"--- Seonghwa! Calma! - Pediu tentando manter a calma, principalmente depois do mais velho engatilhar a arma - Você disse homem de branco? Era um homem mascarado, com terno, sapatos e luvas brancas? - Percebeu que Seonghwa estava o escutando, ainda não tinha atirado, ainda tinha tempo - Esse homem nos perseguiu! Não tem como ser o Yunho! A culpa daquele acidente do Yunho no racha foi daquele homem! Por favor, não faça bosta! Eu sei que seria muito mais fácil culpar Yunho, eu sei que seria. Mas não foi ele que matou Mingi. Por favor abaixe a arma!
Naquele momento Yunho descobriu uma coisa, nada era mais assustador e doloroso do que o disparo de uma arma."
"Culpem ele", era o que Seonghwa gritava enquanto era lhe colocado uma camisa de força branca como a neve. Sentia suas veias queimarem ao que o sedativo alcançou a vermelhidão de seu sangue, não ia demorar muito para que ele dormisse nos braços dos enfermeiros. Hongjoong não pode evitar deixar cair algumas lágrimas ao ver o Park ser levado para longe à força, como um maníaco que aparentava ser naquele momento. Sabia que não devia chorar, mas ver o mais velho daquele jeito era muito doloroso. No fundo, se sentia até culpado por deixá-lo se perder. Afinal, ele era o líder quando as coisas começaram a desandar e, sabia que Seonghwa o considerava seu melhor amigo.
Todas as pessoas que estavam ali percebiam que Hongjoong enfrentava um momento difícil, já que via seu melhor amigo sofrer pela dor de ter levado um tiro na perna e o seu ex melhor amigo destruindo sua vida com uma obsessão. Enquanto isso, Yunho sentia que perderia a vida naquele momento, não importava onde tinha recebido o tiro, já estava sentindo o frio do esvair da vida.
- Você não vai morrer, ok? - Respondeu passando a mão no rosto de Yunho com carinho, evitando de olhar para o machucado na coxa - Vai ficar tudo bem, só não fecha os olhos e continua falando comigo!
Os socorristas faziam um ótimo trabalho enquanto Hongjoong tentava manter Yunho, e até a si mesmo, mais calmo. Enquanto isso, a garota que ligou para a ambulância, alegando, também, sobre o "maníaco" armado, tentava esconder a droga que comprou mais cedo enquanto via o caos do outro lado da rua. Seria uma boa história para contar aos seus netos, se tivesse um algum dia.
O Kim subiu na ambulância para acompanhar seu amigo, sem saber se deveria avisar Yeosang agora ou depois que chegar no hospital, seu cérebro estava uma bagunça, na verdade. Apenas repetia a mesma frase "tá tudo bem", para Yunho enquanto rezava para os enfermeiros não vissem a arma no cós de sua calça, protegida pelo moletom preto. Mal sabia ele que o Jeong já estava se irritando com aquela frase e só não metia a mão em seu hyung por, primeiro, não ter força o suficiente e, porque o outro também parecia ter sofrido um trauma com a situação anterior.
- Hyung, eu acho que esse vai ser um dia complicado. - Yunho murmurou respirando fundo e fechando os olhos.
[...]
Yeosang já não aguentava mais o cheiro de papel guardado, sentia-se sufocado com aquele odor de coisa velha, mas isso não impedia a bibliotecária de chegar com mais caixas cheias de jornais e artigos mais velhos que si. Por um segundo, o Kang se arrependeu de se prontificar para ajudar a prima de Seonghwa a achar respostas para seus questionamentos. Com certeza, teria achado uma desculpa para poder ir embora se não tivesse muitas perguntas visando sua própria história também. Mas, mesmo assim, pensou na desculpa de "Hongjoong hyung me pediu pra ir na farmácia, porque ele tá passando mal e eu preciso ir", caso quisesse ir embora. Yeosang não era um bom mentiroso.
- Quantos incêndios - Siyeon disse pegando alguns jornais.
- Por onde devemos começar? - Yeosang perguntou ficando ao lado da garota.
Siyeon respirou fundo, se virando para a caixa que tinha um selo do ano e mês em que seus pais morreram. Tinha medo das memórias que estavam naquela caixa, das lembranças que carregava em si mesma, por isso que evitou encará-las por muito tempo. Talvez fosse um dos motivos pelo qual se afastou de Seonghwa, pois querendo ou não, ele era uma parte daquele ano, uma parte daquele passado que tanto queria esquecer. Mas agora Siyeon tinha consciência que precisava ser forte e ser maior do que aquilo que a assombrava.
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𝐅ireworks ᵃᵗᵉᵉᶻ
FanfictionEles eram bons amigos, quase como uma família. De tão unidos e intocáveis, nunca se adivinharia que esconderiam tantos segredos. Mas todas as desavenças vêm à tona quando um deles desaparece e é dado como morto. O grupo de amigos acaba se dividindo...