laços de família

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— ...Tá bom. — [Nome] respondeu, desistindo. Rindou percebeu a tristeza em seu olhar e ficou realmente preocupado. Por que aquilo de repente? [Nome] não era de fazer esse tipo de questionamento.

— Minha querida... É... Você está bem? Quer me contar alguma coisa? — Haviam coisas que nem ele ao menos lembrava ou saberia responder. Memórias que ele também não queria lembrar.

— Estou, Rin. Tô bem.... Só.,.. Confusa. — Ela começou a colocar as mãos sobre a cabeça e aquilo começou a ficar cada vez mais preocupante. — Confusa. Os pensamentos... Somem... E às vezes, esqueço de tudo.

Só de ouvir aquilo, suas pernas tremeram e sentiu um mal estar. Não... Não podia ser. Aquilo estava voltando?

— Você sempre foi meio esquecidinha, meu anjo. Você sempre foca apenas nas coisas que ama, isso é normal. — Apesar do clima tenso no ar, Rindou contornou a situação e apenas acariciou carinhosamente a cabeça da irmã.

— ... Rindou, é.... — [Nome] começou a ficar pensativa e a franzir a testa. Era um péssimo sinal. Já pensava nas piores coisas que ela poderia perguntar. — O que os sapinhos comem?

— AHN?!?!? — Ele ficou confuso por alguns segundos e logo, gargalhou. Era a cara de sua irmã fazer aquele tipo de pergunta sem sentido. — Ah, sei lá, querida. Moscas?

— Onde posso comprar moscas? — Ela continuou com perguntas cada vez mais bizarras.

— Ahn, pra que a pergunta, querida?

— Quero um sapo. Estimação.

— ... UM SAPO?!?! — Ele ficou com nojo apenas ao pensar em um sapo gosmento vagando pela sua casa. Sua irmã só poderia ter pedido o pouco juízo que lhe restara.

— É... Quero. Um sapo. Sapos são fofos. Queria, um bichinho só pra mim. Igual o Shi... — Quando percebeu a grande besteira que ia falar e que obviamente causaria surpresas e suspeitas, [Nome] cortou a si mesma. Mas era verdade: desde que viu o amor fofo que Shion tinha por sua gata Okiko, quis também um animal de estimação.

— ... O Ran não vai gostar muito disso... — Rin lamentou. Óbvio que ele nunca deixaria [Nome] ter um sapo de estimação. — Hmmm... D-depois vemos isso, está bem?

Até que com o papo estranho sobre sapos de estimação, Rindou conseguiu enfim contornar a situação e deixar o caminho de casa mais leve, [Nome] parecia ter se esquecido das perguntas que fez e as deixou para lá. Era melhor que ficasse assim.

Pensando que teria um fim de tarde tranquilo em casa, estava redondamente enganado quando enfim voltaram para seu irmão mais velho, sua cara não parecia nada legal. E era ainda mais preocupante quando o motivo de sua preocupação não ser [Nome]. Como? Quase que 100% de suas preocupações e neuroses eram voltados para [Nome], então como dessa vez seria diferente?

— Oiiii meu amor!! — Ran correu para abraçar sua irmã caçula como uma mãe preocupada. Como sempre, fez dezenas de perguntas do tipo "como foi seu dia, querida?" e "se divertiu?". Felizmente, [Nome] parecia de fato feliz e isso deixou Ran mais tranquilo, mas o que veio em seguida... — [Nome], posso falar com o Rin a sós? V-você... O que acha de dar uma olhada nas rosas que plantamos semana passada?

— Tá bom. — Como uma irmã obediente, [Nome] saiu sem hesitar. O que deixou Rindou preocupadíssimo. O que será que Ran queria lhe falar que não poderia ser na frente de [Nome]?

— ...Vem cá. — Ele puxou Rindou para um canto isolado de seu quarto, fechou a porta e as janelas e se certificou que [Nome] estava mesmo no jardim, sem chances de escutar. Para seu alívio, ela estava super distraída cantarolando e brincando com seu regador. — ...Não é nada bom. Ela quer nos visitar.

o amigo dos meus irmãos - imagine irmãos haitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora