personality -𝐉𝐚𝐲

𝟬𝟬𝟮. Porão ໑

Um cobertor azul Turquia de pelos estava sobre meus ombros largos. Nabi não parava de perguntar se estava tudo bem.

— Deveria perguntar para a garota que estava comigo, ela tá mais traumatizada — limpo meu óculos e em seguida olho para a garota em minha frente.

Beomgyu chega a enfermaria junto com soobin e não paravam de fazer perguntas desnecessárias.

Ouço vozes conhecidas, me levanto da cama e ao olhar para a porta, vejo meu pai entrando.

— Olá detetive park— beomgyu faz uma reverência ao mais melho, seus cabelos caindo sobre seus olhos.

— Olá beomgyu, filho você está bem?— o homem segura meus ombros com suas mãos pesadas, conseguindo sentir o calor que transmitia.

— Estou. Você sabe que sim.— engoli a seco.

— Bom... Me descreva o que viu, como era o corpo— meu pai pega a caderneta que carregava em seu bolso e segura a caneta.

— Uma garota. Seus cabelos escuros foram cortados com uma tesoura cega. Tinha marcas em seus braços... 15 para ser mais específico. — indago gesticulando com as mãos também.

— Como se recorda de tudo isso?— o moreno alto pergunta

— Jay tem hipertimesia— Nabi encara o mais velho.

— Super memória eu diria— beomgyu dá os ombros.

— Depois me entregue mais detalhes filho, eu preciso ir— meu pai coloca seus braços sobre mim e um breve abraço acontece.

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— Por favor, eu quero me envolver nisso. — faço um bico com os meus lábios carnudos e junto minhas mãos ao encarar a garota.

— Jay, é perigoso se entrar nessa história do serial killer — bibi diz em um tom preocupado e segura minhas mãos.

Meu corpo arrepiou. Suas mãos estavam quentes , a mão subia até chegar em minhas bochechas.

O clima se quebra ao beomgyu aparecer no fim do corredor.

— por favor Bibi, podemos fazer um favor. — tento convence- la.

— Ok!! Eu te ajudo. Mas e o beomgyu?— aponta para o garoto que vinha calmamente até a nossa direção.

Seus cabelos escuros caiam em seus olhos, tentava assoprar mas falhava.

— Vamos agora? Fomos liberados mais cedo. Depois do que ocorreu ontem, as coisas estão uma loucura por aqui — o moreno indaga ajeitando sua mochila em suas costas.

— Vamos sim — a menina cutuca seu ombro. Beom toma seu rumo e caminhamos logo atrás — Vê se fala com ele depois.

Caminhavamos juntos pela calçada, a brisa da tarde assoprava e bagunçando nossos cabelos.
Não me conti ao olhar para Nabi naquele momento. A luz lânguida do sol beijava seu rosto enquanto seus cabelos voavam...
Saio do transe ao quase bater em um poste de luz.
Decidimos ir á sorveteria para distrair a mente dos ocorridos.

Por mais que estávamos rindo e se distraindo com gelado, não conseguia deixar o assunto de lado.
Em seguida caminhamos de volta para casa, o céu já escurecia e as ruas estavam iluminada pela luz amarelada dos postes.
Me despedi de meus amigos e entrei em minha residência.

Estava tudo sossegado. Meus pais provavelmente estariam na delegacia.
Coloco minha mochila no canto da parede enquanto retiro meu tênis.
Me dirigi ao quarto tomar uma ducha.
Me despi ao entrar no banheiro e sinto a água gelada bater em minha pele.
Logo depois coloco um suéter mais escuro do que estava de manhã.
Me direcionei até a cozinha para preparar algo, enquanto encostava meu cotovelo sobre o balcão para pensar e encarar meus pés descalço sobre o piso de madeira.
Sinto um pequeno pingo cair sobre minha cabeça. Inclino para cima e novamente, mas incide novamente mas dessa vez na lente do óculos.

Sangue.

Estava escorrendo pelo pequeno cordão que puxa para o porão. Vou até o quartinho dos fundos buscar uma escada. Ao colocar em baixo da pequena entrada no teto, subo cada degrau cautelosamente.  Antes que eu pudesse puxar o barbante, meu pai aparece na cozinha.

—  É... Filho? Já chegou... O que está fazendo?—  o homem aparenta está ofegante ao me ver ali.

—  Sim já. Pingou sangue daqui de cima e fui ver o que era—  retiro o óculos e me inclino para mostrar á ele.

—  Ah sim... Eu subi aí em cima para pegar uma ferramenta. Você sabe que o carro está com problemas esses dias.—  ele se aproxima da escada

— Ainda não explicou do sangue—  indago na maior solenidade.

— E ele ficou preso, e acabou machucando a mão tentando abrir—  Minha mãe aparece ao ouvir a conversa

Meu pai levanta seu braço esquerdo e nota-se uma pequena parte de sua mão enfaixada.

Mas aquilo não me convenceu.

𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐞𝐝...