Capítulo 8

26 4 0
                                    

Não sabia o que fazer, meu corpo estava paralisado. Sentia dificuldade ao respirar. Olhei para Caio e vi em seu olhar o medo. Precisávamos sair dali o mais rápido possível e avisar aos outros que não estávamos mais seguros. Parecia um pesadelo onde você tenta sair do lugar e seu corpo não responde. Ainda bem que eu tinha Caio ali, pois vendo o meu desespero me puxou bem forte, e me arrastou do salão. Queria correr nas escadas, mas Caio mantinha suas mãos firmes em mim, não podíamos causar suspeitas. Quando chegamos no corredor que dava para o apartamento de Richard, apertei o passo e entramos correndo na sala. Todos estavam lá conversando e rindo. Assim que nos viram ficaram confusos.


Meu olhar fez com que se levantassem em um pulo, Caio que estava logo atrás de mim disse o que eu não conseguia.

- Eles estão aqui no prédio! Precisamos sair agora!

Foi uma confusão, gente correndo pra todos os lados.

- Pra onde vamos agora? - Ana perguntou

Richard veio da cozinha com algumas sacolas e disse:

- Minha família tem uma fazenda, podemos ir para la!

Realmente era uma boa opção, mas como chegaríamos no estacionamento? Eles nos veriam no caminho e com certeza nos matariam.

Denis pareceu ler meus pensamentos.

- Existe um jeito de ir pelas escadas de emergência e chegar ao estacionamento Richard?

- Sim! As escadas ficam no final do corredor, mas precisamos ir agora! Não sei quando tempo mais eles vão demorar até convencer a recepcionista a deixá-los subir.

O professor abriu a porta e foi na frente para ter certeza de que era seguro. Andamos apressados por aquele corredor, que agora parecia imenso. Mayara foi a ultima a passar pela porta, e viu quando os homens bateram na porta de Richard. Horrorizada deu um grito! Foi quando eles olharam para ela e correram em nossa direção.

Descemos as escadas o mais rápido que podíamos, quando estávamos chegando no ultimo lance de escadas eles abriram a porta e começaram a atirar para baixo. Abrimos a porta que dava acesso a garagem e saímos correndo, passando entre os carros estacionados.

- Cade a van? - Caio gritou.

O professor apontou para o fim do estacionamento: - Está ali no canto, atras do carro prata.

Entramos correndo, e nos ajeitamos apressadamente, enquanto o motorista chegava com a chave e colocava a van em movimento. Os dois homens ainda atiravam, mas não conseguiram acertar o veiculo. Saímos do prédio em direção a avenida, apesar de estar com pressa fiquei com medo quando o motorista entrou na pista sem olhar.

Quando toda agitação diminuiu respirei fundo. Passei as mãos em meu cabelo e o prendi em um rabo de cavalo alto. Foi quando olhei para o professor e fiquei assustada. Ele foi atingido!

Os Crimes De SophiaOnde histórias criam vida. Descubra agora