FIRE | ⁿᵒˢʰ

16!

[ Povs Josh ]

Eu realmente me assustei com o modo que Noah agiu, meu coração se apertou ao ver seu desespero. Ele me abraçava com tanta força que achei, por momento, que minhas costelas iriam quebrar.

Decido por fim após um bom tempo apertando o moreno em meus braços, levo ele para meu quarto e ao ouvir a respiração calma, percebi que ele já estava dormindo em meu colo, coloco ele deitado sobre minha cama e o cubro com os cobertores grossos.

Queria deitar junto dele mas talvez, quando acordasse, estranharia, então apenas me sentei na cama e o admirei dormir. Seus cabelos lisos bagunçados sobre a cara e seu biquinho fofo deixavam meu coração estranhamente quente.

Fiquei a noite toda ali vigiando ele, se algum pesadelo enterrompesse seu sono eu iria estar ali para protegê-lo. Não me recordo de ter dormindo tão rápido, na minha concepção eu não havia pregado os olhos a noite inteira, mas ao abrir os olhos e reparar na luz do sol que saia das cortinas me provava o contrário.

Me levanto da cama me espreguiçando, sentindo a dor da noite mal dormida invadir os ossos de minha costa, após me recompor, olho para cama mas não encontro Noah em lugar nenhum.

Acabo ficando desesperado, saio do quarto rapidamente e desço as escadas, procurando em todos os lugares da casa, me xingando mentalmente por ter comprado uma casa tão grande e com esconderijos difíceis.

Me sento no sofá e solto um suspiro, volto meu olhar para o cômodo e rapidamente me lembro que eu havia colocado um rastreador em seu celular, quando o prendi no porta malas do meu carro.

Sorrio ao que logo consigo sua localização ao vivo, saio correndo da mansão em direção ao meu carro, sem pensar em nada, mas para piorar minha situação, meu carro preferido não queria funcionar de jeito nenhum.

Porra, Noah. Tu me paga!

Só queria saber como ele conseguiu acessar as travas de segurança do meu carro sem ao menos o alarme apitar, não tinha como ele saber a porra da senha, ou será que tinha?

Adentrei qualquer carro que estava disponível em mimha garagem e sai arrastando pneu pelas ruas de Los Angeles, passei em alguns sinais vermelhos pouco me fodendo para as multas que eu iria ter que pagar, eu precisava achar esse moleque.

Cheguei no local que indicava a localização do celular de Noah, mas estava tão desperado que nem consegui perceber onde eu realmente estava.

- Ei, o senhor não pode entrar aqui assim - não dei ouvidos a voz do guarda, estava focado em achar aquele pequeno filho da puta.

- Aí está você, Noah! - Vou até ele em passos largos e aliviado, seguro seu rosto com as duas mãos dando um selinho rápido em seus lábios, fazendo o mesmo arregalar os olhos com o ato.

- Beauchamp! - ele murmura baixo com vergonha e olha em volta timido, acompanho seu olhar e engulo em seco ao finalmente entender onde Noah havia ido.

Uma sala de aula cheia de jovens. Todos estavam nos olhando com os cenhos franzidos, uns fazendo cara de nojo e outros sorrindo, devo admitir que essa foi a primeira vez em que fiquei com vergonha na minha vida, minhas bochechas coraram instantaneamente.

- É... eu... eu.... vou esperar lá fora. - Aponto pra porta e logo saio sem coragem de encarar ninguém.

- Acho que o senhor Urrea já terminou de apresentar seu trabalho. - Escuto a voz de uma mulher que logo deduzi ser a professora. - Parabéns Noah, está liberado.

Em alguns segundos o moreno sai furioso sem ao menos dirigir uma palavra há mim, pisava fundo no correndor indo para saída com sua mochila nas costas.

Acabo suspirando fundo ao ver ele se afastando com aquela bunda imensa que eu não iria comer tão cedo depois daquela cena vergonhosa.

dré¡