medo e a curiosidade a mantém imóvel em sua cama. Apenas mais uma marionete em nossas mãos.

— Você está querendo fugir, não está?—pergunto em um sussurro, acariciando sua bochecha com o dedo, observando seus olhos se arregalarem.

—Não... não sei—ela murmura, sua voz trêmula quando tenta evitar meu contato.

—Não se preocupe, querida—Katherine intervém.—Logo você irá aprender a lidar com seus instintos e desejos. Estamos aqui para ajudá-la.

Aperto meu sorriso enquanto Katherine acaricia o rosto de Caroline, que respira fundo, tentando processar o que está acontecendo. O medo na sala é quase palpável, e isso só nos dá mais poder. É simplesmente delicioso brincar com nossas peças em nosso jogo.
Após repassar o plano para Caroline saímos de la, no caminho Kath conta sobre seu plano. Ela planeja provocar Stefan, forçando-o a usar verbena contra ela, enquanto eu procuro a pedra da Lua em sua casa, e Caroline distrai a doce e inocente Elena.
Empurro a porta e entro na pensão, disfarçadamente colocando uma sálvia pra queimar em uma mesa no hall de entrada. Enquanto adentro mais na casa, o silêncio é interrompido pelo som de um coração batendo rapidamente e uma silhueta que passa no corredor.

—Motus—eu sussurro, jogando-a contra a parede e fazendo a estaca cair em meus pés—Espero que você não estivesse planejando usar isso em mim... Seria bastante rude da sua parte.

Ela geme, seu corpo sendo esmagado contra a parede enquanto eu me abaixo para pegar a estaca. Dou um sorriso de lado para ela, saboreando a sensação do poder que detenho.

—Eu te mato sem usar magia ou as vantagens de ser vampiro. Pra ser mais precisa, eu te mato fazendo as unhas—digo, inclinando minha cabeça—Mas não vim aqui pra isso, cadê Katherine?

—Talvez esteja morta—ela responde com um sorriso irritante no rosto.

—Não, seu namoradinho não mataria ela—digo, aliviando a pressão contra a parede. Ela dá um suspiro aliviado, mas eu gostaria que fosse o último. —Ele ainda ama ela, ou não teria uma foto dela e namoraria a duplicata dela.

Sorrio ao ver que minhas palavras a afetaram, sentindo o poder e a influência que tenho sobre ela.

— Ela não está aqui, agora tenho que ir—solto a pressão da magia que prendia ela na parede jogando-a no sofá.

Ela rapidamente pega sua bolsa e foge pela porta. Eu pego meu telefone e envio uma mensagem para Caroline, instruindo-a a distrair Elena o máximo possível, impedindo-a de voltar para a pensão por agora. Subo correndo para o andar de cima e começo a procurar a pedra da Lua. Reviro a gaveta de cueca de Damon e encontro um vidro de bourbon. Não é o que eu estava procurando, mas serve. Sirvo um copo para mim mesma e volto à minha busca.
Não estava com eles, eles não tinham pego de Tyler.
Suspiro frustrada e desço até o porão para buscar Kath e ir embora. No caminho, pego uma bolsa de sangue.

—Ops, acho que quebrei a porta de vocês—dou um sorrisinho—Depois mando uma cesta com uma carta de desculpas—Digo ironicamente e prendo Stefan contra a parede.

—O que você está fazendo aqui?—Stefan pergunta com sua pose de herói, chega até ser engraçado.

—Você acha mesmo que eu deixaria você torturar minha vadia favorita?—jogo a bolsa de sangue para Katherine.—Sua namorada sabe que você prende sua ex no porão? Meio estranho, não?!

—Fale logo—ele insiste, e eu o ignoro, voltando minha atenção a Katherine.

—Vamos, não tem nada aqui—ela se levanta e enfia a estaca que estava no chão no estômago de Stefan, que geme de dor.

Então caminhamos para o lado de fora da pensão entrando no meu carro e indo em direção onde estávamos hospedadas

Always And Forever~Klaus M.Onde histórias criam vida. Descubra agora