"Sim, eu estou bem"

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Era ele, era ele desde o inicio. Eu nunca entendi isto, nunca consegui entender por completo o que eu sentia em relação a Emmett, mas por fim, agora, aqui, com ele em frente a mim, tudo fez sentido.

O primeiro olhar, o primeiro sorriso, o toque, a adrenalina à flor da pele, a atmosfera que nos puxava um para o outro, o quanto a minha mente o procurava, o quanto o meu espírito já o conhecia mas apenas não me dava pistas.

Sempre foi ele desde o inicio. Ele era o meu passado, o meu presente e será sempre o meu futuro. Não existe amanhã sem Emmett e nunca mais existirá passado sem que Emmett cause ausência.

Provavelmente eu fiquei nesta transe infinita mais tempo do que eu penso ou na verdade tenha durado apenas alguns segundos mas agora que abro os olhos novamente, tudo o que eu conseguia ver era uma lágrima a escorrer pelo rosto de Emmett. Eu conseguia sentir as minhas a descer pelo meu rosto quente.

"Tu estás aqui. Tu estás viva." a voz dele era quase inaudível. E sim, ele não era como Hanna. Ele não tinha um coração palpitante, não emanava calor, não era humano. No entanto, ele era tudo o que eu precisava. Fosse o que fosse que ele fosse, o que quer que eu fosse, ele era tudo para mim. Ele era o significado da minha vida.

"Eu estou aqui." Desde que acordei que todos os meus gestos são rápidos, desesperados, apressados, mas para o tocar, nada desses sentimentos me atormentam. "Eu estou viva."

Eu ergo a minha mão, lentamente como se o ar tivesse que tragicamente ser traçado, e assim toco finalmente no rosto dele. A pele dele contra a dos meus dedos, enviando faíscas de eletricidade pelo meu corpo todo. Os nossos olhos ainda estavam presos um ao outro como se o simples ato de pestanejar o fosse tirar de mim.

Ele tomba a cabeça por completo contra a minha mão e afunda o rosto dele na minha pequena mão que apenas o recebe. Eu sinto-o a envolver a minha cintura com o outro braço e finalmente colamos os nossos corpos. Eu enrolo os meus braços em volta o pescoço dele e ele agarra com força a parte de trás do meu pescoço e a minha cintura.

"O teu cheiro, o teu calor, tu, tudo está está igual." eu dou-lhe um beijo na cabeça e afato o meu rosto e olho para ele que ainda me estava a abraçar. "Tu ainda és tu."

"Eu ainda sou eu." digo e sorrio. Eu deslizo o meu polegar pela bochecha dele e um pequeno sorriso aparece nos lábios dele. Tudo nele estava a matar-me aos poucos, o meu espirito. Ele era demasiado para mim, era como uma lufada de ar fresco difícil de inspirar mas que se ela eu iria simplesmente romper. O sorriso dele, o perfume dele, o olhar dele brilhante, a pele dele, suave e gélida como sempre, tudo nele, era a razão da minha existência. Eu sei que o amava, eu sei disso à imenso tempo mas, este sentimento, está a fundar-me dentro de mim e a levar-me à superfície ao mesmo tempo e isso deixa-me nesta agonia constante. Se nos afastarmos por mais tempo eu sei que não vou aguentar.

"Nunca mais me assustes desta maneira, okay?" pergunta ele e eu sorrio e aceno com a cabeça.

"Não é que tenha sido da minha vontade e tal." digo e ele desvia uma mecha de cabelo do meu rosto. "Eu prometo." respondo e ele baixa o rosto dele sobre o meu e deposita um beijo terno sobre os meus lábios.

"Não quero interromper, nem nada, mas, eu acho que eles daqui a nada estão aí e talvez seja melhor nós falarmos sobre o que se está a passar." diz Jasper com uma voz calma mas o olhar preocupado e a testa franzida revelavam que a situação era séria.

"É verdade. Temos que falar sobre o que aconteceu e o que poderá vir a acontecer." diz Edward. Eu olho para ele e vejo-o a olhar para mim enquanto me afasto de Emmett e me viro para a frente. "Hanna..." eu franzo quando o ouço a dizer o meu nome e fico curiosa com o tom de voz dele. "Eu já percebi que o Carlisle já te exclareceu sobre o teu lado lobisomem mas talvez não te tenhas apercebido do que acabou de acontecer agora mesmo."

Cold (Emmett Cullet ff) HaruvanteOnde histórias criam vida. Descubra agora