Nova Cidade

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Paris é uma cidade inesquecível. Foi lá que eu criei laços que sempre me recordarei, mesmo estando em outro mundo agora. É sério.

Eu me lembro do meu primeiro dia de aula na escola Sweet Amoris como se fosse ontem. Eu havia acabado de me mudar do Canadá para a França e com todas as coisas que estavam acontecendo ao mesmo tempo eu tinha a certeza de que uma nova fase da minha vida estava iniciando. Levantei cedinho na primeira segunda de fevereiro, me arrumei num piscar de olhos, tomei o meu café e saí correndo sem nem me despedir dos meus pais.

Eu estava ansiosa. E não foi uma boa ideia sair tão depressa de casa sem perguntar sequer aos meus responsáveis qual era o caminho que eu pegaria para chegar até a escola. Eu fiquei perdida por um tempo e quando me lembrei de ligar o GPS me constatei que acabei ficando atrasada.

Visto que não podia mais perder tempo eu tentei acelerar um pouco o passo sem nem sequer prestar atenção no caminho. Foi virando uma esquina que acabei me chocando contra alguma coisa (ou melhor, alguém) e caí sentada no asfalto, com os meus pertences voando para todo lado.

"Droga..."

— Ai! — a pessoa que eu trombei exclamou.

Enquanto eu tentava voltar à consciência e me dar conta de que estava no meio da passagem das demais pessoas na rua pude ver alguém estendendo as mãos para mim e para a pessoa que eu trombei, para nos ajudar a levantar.

— Meninas, vocês estão bem?

Eu levantei o olhar antes de aceitar a ajuda. Notei que era um menino, alto, de cabelos grisalhos e bagunçados e com aproximadamente a mesma idade que eu. Ele sorria de forma simpática para me passar confiança mas o que me chamou a atenção de fato foram os seus olhos por serem cada um de uma cor: um verde e um âmbar. Paris me surpreendeu pela primeira vez aí. Eu não era a única com cores de olhos inusitadas.

— Sim. — enquanto eu tentava pensar em uma frase, a pessoa com quem trombei respondeu. Olhei para ela. Era uma menina também. — Eu acho que sim.

— Desculpa! — essa foi a única palavra que consegui gesticular olhando para ela. — Realmente, me desculpa!

— Tá tudo bem. — recebi um sorriso caloroso seu como forma de reconforto. Ela olhou para as minhas roupas enquanto eu me recompunha. — Você é nova na cidade?

— Eu sou, sim.

Parei para olhar melhor pra ela. Era uma garota muito bonita que tinha um corpo maravilhosamente esculpido como se fosse uma musa. Seus cabelos eram enormes e brancos, seus olhos eram cor de âmbar. Ela se abaixou para recolher seus papéis que voaram e o rapaz ao seu lado se abaixou também para ajudá-la. Olhando bem para os dois eles tinham muitas semelhanças físicas, a princípio eu até chutaria que eram irmãos.

— Você quer ajuda com alguma coisa? — o rapaz perguntou assim que se ergueu novamente e tirou a minha atenção da garota.

— Na verdade eu quero. — respondi ainda um pouco desnorteada. Eu estava tendo um ótimo jeito de começar uma vida nova em um outro país. — Eu acabei de me mudar do Canadá e estou mais perdida que cego em tiroteio. Preciso chegar na escola Sweet Amoris logo porque estou mega atrasada mas o meu GPS está me mandando seguir caminhos muito longos. Vocês sabem como chegar mais rápido?

— Sweet Amoris? — a menina me perguntou me fazendo concordar com a cabeça. — Estávamos indo para lá agora! Você pode acompanhar a gente se quiser. Tem problema, Lys?

Ela olhou para o menino e obteve um "não" como resposta. Assim começamos a caminhar todos juntos, a princípio sem ninguém dizer uma palavra. Quando chegamos numa fachada bonita e portão alto aberto eu deduzi que era a escola. E olhando de fora parecia ser um paraíso que todo estudante queria estar matriculado.

— Chegamos. — a menina falou de novo, para nós dois que a acompanhamos.

— Muito obrigada! — eu nem tinha palavras para agradecer eles. Por mais que nos atrasamos um pouco eu definitivamente tinha sido evitada de tomar uma bronca da diretora logo no primeiro dia de aula. — Vocês me ajudaram muito hoje! Espero que eu possa retribuir de alguma forma algum dia.

Recebi um sorriso dos dois. Eles eram muito calorosos e simpáticos!

Assim que retribui o gesto me virei para ir me afastando até a minha sala mas antes me lembrei de um pequeno detalhe que deveria ter perguntado a mais tempo:

— Ei, espera! — chamei eles de novo, que já estavam se afastando também mas viraram para me ouvir. — Eu incomodei vocês tanto e acabou que nem perguntei os seus nomes!

— Eu me chamo Lysandre. — o menino respondeu timidamente.

— E eu Rosalya. — a menina disse. — E você?

— Eu sou a Flaysa.

— Nome bonito. — assim que ela me elogiou eu automaticamente corei. Definitivamente não sei reagir a elogios. — Você é aluna também? Está em qual série?

— Na terceira. — ao ouvir essa minha frase Rosalya se empolgou e trocou um olhar cúmplice com Lysandre. — Por quê?

— Nós também!

Ela veio na minha direção e me segurou pelo pulso.

— Venha! A nossa sala é para o outro lado!

Antes que eu pudesse responder qualquer coisa ela começou a me guiar pelos corredores até o andar do Ensino Médio. Fiquei com um pouco de pena do Lysandre, com toda a empolgação da Rosalya ele acabou não conseguindo acompanhar o nosso ritmo e ficou largado para trás. Só o fui ver novamente quando entrou na sala de aula e procurou um lugar mais ao fundo da classe para se sentar.

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𝑭𝒍𝒂𝒚𝒔𝒂: 𝑶 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒐 𝒅𝒂 𝑱𝒐𝒓𝒏𝒂𝒅𝒂 | Amor Doce ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora