Amor Não É Uma Palavra

Capítulo 16

Olá docinhos 🖤

Passei pra relembrar que quando vocês virem um "💌" significa que o conteúdo seguinte foi cortado por conter cenas explícitas, e se vocês quiserem ler basta irem conferir na fanfic original no perfil da Jubys 🖤

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Hoje faz três semanas que estou frequentando as palestras de psicologia. Desde que tomei coragem para ir, sinto que algo em mim mudou de um jeito fantástico. As palestras são simplesmente muito geniais, e além de notoriamente serem um tipo de auto-ajuda, também ensinam a lidar consigo mesmo de um jeito quase milagroso. Ensinam sobre sentimentos, emoções e hormônios, o que são e como lidar. E apesar dos assuntos serem importantes e sérios, as aulas são dinâmicas e engraçadas. 

No começo eu estava assustado. Babi - a psicóloga que me convidou - pediu para que eu relaxasse, mas eu simplesmente estava apavorado demais com a ideia de que todos ali pudessem enxergar os problemas do meu interior. E não era bem assim, e mesmo que eles pudessem realmente enxergar, não é como se fossem contar para outras pessoas. Babi garantiu que se precisasse falar alguma coisa para mim, seria em uma conversa privada, longe de qualquer outro aluno. 

Desde a primeira aula - as palestras eram todas às sextas -, senti a energia boa que o lugar oferecia. Nem todos ali tinham realmente problemas internos, assim como eu tenho, por exemplo. Mas o que há em comum entre todos é o desejo de mudança e evolução interior; buscam o melhor dentro de si mesmo. Buscam conhecimento para melhorar ou previnir problemas gerados pela conturbada mente humana. E isso foi o que me fez realmente desejar fazer parte do projeto. 

Do que adianta dizer para mim mesmo que quero melhorar se nem ao menos luto por isso? Como posso vencer os meus problemas se nem mesmo eu sei quais eles são? Ou como posso eliminá-los?

Aprendi que, para haver mudanças, é preciso realmente lutar. Não só fazer promessas. 

Ainda no primeiro dia em que fui para a palestra, Babi me chamou para conversar em sua sala. Ela disse que observa atentamente cada um de seus alunos, e por isso sabe pelo o que estão passando só pelo modo de comportamento e expressão. Ela disse que sempre chama alguns para conversar privadamente, e se eles aceitarem, ela pode funcionar como uma psicóloga, oferecendo conselhos gratuitos. 

E então ela me chamou e, pelo seu tom, de cara eu soube que o meu problema era sério. Babi perguntou se eu queria realmente saber qual ele era, pois no momento em que eu soubesse que tenho um problema, ou eu posso ter medo e ficar paranóico - uma preocupação a mais na minha vida -, ou posso simplesmente aceitar e tentar vencê-lo. Tomei a decisão de ouvir e tentar lutar para derrubar isso.  E com dois minutos de explicação sobre o que tenho, comecei a chorar. 

Por mais que não seja nada grave, o assunto ainda é sensível pra mim. Confiei em Babi e lhe contei tudo. Ela fez perguntas detalhadas que precisei relembrar e reviver em minha mente, a todo momento oferecendo um olhar compreensivo e acolhedor para mim. O que seria meia hora de conversa, se tornou duas. Com um pouco mais de um minuto em que comecei a relatar algumas coisas sobre mim, ela logo me diagnosticou. 

Abuso psicológico. Causado pelo meu pai. 

Babi disse que há um bloqueio no meu subconsciente que me faz não gostar de falar. Ela disse que minha insegurança e medo são realmente preocupantes, mas que, com um aconselhamento certo, eu poderia mudar isso. Ela me aconselhou a fazer a matrícula no projeto e, desde então, sou aluno. 

Sempre quando as palestras finalizam, geralmente ficamos um tempo conversando. Só eu e ela. Eu faço perguntas e ela responde. Ela mostra os meus problemas e me faz chegar em uma solução por conta própria. Os problemas de auto estima, timidez e ansiedade é o foco agora. Ela diz que para liberar o bloqueio da minha cabeça, precisarei um pouco mais de tempo, pois preciso estar preparado - isto é, eu estar com tempo livre para uma longa conversa, além de estar com a cabeça leve e sem nenhuma alteração no humor ou estresse.