Capítulo 15

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Harry estava sentado no Salão Principal, olhando para a longa fila de mesas de estudantes que gemiam sob o peso da comida e da bebida. Era como se Hogwarts tivesse decidido combinar todas as festas do ano em uma celebração espetacular. Morcegos voavam alegremente entre os galhos das árvores de Natal, enquanto confetes rosa em forma de coração flutuavam delicadamente no teto. Até onde a vista alcançava, as longas mesas se estendiam ao longe. Havia talheres em intervalos regulares – tigelas douradas e xícaras de cristal brilhavam impecavelmente. Tanta comida, tantos lugares, e ele era o único ali. Ele se perguntou se deveria comer algo de cada prato e quanto tempo isso levaria. Talvez ele devesse seguir em frente depois de um certo período de tempo, assim como Alice no País das Maravilhas.

A cadência regular de passos ecoando no salão vazio chamou sua atenção. Caminhando em sua direção, parecendo muito mais saudável do que há anos, estava Remus Lupin.

Harry sabia que ele estava sonhando.

Remus sorriu para ele e passou a perna por cima do banco, sentando-se ao lado de Harry e estendendo a mão para pegar duas garrafas abertas de cerveja amanteigada. Ele passou uma sem dizer nada para Harry e bebeu profundamente de sua própria garrafa. Harry tomou um gole para ser educado.

— O que você está esperando, Harry? — Remus perguntou, enquanto olhava com interesse para a deslumbrante variedade de comida bem quente.

— Por você — Harry respondeu. Ele colocou a mão hesitante na manga de Remus. — Você está bem?

Remus serviu uma porção generosa de ensopado em sua tigela.

— Claro que estou. Por que eu não estaria?

— Você foi levado. Semanas atrás. Por... — Harry sussurrou.

Remus riu baixinho enquanto soprava seu ensopado. Ele cheirou apreciativamente enquanto o aroma enchia o ar.

— Não é possível manter um bom homem abatido, Harry. Você deveria se lembrar disso.

— O que... — Harry engoliu em seco. — E quanto a Severus?

Os olhos de Remus perfuraram os dele.

— Diga-me você, Harry. Snape é um bom homem?

— Acho que sim — Harry mal respirou.

— Então tudo vai dar certo — Remus disse, dando um tapinha no ombro dele e pegando seu garfo.

— Onde ele está? — Harry perguntou.

.

— Harry Potter. Senhor Harry Potter.

A voz estridente e urgente intrometeu-se nos sonhos de Harry.

— Dobby?

O elfo doméstico pulou animadamente de um pé para o outro.

— O Diretor Dumbledore quer você. O diretor diz que você deve acordar e vir agora.

Harry se levantou em sua cama, a mão reflexivamente agarrando seus óculos e colocando-os em seu rosto.

— O que é?

— Eles chegaram, Harry Potter. Eles voltaram.

.

O peito de Harry se agitou quando ele correu para a enfermaria, o som de seus chinelos batendo ruidosamente no chão. Ele abriu a porta e se enroscou em seu roupão enquanto tropeçava em direção a Madame Pomfrey.

— Senhor Potter! — ela exclamou, lançando-lhe um olhar de desaprovação. — Eu sei que você está animado, mas este ainda é um lugar de recuperação.

Aqua Fresca | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora