A genética não é rosa

Capítulo 11 - Sasuke

SASUKE

O dia de ontem havia terminado de uma maneira que nem podia imaginar, quando Sakura anunciou o que queria e depois tirou sua peruca, senti como se estivesse perdido, a surpresa foi tamanha que não tive reação e nem sabia como reagir.

Pelo menos agora a explicação para sua distância e atitudes estranhas estavam esclarecidas, devia ter percebido antes quando demonstrava mais interesse no assunto da barriga de aluguel.

A questão principal era que Sakura é uma ótima concorrente, não precisaria esperar para construir um qualquer vínculo que fosse com outra pessoa, esperando me sentir tranquilo para ter uma relação, mesmo que não fosse para a vida toda, talvez uma amizade colorida, não sei.

Nunca foquei nessa parte, apenas em ter logo meu bebê e vê-lo crescer na barriga escolhida. Não devia ter me enfiado nessa furada, precisava de mais planejamento, contudo me atentei mais ao contrato, apenas pelo medo de perder tudo o que viria a ter.

Os problemas não acabam por aí, fiquei horas olhando papéis e papéis, pensando em quem escolher, porém Sakura sempre aparecia na minha cabeça para comparar com o resto das pessoas, queria esquecê-la pois era evidente sua vantagem sobre os outros, eu a conhecia e tinha provas da sua boa saúde.

Acabei não indo almoçar com ela, queria evitar por um momento ficar tanto tempo ao seu lado.

Fui ao armário, quando ia virar o uísque no copo, parei, aquilo não estava certo e se alguma besteira acontecesse de novo, era estranho lembrar do dia e pensar que fiquei sozinho com minha ex-mulher tanto tempo, por algum motivo o sentimento de ter sido usado massacrava meu coração em um aperto, apenas queria lembrar o que ela fez comigo.

Desisti de beber e voltei para me sentar à mesa, escolhi trabalhar, abri os e-mails e encontrei a resposta de um arquiteto amigo meu, meus planos eram redecorar alguns andares e um deles é do Zabuza, segunda-feira o encontraria para discutirmos o que seria mais interessante, para o visual e trouxesse conforto aos funcionários.

Depois dele seria os andares das representantes Tenten e Temari, elas teriam que responder por seus chefes, já que não poderiam vir aqui. Lee era outro que responderia pelo chefe, no entanto faria uma ligação por vídeo conversando melhor, porque haveria custo e isso deveria ser negociado. Shino por outro lado já estava ciente de tudo, foi ele que mandou a ideia por e-mail, de acordo com suas palavras e mensagens dos seus superiores, tudo em seu andar estava pronto para a reforma que começaria após a visita do arquiteto.

Por fim acabei ficando distraído com os e-mails e não vi as horas passarem até Naruto entrar com sua famosa gravata laranja, ele possuía várias e tornou sua marca registrada, afinal era sua cor favorita.

— Você tem que sair da sala, babaca.

— Sei disso, só que tem tanto trabalho que acabei esquecendo disso. — me defendi.

— E aí?! Como anda o processo? Quando vou conhecer a barriga de aluguel do meu afilhado? — perguntou se jogando na cadeira.

— Não sei.

— Que cara é essa? Anda, desembucha idiota, acha que me engana?

Os anos ao seu lado deixou tudo transparente entre nós, não importava o quão neutro estivesse meu rosto, ele ainda via como estava incomodado, nervoso, triste ou feliz, mesmo quando ficamos distante uma época no meu casamento, Naruto ainda sabia de tudo.

Quando as coisas apertaram e fazia de tudo para esconder o cansaço, meu melhor amigo chegava falando que tudo ficaria bem, além de insistir que deveria pedir o divórcio.