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[ Povs Noah ]

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[ Povs Noah ]

Acordo em um sobressalto, soltando um gemido de dor por ter apoiado minha cabeça em um dos braços a noite toda, no mesmo instante me dou conta de que o mesmo está enfaixado. Passo a mão pelo meu rosto, me sentindo extremamente exausto, como se um caminhão tivesse passado por cima de mim.

Ao recuperar todos os meus sentidos, percebi que estou no meu quarto, sinto uma certa estranheza já que não conseguia me lembrar de como havia chegado aqui. Levanto devagar e caminho até o banheiro.

Faço minha higiene pessoal com dificuldades, por conta do braço dorido, encaro o espelho em cima da pia e suspiro fundo, vendo minha cara péssima, os olhos fundos, meu cabelo bagunçado e meu rosto amassado, até achei que o espelho ia quebrar com aquela visão.

Respiro fundo e resolvi tomar uma pequena ducha para melhorar meu estado, o que acaba funcionando. Saio do quarto e desço as escadas, tomo um susto quando escuto vozes vindas do quarto da minha mãe.

Fazia muito tempo que ela não falava sozinha por conta dos remédios que tomava. De uma certa maneira, comecei a identificar que eram vozes diferentes, tinha alguém com ela. Caminho devagar, na porta do pé, para não atrair atenção.

- O que tá fazendo aqui? -  Adentro o cômodo e encaro o homem indignado.  - Vai embora da minha casa agora!

- Noah! não fale assim com ele. - Minha mãe diz olhando pra mim enquanto segurava a mão do tal Beauchamp.

- Eu só queria saber se você estava bem. - O vejo levantar da cadeira onde estava sentado - A senhora pode dar licença pra eu conversar com ele, dona Wendy?

- Claro, fique a vontade, querido. - Sorri meiga pra ele me fazendo revirar os olhos.

No momento que a porta do quarto se fecha e ficamos sozinhos do lado de fora, cruzo os braços, esperando alguma explicação de sua parte.

- Achei que iria receber ao menos um "obrigado pro ter salvado minha vida e ter me trazido pra casa enquanto estava desmaiado" - Beauchamp me encarava sério, imitando minha voz, o que me faz revirar os olhos novamente.

- Isso não teria acontecido se você e o babaca do Alex não estivessem brigando. - Digo emburrado, de repente, um silêncio toma de conta do ar, senti que o loiro me encarava esperando por algo e acabo bufando ao entender. - Valeu por ter me ajudado com a bala e me trazido pra casa.

- Sem problemas, sei que faria o mesmo... - Ele me encarou e comprimiu os olhos. - ou talvez não, aposto que me deixaria lá pra morrer.

- Talvez. - acabo deixando um riso escapar de minha boca assim como ele - Você tá aqui desde ontem?

- Desde hoje. - Olha pro relógio - Te trouxe umas duas da manhã e agora são quase cinco da tarde.

- Você ficou esse tempo todo aqui... - penso alto e volto meu olhar para ele - Por quê?

- Porque queria saber como você estava, se precisava de alguma coisa e também ouvi sua mãe me chamar, então acabei ficando um pouco mais, conversando com ela.

- Você contou...

- Não, não contei que você é prostituto e também não contei como as coisas ocorreram ontem, disse que eu era um amigo seu da faculdade e você havia passado mal enquanto fazíamos um projeto. - Ficamos em silêncio novamente por alguns segundos.

- Obrigado... de novo - dou um riso, realmente agradecido.  - Mas acho que já está na hora de você ir. - murmuro desviando o olhar do dele - Você sabe o caminho então...

- Sim, eu sei. - Ele me interrompe assentindo e vai.

Enquanto o Beauchamp ia embora, eu adentro o quarto da minha mãe que estava me encarando com um sorrisinho no rosto.

- O que foi? - A olho sentando ao seu lado na cama

- Não cai na conversa dele de "amigos", aposto que são bem mais que isso.

- Mãe! - Arregalo os olhos - S-somos só amigos, não passa disso.

- Mas vocês dois são tão lindos. - Suas mãos vão de encontro com meu rosto - Você é uma perfeição Noah, aposto que há vários caras aos seus pés esperando a oportunidade certa de...

- Mãe, chega. Garotos como eu não foram feitos para namorar ou até mesmo casar. - murmuro me lembrando dessa mesma frase, dita por Josh ontem após nossa transa. - Agora descanse um pouco, sim? Estarei aqui com você  quando acordar.

Ela assente e deita na cama logo pegando no sono, suspiro fundo lembrando do que ela disse sobre eu e o Beauchamp e tudo o que ele fez por mim durante essa madrugada mas logo trato de afastar esses pensamentos loucos, eu havia agradecido ele e pronto, nunca mais iríamos nos encontrar novamente.

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FIRE | ⁿᵒˢʰ Onde histórias criam vida. Descubra agora