32 - my place is by your side

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Dois dias se passaram, Sina estava bem.

Fizeram todos os exames necessários nela e checaram tudo, se havia alguma sequela ou algo do tipo por causa do coma. E não, não havia absolutamente nada.

A minha garota era forte. Extremamente forte.

Depois de fazer a ficha da alta, pego a mão de Sina e a mochila na qual sua mãe havia trago com alguns pertences dela e saímos daquele quarto branco no qual havíamos passado mais de 6 meses nele.

Sina olhava tudo com curiosidade. Era tudo muito novo pra ela, já que ficou seis meses em coma, não sabendo de nada que acontecia aqui fora. Qualquer mudança é uma grande coisa.

Entramos no carro e ela respira fundo. Tenho certeza que a sensação de ar puro era extremamente prazerosa pra ela.

— Como se sente? - pergunto.

— Livre. - diz simples e sorrio ligando o carro. — Isso é tudo tão louco. Do nada eu sofro um acidente e acordo seis meses e meio depois, mas na minha cabeça parece que foi a três dias.. - nega com a cabeça.

— Pra você, o tempo parou. Pra mim, ele passava, mas passava tão devagar... E ainda por cima, cada dia era um cor diferente no coração. - olhei pra ela mas logo voltei a olhar o trânsito. — Por mais que muitas das vezes pensamentos negativos vinham, eu nunca desisti de você, Si. Nunca.

Escuto leves fungadinhas, olho para o lado e vejo Sina em pranto de choro, com a mão na boca tentando não fazer barulho.

Pego sua mão e entrelaço com a minha.

— Eu sempre te ouvi, eu sempre entendia o que você falava, eu sempre presenteia atenção em tudo que você dizia, em casa detalhe do seu dia. Eu sempre estive ali. - ela disse soluçando.

— Eu sei, amor. Eu te sentia, sempre.

— Obrigada por ficado comigo.

— Por você, eu faria isso de novo. Quantas vezes fossem necessárias. - sorri e ela logo retribuiu.

Chegamos em minha casa e desço do carro ajudando-a fazer o mesmo. Pego suas coisas e sigo em direção a entrada.

Quando entramos em casa, um estrondo de confetes e gritos dizendo "SURPRESA" assustavam-nos.

— Gente... - Sina disse e começava a chorar.

Todos os nossos amigos estavam ali, tanto do grupo quanto os de Orange. Minha família e a suas estavam ali presente também.

Em meio a choros e alegria, apenas via um cachorrinho minúsculo correndo igual foguete em direção a Sina. Ele pulou em seus pés, arranhando suas pernas. Millo estava eufórico, com certeza não acreditando que sua mãe estava de volta. Sina o pegou no colo e ele pulava e a arranhava em alegria. Lambia seu rosto como se fosse criança com sorvete. Sina chorava de felicidade, os dois sempre brincavam juntos, e quando estávamos em Los Angeles, Sina o levava para todo canto. Ela mal acustumou ele.

Depois de acalmar aquela bolinha de pelo minúscula, Sina comprimentou a todos que estavam ali, chorando e abraçando as pessoas que tanto esperavam por ela.

Logo o ambiente tomou vida, cor e alegria, como a temos não tinha, principalmente minha casa.

Sina era a alegria de todos.

POLAROID'S • NOARTOnde histórias criam vida. Descubra agora