Capítulo 7

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— Harry.

— Remus! — A voz satisfeita de Harry ecoou alto na biblioteca. Ele estremeceu e afundou-se na cadeira enquanto tentava evitar o olhar severo da bibliotecária severa de Hogwarts.

Remus Lupin riu e puxou a cadeira em frente à de Harry, colocando cuidadosamente sua bolsa surrada sobre a mesa.

— Você pensaria que ela teria amadurecido com a idade.

— Você poderia pensar — Harry concordou, sorrindo calorosamente. — Quando você chegou aqui? Eu não sabia que você estava vindo.

— Algumas horas atrás, e eu não tinha planejado isso. — Remus respondeu a ambas as perguntas. Ele olhou para os livros empoeirados espalhados pela mesa. — Um pouco de pesquisa extra?

Harry olhou para os livros, fechando delicadamente aquele aberto em que estava trabalhando. Ele olhou ao redor e baixou a voz.

— Só queria ver se havia algo que eu pudesse fazer para ajudar.

Remus parecia pensativo.

— Pelo que Dumbledore me contou, parece que você já tem ajudado bastante.

— Você tem algum problema com isso? — Harry perguntou.

— Não –— Remus hesitou. — Harry, você sabe que não tenho autoridade sobre você. Você pode, e geralmente faz, fazer o que quiser, quando quiser. Só pensei em dar uma olhada em você. Afinal, eu gosto de você.

Um pequeno sorriso apareceu no rosto de Harry.

— Eu também gosto muito de você. E para responder às suas perguntas, mesmo aquelas que você é educado demais para perguntar – sim, estou bem. Não, ele não está me maltratando. Na verdade, ele tem sido muito gentil com tudo isso. Não, não conseguimos encontrar uma cura. Sim, eu sei o que estou fazendo. Eu acho.

Remus riu.

— Bem, pelo menos você é honesto. Embora eu tenha ficado chocado quando Dumbledore me contou o quão longe você foi para... ajudar. Na verdade, fiquei um pouco irritado por ele não ter me contado sobre essa situação antes.

— Estou feliz que ele não tenha feito isso. Não quero ser rude, mas fico cansado de ver pessoas sabendo dos meus assuntos e tomando decisões por mim.

— Bem, posso entender um caso único, mas deixar isso continuar por semanas -

— O que você quer que eu faça, Remus? — Harry perguntou, sua voz baixa e urgente. — Eu não poderia simplesmente ficar parado e deixá-lo sofrer. Não estaria certo. Não importa o que aconteceu no passado.

A mão de Remus acariciou lentamente o couro macio de sua bolsa.

— Não, espero que você esteja certo. Foi um pouco chocante. — Ele se inclinou e colocou a mão na de Harry. — Tem certeza de que está bem? Porque se isso for -

— Estou — Harry interrompeu, apertando a mão grande e quente de Remus. — Acredite em mim, ele não deixaria isso continuar se estivesse me causando algum dano.

— Isso se você o avisasse de qualquer maneira — Remus disse, olhando para ele incisivamente.

Harry tirou a mão de Remus, tirou os óculos e os limpou lentamente usando a manga do roupão.

Remus suspeitava que Harry não estava lhe contando toda a verdade, mas, como ele havia dito, ele não tinha autoridade real sobre o garoto de dezoito anos. E, ao pensar na sua própria juventude, percebeu que os jovens desta idade eram particularmente difíceis de influenciar, uma vez definidas as suas ideias.

Aqua Fresca | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora