O vale

A história de Any

Em 1980 a casa em que Brenda e seus dois filhos moram já existia, só que menor e menos glamorosa. Nela moravam três pessoas uma mulher viciada em drogas, um homem bastante violento e alcoólatra e uma menina frágil.

Any era o nome da menina, ela tinha apenas 11 anos e já tinha uma aparência abatida de um adulto, mesmo assim ela amava bonecas, desenhar, histórias de fada e magia.

  Uma noite uma coisa surpreendente aconteceu com Any, um inseto começou a brilhar para ela.

  Any tinha apanhado do pai e seus braços já estavam ficando com marcas roxas. O pai dela tinha dado uma surra nela por não ter obedecido ele, sim foi exatamente isso. Ela se recusou a levar uma cerveja para ele, ele se levantou pegou uma tala de borracha de 1,5 centímetro de espessura e bateu em Any até as marcas da tala fica-se visíveis nas pernas e nos braços da garotinha, Any ficou deitada no chão imundo por algumas horas, seu pai já tinha ido para o quarto dele, ela, então levantou e foi em direção ao seu quarto, subiu a escadaria cambaleando. Passou para o corredor que só tinha seu quarto eo porão o quarto de Eddy não existia na época. foi ai que Any viu o inseto brilhante. Ele parecia um gafanhoto que brilhava como ouro.
O inseto pulou a janela e foi em direção a porta da frente da casa. Any desce as escada devagar para não fazer barulho, mas isso não era preciso, seus pais estavam no quarto em um frenesi perturbador, e os gemidos e palavrões eram escutados a quilômetros de distância.
Any sabia ignorar aquilo era quase uma rotina deles beber, fumar e ter intercurso a noite inteira.
Ela abriu a porta devagar mesmo não precisando, ela estava descalça vestida com uma vestido branco amarelado que ela ganhou do tio Luiz, ele era o único irmão de sua mãe.

O cheiro era de liberdade mas ela sabia que seria temporária, mesmo assim, era agradável. O orvalho caindo sobre sua cabeça ela pisou descalça no chão, se sentia viva, como  uma criança deveria ser. O inseto voou para o vale, logo atrás veio Any com um belo sorriso no rosto, ela passou pela cerca, mas antes ela viu uma placa, "Área reservada, não entre".
Ignorando o aviso Any passa pelo buraco e continuo a seguir o inseto, animada com o que ele teria para mostrar, um reino de fadas, talvez, um mundo de pequenas criaturas mágicas, era o que ela esperava, mas, no entanto, só foi para uma trilha escura iluminada apenas pelo inseto, parecia que até o céu se recusava a iluminar aquela área.

Ela correu em uma trilha e a todo momento teve a sensação que estava sendo seguida, ela viu que o inseto parou em um lugar, era uma cabana  abandonada, nem entrada parecia ter,  a não ser as janelas, o inseto foi entrando na cabana. Any hesitou, mas logo em seguida entrou. A cabana tinha cheiro de mofo e vegetação em decomposição, não tinha nenhum móvel, só um grande circulo no Centro e velas, quando ela percebeu que tinha uma coisa olhando para ela já era tarde.

Any começou a flutuar e ouviu cinco vozes falando ao mesmo tempo.

_ nos te observamos  pequena Any, você será a portadora do dom, você será nossa liberdade.

Uma luz opaca  saiu da cabana e logo desapareceu. Minutos depois Any saiu da cabana, ela estava com bastante medo e com frio.Ela caminhou de volta para casa, passando pela cerca como se ela não existisse. Ela percebeu então que não controlava mais seu corpo, mas ela sentia tudo, sentia frio e tinha medo de tudo aquilo, mas não tinha controle sobre si mesma.

Quando Any entrou em casa ela foi para o quarto dos pais, que ainda estavam se divertindo juntos nem tinha dado falta da menina até aquele momento. Seu pai estava movendo o quadril rapidamente enquanto a mãe de Any pedia por mais ele então percebeu a presença da menina.
Ele deu um pulo para o lado, ele não estava assustado por que a filha estava observado os dois, mas pelo fato que a menina estava com os olhos completamente pretos e existia um sorriso tenebroso em seu rosto.

O pai de Any foi esquartejado e a mãe teve o pescoço quebrado, com o sangue dos pais ela fez o símbolo no quarto dela que se transformou em parte do chão (símbolo que Bill ainda encontraria).
Os corpos dos pais de Any foram encontrados meses depois no porão.
A casa ficou abandonada por 33 anos, dois anos depois ela seria reformada e vendida para Brenda.

Any viu seu corpo mata seus pais, sem poder controlar e obrigada a assistir o esquartejamento do pai e sentiu quando o pescoço de sua mãe estralou em suas mãos, ela via tudo mas não controlava nada, e ficou no porão com os corpos em decomposição dos pais, ela estava la quando os pais foram descobertos pela Polícia, mas eles não a enxergavam. Ela viu as mudanças dentro e fora da casa, ela estava la quando Bill, Eddy e Brenda chegaram.  E antes da chegada deles, induziu outras crianças ao vale. Viu cada pessoa que esteve alí naquela casa, naquele bairro, morrer e ela estaria alí depois que a vontade do seres da cabana se fizesse real. E choraria por não poder fazer nada a respeito disso.