SAKURA
Não demorei no bar, todos ficaram assustados com minha ação, pensavam que o motivo era o bracinho, mas a verdade é que estava tão cansada, os efeitos da ressaca ainda permaneciam em mim.
Nos poucos minutos que fiquei escutei sobre Sasuke, sobre sua reação estranha e boazinha, aquele homem surpreendia todos de todas as formas possíveis.
Hoje me surpreendeu no almoço querendo que fosse sua motorista, nunca negaria, minha habilitação era quase um enfeite, então todas as oportunidades para dirigir eu aproveitaria. Mesmo assim, fiquei mais surpresa quando amou o pastel e comeu seis, não sabia que habitava um buraco negro dentro dele.
Nossa conversa foi descontraída e senti vontade de me enfiar na terra quando falou a situação da noite anterior, ri alto, fiz diversas caretas e tive que ser carregada para o banheiro. Devia ter ido embora quando tive a chance.
Mas agora estou preocupada, quando saí do trabalho ele estava bebendo, nunca o vi beber antes, na noite anterior ele só consumiu suco, tirando sua expressão que parecia abatida, sua confirmação de não voltar para casa dirigindo me tranquilizou, mas mesmo assim, meu coração estava aflito.
De banho tomado, vesti minhas calças moletom e uma blusa de manga curta, fico tão confortável com essa roupa que dormir se torna mais fácil. Procurei pelo meu celular na bolsa, pela casa, nas roupas, nada! Meu celular não estava em lugar nenhum.
Pensei aonde ele poderia estar, e lembrei do último lugar que o coloquei, em cima da minha mesa no trabalho. Merda!
Precisava dele, como acordaria no dia seguinte? Se tivesse alguma urgência? Sem chances, minha habilitação estava lá, tudo lá.
Peguei meu crachá e cartão de transporte, não me dei ao trabalho de colocar peruca, já eram nove da noite, só ia ter segurança no prédio, conversaria direitinho e subiria, é apenas um celular. O que pode dar errado?
O trajeto que normalmente durava mais de uma hora, foi rápido, a incrível mágica da noite e horário não pico. Não tive medo de ser assaltada, não tinha o que levar, na volta pediria um uber, mesmo o valor dando um absurdo.
Chegando perto do prédio, senti alguém esbarrar em mim, cabelos ruivos e longos, os mesmos cabelos de mais cedo.
— Olha por onde anda. — gritou nervosa a mal-educada.
Não me dei ao trabalho de responder, até porque a desgraçada metida não parou. Infelizmente tive o desprazer de cruzar o caminho do capeta outra vez, quando fui ao restaurante com Sasuke, pedi para ir ao banheiro do lugar, quando estava prestes a sair a maldita me abordou, perguntando por um homem alto, bonito, de olhos e cabelos escuros. Sério? Apenas respondi que ela estava descrevendo metade dos homens ali.
A puta do caralho me chamou de sonsa. Sonsa?! Ela era sonsa! Podia ter dado uma descrição melhor, mas não, descreveu metade dos homens do mundo e queria ser a inteligente. Sai de lá cuspindo marimbondo, Sasuke teve que aguentar minha reclamação, ele escutou tudo de forma atenciosa e usou palavras para me acalmar, foi o único motivo para ficar sossegada de novo.
Entrei no prédio e logo fui abordada pelos seguranças, me fizeram perguntas de quem eu era, como subi da última vez e por onde sai, apenas mostrei meu crachá, vi a tranquilidade no rosto dos homens por descobrirem a verdade, riram uníssono, pediram desculpas pelo transtorno e eu também.
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A genética não é rosa
RomanceDesesperada em busca de dinheiro, Sakura aceita um trabalho infernal como secretária do CEO Sasuke Uchiha, mas ela não imaginava que dentro desse emprego ganharia a oportunidade de um emprego bem melhor, barriga de aluguel. Alerta gatilhos: Assédio...