San estava em uma das celas, dormindo horrores enquanto os outros presidiários se ocupavam com coisas diferenciadas. Um mexia no cabelo longo que tanto achava bonito, outro se mantinha ocupado cantarolando algo e muitos ali apenas se pegavam pensando em suas vidas, em porquê vieram parar naquelas celas sujas de delegacia. O garoto de cabelos rosa que agora dormia, também teve esses pensamentos e teve de se segurar para não chorar ao que todas as reflexões pararam em Mingi.
Queria muito não ter o conhecido, para não sofrer tanto pela noite em que tudo começou.
- Ei, dá pra calar a boca? - Um dos detentos bradou para o que cantarolava.
- Ou o que?
Há vários jeitos de arrumar briga, uns jeitos mais fáceis, outros mais complicados, mas existem muitos jeitos de se arrumar confusão. Em uma delegacia, na ala de presidiários, principalmente. Aquele era o lugar perfeito para se brigar com alguém, por todo o frio que ali estava, todo o estresse de ter sido pego pela polícia e todo o temperamento agitado de cada um ali permitiam que gritos fossem fáceis de se conseguir e nada mais poderia ser feito. Principalmente, porque estavam em celas separadas e distantes, não daria para intimidar um ao outro com força física, teriam de gritar.
Se não fosse o "ou o quê?" Soltado por um dos detentos, San não teria acordado. A gritaria não o deixou mais dormir e descansar sua cabeça da péssima realidade em que estava: Um amigo morto, amigos separados, talvez um fosse o assassino, talvez ele fosse condenado por 5 anos de prisão, talvez por 10, talvez por 20, quem poderia dizer além do juiz e um advogado que não tinha?
Mal sabia Choi San que naquela mesma delegacia entraram um casal para o ajudar. Bem, na verdade eram apenas amigos, mas ninguém precisava saber disso.
- Com licença, policial - Bangchan se aproximou do homem fardado que estava na recepção. - Poderia nos ajudar a achar nosso filho? Ele se perdeu e estamos a horas tentando encontrar.
- Eu quero meu filho de volta! - Felix berrou, parecia um pai desesperado gritando por ajuda, qualquer um acreditaria que seu filho estava perdido ou até que tinha um, ou até que estava se relacionando com Bangchan, o que era meio estranho para si de atuar. - Por favor ajudem!
"Muito bem, continuem assim...estou quase conseguindo hackear todo esse sistema...", escutaram pelo ponto em seus ouvidos a voz de Yoohyeon que tentava invadir toda a rede policial junto a liderança de Jongho, que estava ao seu lado observando todos as câmeras já hackeadas da polícia. Não era difícil para nenhum dos dois fazer aquilo, já que ambos já tinham feito isso antes, em uma situação quase parecida, mas isso é história para outro dia.
"Consegui!", a garota falou, tendo acesso à todas as câmeras da delegacia, do mesmo jeito que tinha acesso ilimitado por qualquer computador daquele lugar imundo, todos menos o sistema que cuidava das portas da carceragem. Em poucos cliques, ela conseguiu substituir a imagem das câmeras para as gravações de dois dias atrás no mesmo horário e deixar a imagem real no monitor montado em frente a Jongho, que prestava atenção em tudo, como um bom líder.
"Pode dar o sinal da Siyeon", foi o que disse para Bangchan ao ver cada pedaço da delegacia pelo computador.
- Calma, meu amor, nós vamos achá-lo - Bangchan se aproximou de Felix, tocando seu rosto, o que causou desconforto no policial que os olhava. Jongho tinha pensado nisso, quanto mais incomodo causassem no homem de meia idade homofóbico da ressepção, mais rápido ele vai querer se livrar deles e, é ai que Siyeon entrava- E logo vamos comer sushi no jantar do jeito que ele queria.
Fardada e com um distintivo falso, Siyeon caminhou pela delegacia, fazendo dali sua passarela, assim que viu BangChan tocando o rosto de Félix e falando sobre o sushi. "Que sinal merda", pensou consigo mesma enquanto ajeitava o distintivo em seu coldre.
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𝐅ireworks ᵃᵗᵉᵉᶻ
FanfictionEles eram bons amigos, quase como uma família. De tão unidos e intocáveis, nunca se adivinharia que esconderiam tantos segredos. Mas todas as desavenças vêm à tona quando um deles desaparece e é dado como morto. O grupo de amigos acaba se dividindo...