Capítulo 08 - Aquele com a trégua

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"- Jongho - Yeosang não perdeu tempo, retornou a chamada. - Me encontra na biblioteca e trás o quadro do hyung. Eu tenho respostas."



Siyeon tinha ido embora antes mesmo de Yeosang lhe contar que Jongho estava à caminho, ela precisava de um tempo sozinha e, ia gastá-lo andando de moto, para onde o automóvel veloz quisesse a levar. O garoto nada disse ao ver a morena sair pela porta principal da biblioteca, já que devia ser complexo lidar com a realidade que fugiu por toda uma vida. Então, Yeosang começou a tirar fotos dos jornais, caso perdessem ou, simplesmente, eles começassem a esfarelar sob suas mãos de tão velhos.

O sol já estava pra nascer quando Jongho, Wooyoung e San chegaram a biblioteca. O que já estava lá percebeu que eram exatas 04:08 da madrugada quando precisou procurar a chave que a bibliotecária deixou para si no meio de tantos papéis. Quando abriu a porta até se intimidou um pouco com os olhares do trio sobre si, eles eram como dobermans encarando um pequeno maltês que acabou de pegar um brinquedo irritante e barulhento.

— Trouxemos o quadro – Jongho disse primeiro, como bom líder — Podemos?

— Claro, entra... — Se afastou um pouco, para que os três entrassem de uma vez.

Wooyoung sentou na mesa de madeira que, surpreendentemente, tinha um espaço livre. San se colocou ao seu lado, com as mãos no bolso e com uma postura elegante. Jongho, depois de olhar brevemente os jornais à mesa, se encostou na madeira e estendeu à Yeosang o quadro de informações de Seonghwa.

O quadro não era tão grande assim, mas tinha muitas informações relevantes que faltavam no enredo de Yeosang.

— E aí, a gente pode saber o motivo de vir pra esse lugar às 4 da manhã? — Wooyoung perguntou encarando o rapaz loiro — E já vou avisando que quando o Hyung voltar pra casa a gente vai falar que foi você que pegou!

O Kang sequer tinha escutado a ameaça lançada à si, apenas continuou lendo as anotações de Seonghwa. Percebendo alguns errinhos por parte do mais velho, Yeosang entendeu o cenário por completo.

— Jongho...San...melhor se sentarem.

[...]

Às nove horas da manhã Hongjoong queria gritar como se sua vida dependesse disso. Yeosang não atendia nenhuma ligação e Yunho, apesar de estar se recuperando bem, ainda precisava de cuidados. Além de que escondia uma arma por baixo das roupas que podiam lhe dar anos de prisão por causa de um amigo que fora internado recentemente. Quer dizer, Seonghwa não era seu amigo, ou era?

Sua perna mexia exageradamente enquanto estava no corredor esperando a equipe de enfermeiros terminar de trocar os curativos de Yunho dentro do quarto. O telefone em suas mãos indicava que Yeosang não tinha visto nenhuma de suas mensagens ou chamadas.

Precisava descansar, precisava ir pra casa, mas não podia deixar Yunho desacompanhado.

— Senhor Kim? Já trocamos o curativo do seu amigo — A enfermeira avisou sorrindo profissionalmente — Em breve o Doutor Jung virá dar os pontos e avaliar se podem ser liberados ainda hoje.

— Mas já? — Perguntou um tanto surpreso. Afinal, Jeong havia levado um tiro.

— A bala pegou de raspão, não necessita de cirurgia ou coisa parecida. Foi como se arranhar em arame — A profissional tentou explicar da maneira mais entendível possível — Recomendo que descansem bem ao chegar em casa.

Hongjoong assentiu vendo a mulher ir embora, genuinamente feliz com a notícia que lhe foi dada, mas pensativo quanto a mira de Seonghwa. Ele estava tão perto, como pode errar tão bruscamente?

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⏰ Última atualização: Feb 06 ⏰

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