𝟬𝟬𝟲. segredo ໑

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━Deixe-me assumir... Você não vai aguentar por muito tempo━ A voz ecoava pelo escuro

Tentava enxergar algo, mas sem o óculos era impossível.

━ Vamos lá Jay. Sei que não aguenta mais. ━ A soada se aproxima cada vez mais.

Acordo.

Ofegante e os olhos arregalados. Minha cabeça gentilmente deitada sobre meus braços apoiados na mesa de madeira do quarto.
Tentava puxar todo o ar para meus pulmões. Fechei os olhos por um instante e consegui recuperar o ar.

Lentamente abria as pálpebras, levanto a cabeça e vejo um pequeno papel dobrado.
Meu celular liga a tela e mostrava ser 3:50 da manhã.
O papel úmido e sujo. Áspero e a caneta borrada porém ainda conseguia distinguir as letras.

O jogo começa hoje. Cada semana irá morrer alguém se não conseguirem resolver.

A garganta ficou seca. E a pupila dilata ao ler aquelas palavras.

━ Deve ter sido o assassino que colocou no seu quarto ━ Ben indaga pegando o papel de minhas mãos.

━ Ele não deve ter invadido cabeção, se não os pais do Jay teria visto algum movimento ━ A garota que andava no meu lado se inclina para olhar o garoto do outro lado fascinado pelo bilhete

Os cabelos de Nabi estava molhado, as pontas pingavam em sua blusa branca , molhando todo seu ombro.
Sua franja já seca caia sobre seus óculos dourado.

Não sei quantas vezes fiquei hipnotizado por essa cena.

━ Depois da aula, vamos nos encontrar na sala de teatro. ━ Ben diz

━ É uma boa, tem aquela lousa transparente perfeita para usarmos.

Enquanto o barulho exatamente incômodo do sinal ecoava pelos corredores, fomos para a sala, com dificuldade pois era no terceiro andar e tinha muitas pessoas andando.

Levei minhas mãos até os ouvidos para diminuir o ruído e barulho.
As pontas dos dedos gelados por conta do frio.

Finalmente chegamos ao devido local e começamos a trabalhar.

━ Não temos nem por onde começar ━ Ben respira fundo e joga seu corpo alto sobre a cadeira de plástico ao lado da lousa no centro no palco.

━ Temos sim. Do começo ━ Começo a pendurar os documentos e fotos.

━ Sabemos que é um imitador, deve conhecer bem o Mark ou pode até ser algum parente dele.━ Nabi impõe.

━ Os corpos tem ligação... Mas eu não sei qual. Temos apenas...━ Levanto meu braço e observo o relógio de pulso marcando o horário ━ 10 horas para concluir antes que tenha uma vítima.

━ Todos morrem do mesmo jeito. Isso eu entendi. Ele deixa sua marca registrada nos corpos, aquela bolinha ali━ Ben leva seu indicador até uma foto .

━ Parece um colar que o Jay tem━ A morena se levanta e vai até o palco.

━ Desde quando você fica mexendo nas minhas coisas?━ Encaro a menina por alguns segundos mas retiro as pupilas de seu rosto pois não consigo encara-la por muito tempo.

Ela ri da minha atitude e começa a desenhar no quadro de vidro.
Ficamos mais algumas horas e apenas Ben e Nabi pareciam preocupados. Eu estava apenas ali. Como estava ficando tarde, novamente decidimos ir a minha residência e terminar lá.

Entramos pela porta de madeira carvalho, o piso que rangia ao tirar os sapatos. A casa estava vazia como sempre.

━ Que estranho ━ Nabi indaga━ Está com cheiro de...

━ Carne podre ━ Ben completa.

Meu corpo estremeceu. Engoli a seco.
Coloquei a mochila sobre o sofá e tentei ignorar o comentário porém era verdade. As palavras invadiram minha mente e controlaram meu corpo.

Incansável tentei procurar de onde vinha o cheiro querendo se livrar o mais rápido possível.

Abro a geladeira e lá estava. Um plástico preto com um pote.

━ Querem abrir?━ Pergunto mas balançaram suas cabeças negativamente fazendo careta estranha pois o cheiro ruim invadiam seus ofatos.

Comecei a rir, e aliviado joguei o pote na lixeira de ferro.
Nabi me encara com suas pupilas pequenas e as pálpebras semi fechada
Me senti intimidado por ela ter desconfiado de algo mas não tinha o que desconfiar.

Infelizmente nada a associar. Mas Nabi estava inquieta, o que me causou curiosidade.
Guardamos tudo e fomos para o quarto descansar um pouco.
Meus pais chegam no exato momento em que fechamos a porta.
Sobre o tal jogo, algo está na ponta da língua mas não consigo dizer.

━ Aí que tal comer os salgadinhos da loja de conveniência na rua de cima?━ Pergunto para eles levantando metade do corpo da cama e bagunçando os lençóis os quais estavam disposto.

━ Eu acho uma ótima ideia━ A garota de cabelos longos se levanta do puf de baixo da lousa pendurada na parede.

━ Você paga Jay, você pode ━ Ben se levanta da cadeira da escrivaninha e caminha até a porta rindo

━ Tenho cara de banco agora?━ Me levanto para acompanhá-los.

━ Tem━ os dois diz em uníssono saindo do local

Reviro as pupilas pela pálpebra e pego a carteira e sigo os dois adolescentes.
Fizeram a festa na loja, pegaram tudo o que queriam.
Enrolamos mais um pouco ao ficar tomando sorvete sob a luz do luar na calçada suja e áspera.
Gatinhos passavam por nós e enquanto nabi queria fazer carinho nos dois felinos, Ben impedia dizendo que eles estavam sujos por conta da água que passaram em cima.

Ao ver que o céu despencava mais, fazendo as nuvens desaparecem, decidimos voltar.

E talvez foi um erro.

Abri a porta da frente.

━ Jay não pode saber jungwon. Nada.━ Ouço a voz rouca e alta de meu pai.

━ O que não posso saber?━ Encaro os dois na sala.

𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐞𝐝...

personality -𝐉𝐚𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora