eu te amo

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Espero que gostem! Muitas pessoas (principalmente do Wattpad) estão ansiosas pela volta do Shion, em breve o casal mais fofinho de TR vai ter seus momentos fofos! Sei também de alguns burburinhos e desconfianças de algumas leitoras. Em breve, algumas dúvidas serão sanadas!


    Algumas horas depois…

  

Sabia que Ran tinha um talento raro: o drama. Ele sempre reagia de forma muito exagerada e distorcida sobre tudo. E dessa vez, Rindou considerava como uma dessas ocasiões. Sim. O fato de [Nome] ser adotada era sim, muito chocante para ele também, mas de alguma forma, aquele fantasma da dúvida passou por sua cabeça várias vezes, ainda que jamais tentou procurar. Ele não queria saber da verdade, mas sempre esteve jogado em sua cara: por que [Nome] era tão diferente dos demais da família? Sim, tinha o mesmo violeta nos olhos que eles, mas ainda assim, seus olhos eram grandes, completamente diferentes do resto da família. Seu cabelo, seus traços, sua altura, o autismo… Não era um fator determinante, mas ninguém em sua família era autista e sabia da probabilidade da causa ser genética. Ela era muito diferente de seu pai, não tinha um único traço dele a não ser a cor dos olhos. Então sim, sempre desconfiou do fato de [Nome] não compartilhar o mesmo sangue da família.

E era por isso mesmo que nunca quis buscar a verdade. Isso não importava. [Nome] ainda era sua irmã. Ainda era a pessoa que mais amava e zelava em sua vida, era com toda certeza, a única causa de não ter afundado completamente no mundo do crime. Ele queria construir um mundo melhor. Um mundo para ela. A sua meiguice, seus olhos inocentes e doces, suas artimanhas sapecas como simplesmente arranjar um namorico com Shion Madarame e as escapadelas do curso (sim, ele sabia que ela matou uma ou duas aulas), isso tudo fazia ela tão especial em sua vida e o fato de compartilharem ou não o mesmo sangue jamais importaria. Ela continuava sendo sua irmãzinha.

Agora, não poderia estar menos chateado com seu irmão. Ran realmente consideraria aquilo apenas um engano e só consideraria a parte em que a chegada de [Nome] rompeu uma família já em ruínas? Mesmo amando [Nome] demais, ele sabia que nem mesmo ele, tampouco sua avó superaria o amor que Ran sentia pela irmã. Ela era simplesmente tudo em sua vida. E não era exagero. Nela, ele encontrou todo o amor que não teve de seus pais, desde que ela voltara da clínica psiquiátria, Ran foi capaz de moldar todo o mundo dela: ensinou-a praticamente tudo, sobre moda, sobre cuidados, sobre as coisas que gostava e juntos, pareciam uma pessoa só de tão parecidos. Tudo que [Nome] gostava, Ran apresentou. Tudo que ele fazia em sua vida, pensava em [Nome]. Ele tinha até hoje a carta que ela mandou para eles do reformatório guardado em sua cômoda e duas ou três vezes, Rindou pegou o irmão choramingando escondido enquanto via fotos de [Nome] criança. 

***

Um sábado de verão, há muitos anos atrás…

“O que cê tá fazendo aqui?!” — Quando iam para a pousada de verão da avó, Ran deixava o posto de irmão mais velho para a de um Rei. Ele mandava em todas as crianças e todas o seguiam, ele sempre foi uma figura muito carismática. Adorava passar os verões na casa da avó, era a maior daquela região pitoresca e remota do Japão. Como sempre, ele estava cheio de amigos e de seu irmão. Por conta de ser o mais velho, o mais bonito e o mais rico, adorava se gabar com as outras crianças e contar suas vantagens. Só havia uma única coisa que fazia com que sua vida não fosse perfeita:

[Nome]. Aquela criança esquisita, cheia de manias peculiares, vivia suja e descabelada e não sabia o motivo pelo qual ela era sua irmã. Já era grande o suficiente para não falar errado ou chupar o dedo, além de viver muito descuidada, de forma alguma, alguém diria que eram irmãos. Ninguém gostava dela. Nenhuma criança brincava com ela.

o amigo dos meus irmãos - imagine irmãos haitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora