Draco colocou o pequeno buquê, uma única rosa branca com um buquê de bocas de dragão brancas, na frente da pedra escondida sob os galhos balançantes de um salgueiro. Ele arrastou os dedos trêmulos sobre o nome esculpido no mármore, respirou fundo e, trêmulo, ficou de pé.
Ele tomou um caminho lento de volta para a Mansão e parou a alguma distância da porta, olhando para a luz dourada que saía das janelas do quarto de Hermione. Ela ainda estava acordada. Ele não ficou surpreso. Ela mal dormia em meses, rastreando cada pontada e dor, tocando a campainha para sua enfermeira ao menor sinal de dor.
Ele se firmou e entrou, indo direto para o quarto de Hermione. Ele se sentou na poltrona ao lado da cama e esperou que ela virasse a cabeça para longe da pequena vela e do retrato menor na mesa ao lado dela.
Ela colocou a mão em sua barriga saliente. — Ele está chutando de novo, — ela disse sonolenta. — Eu gosto quando ele chuta.
— Isso é bom — Draco disse, mantendo sua voz suave. — Estou feliz por você, Hermione.
— Em breve. Muito em breve. Ele estará aqui em breve. Nós o seguraremos. Seremos uma família inteira.
Draco assentiu. Ele colocou a mão na cama ao lado dela, sabendo que não deveria colocar a mais leve pressão em seu estômago sem sua permissão. Ele esperou, observando-a esfregar a curva alta. Havia uma chance de ela pegar sua mão e tocar seus dedos em seu estômago. Uma pequena chance, se ele esperasse o suficiente.
— Ele está chutando —, disse ela. — Ele é muito forte.
— Isso é bom. — Ele recuou e atou as mãos entre os joelhos, escondendo sua decepção com semanas de prática. Nenhuma reação ao seu corpo magro, nenhuma preocupação sobre suas bochechas magras. Ela rejeitou qualquer coisa, exceto elogios pelo tamanho crescente de seu estômago. Nada chegava até ela, exceto isso. — Você parece bem, Hermione. Muito... maternal.
— Muito em breve. Ele estará aqui em breve.
Draco prendeu a respiração, engolindo o nó em sua garganta. — Sim —, ele sussurrou. — Em breve.
Ela virou a cabeça o suficiente para olhar para ele, seus olhos brilhando. — Você vai segurá-lo. Você vai segurá-lo, Draco. Eu quero que você seja o primeiro a segurá-lo. E uma vez que eu veja isso, estarei pronta. Sem mais tentativas, sem mais fracassos. Sem mais nada.
— Você... Hermione. O que você está dizendo?
— Eu quero ver você segurando ele, Draco. Isso é tudo que eu quero ver. Você segurando seu filho. — Ela esfregou o estômago, sobrancelhas franzidas, e soltou um longo e trêmulo suspiro. — Ah, isso doeu.
Draco congelou.
— Draco. — Hermione encontrou seus olhos, o medo enchendo seu rosto. — Traga a enfermeira?
Ele disparou.
✦✦✦
Os gritos de Hermione ecoaram pela Mansão. Draco estava sentado no chão do lado de fora do quarto dela, a cabeça enterrada nas mãos, ouvindo por uma fresta da porta enquanto ela ofegava, se esforçava e gritava novamente.
Horas se passaram.
Os gritos de Hermione enfraqueceram, soluços os separando. Draco girou sua aliança de casamento em seu dedo, a cabeça inclinada sobre as mãos.
Hermione deu um grito longo, agonizante e chocante.
Os minutos seguintes foram cheios de sussurros e murmúrios, o tilintar de instrumentos de metal e um ruído inquietante de sucção.
Ele passou as unhas pelas fibras do tapete, lutando contra a ordem de ficar do lado de fora, esperar até ser chamado, ficar fora do caminho por precaução. Ele fechou os olhos, lutando para respirar enquanto o silêncio tomava conta.
Minutos se passaram. O coração de Draco disparou quando um bebê gritou. Ele se levantou de um salto, olhando para o feixe de luz que entrava pela porta rachada.
Uma das enfermeiras disse o nome dele.
Ele pensou que tinha corrido para dentro neste momento, mas ele mal conseguia colocar um pé na frente do outro. Ele entrou na sala, mãos trêmulas, e foi para o lado de Hermione.
Sua pele estava pálida e úmida, com gotas de suor em seu rosto e encharcadas em seu cabelo. Draco manteve os olhos em Hermione, recusando-se a ver a enfermeira sentada entre seus joelhos erguidos e os lençóis encharcados de sangue ao pé da cama. Ele se inclinou sobre ela, beijando sua testa aquecida. — Você conseguiu, — ele murmurou enquanto ela lhe dava um sorriso abafado. — Estou tão orgulhoso de você.
— Sr. Malfoy, — a outra enfermeira disse. — Você está pronto?
Draco virou a cabeça. Ela segurou um pequeno pacote seguro contra seu peito enquanto se aproximava dele e por um momento Draco não entendeu o que ela estava fazendo, então um pequeno, minúsculo punho acenou.
Draco engoliu em seco, virou-se para ela e estendeu as mãos. A enfermeira cuidadosamente transferiu o bebê para os braços dele, mostrando-lhe como apoiar a cabeça antes de sorrir para ele. — Parabéns —, disse ela. — Você tem um filho.
Ela voltou para o pé da cama ao chamado da outra enfermeira e eles se apressaram em movimento.
Draco mal percebeu. Ele olhou para o rostinho de seu filho, fascinado pelas feições amassadas. — Hermione, — ele sussurrou. — Hermione, ele está aqui. Ele finalmente está aqui.
Ela olhou para ele e para o bebê em seus braços. — Ele? Filho?
Draco sentou ao lado dela, inclinado para deixá-la ver o rosto do bebê. — Você é mãe de um filho. Meu filho. — Segurando o bebê cuidadosamente na dobra de seu braço, ele pegou a mão de Hermione e puxou-a. — Nosso filho. Aqui. Hermione, aqui. Toque nele. Ele é real. Você deu à luz, e ele está vivo, e ele é saudável. Você fez isso.
Os dedos de Hermione se moveram inquietos no cobertor. Lentamente, ela tocou a ponta de um dedo no queixo do bebê antes de deixar a mão cair para o lado. — Vivo.
— Sim. Sim, ele está vivo. Ele vai viver, Hermione. Você fez isso. Você estava certa. Tudo, todas as poções e os horários e o estresse, valeu a pena. Deu certo. Nós temos nosso filho.
Hermione inclinou a cabeça para trás no travesseiro e fechou os olhos com um longo suspiro. — Sucesso.
Uma das enfermeiras praguejou e pulou para uma bandeja de instrumentos, as luvas e o uniforme manchados de vermelho até os cotovelos. Draco ficou boquiaberto para as enfermeiras, para o sangue, para todo o sangue fresco ensopando a cama, então se virou para encarar os olhos fechados e o peito imóvel de Hermione.
Em seus braços, o bebê chorou.
✦✦✦
Rosas brancas e carmesins, cravos vermelhos e rosa, jacinto roxo e hera de gavinhas brancas. Draco acrescentou outra rosa ao monte sob o salgueiro e se acomodou no banco de mármore para mover uma dobra do cobertor do bebê. Ele olhou para as duas lápides brancas, uma pequena e uma grande, um anjo de mármore flutuando vigilante sobre elas, então olhou nos olhos escuros de seu filho enquanto ele enfiava o dedo mindinho no pequeno punho. — Feliz aniversário —, ele sussurrou. — Deixe-me falar sobre sua mamãe.
Fim.
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Her Desperate Cure | Dramione
Fiksi PenggemarHermione vai ter um filho. Custe o que custar, o que ela tiver que fazer, ela terá um filho. Ela se recusa a aceitar qualquer coisa menos. Ela se recusa a falhar, não importa o custo.