Dois dias se passaram, Sina estava bem.
Fizeram todos os exames necessários nela e checaram tudo, se havia alguma sequela ou algo do tipo por causa do coma. E não, não havia absolutamente nada.
A minha garota era forte. Extremamente forte.
Depois de fazer a ficha da alta, pego a mão de Sina e a mochila na qual sua mãe havia trago com alguns pertences dela e saímos daquele quarto branco no qual havíamos passado mais de 6 meses nele.
Sina olhava tudo com curiosidade. Era tudo muito novo pra ela, já que ficou seis meses em coma, não sabendo de nada que acontecia aqui fora. Qualquer mudança é uma grande coisa.
Entramos no carro e ela respira fundo. Tenho certeza que a sensação de ar puro era extremamente prazerosa pra ela.
— Como se sente? - pergunto.
— Livre. - diz simples e sorrio ligando o carro. — Isso é tudo tão louco. Do nada eu sofro um acidente e acordo seis meses e meio depois, mas na minha cabeça parece que foi a três dias.. - nega com a cabeça.
— Pra você, o tempo parou. Pra mim, ele passava, mas passava tão devagar... E ainda por cima, cada dia era um cor diferente no coração. - olhei pra ela mas logo voltei a olhar o trânsito. — Por mais que muitas das vezes pensamentos negativos vinham, eu nunca desisti de você, Si. Nunca.
Escuto leves fungadinhas, olho para o lado e vejo Sina em pranto de choro, com a mão na boca tentando não fazer barulho.
Pego sua mão e entrelaço com a minha.
— Eu sempre te ouvi, eu sempre entendia o que você falava, eu sempre presenteia atenção em tudo que você dizia, em casa detalhe do seu dia. Eu sempre estive ali. - ela disse soluçando.
— Eu sei, amor. Eu te sentia, sempre.
— Obrigada por ficado comigo.
— Por você, eu faria isso de novo. Quantas vezes fossem necessárias. - sorri e ela logo retribuiu.
Chegamos em minha casa e desço do carro ajudando-a fazer o mesmo. Pego suas coisas e sigo em direção a entrada.
Quando entramos em casa, um estrondo de confetes e gritos dizendo "SURPRESA" assustavam-nos.
— Gente... - Sina disse e começava a chorar.
Todos os nossos amigos estavam ali, tanto do grupo quanto os de Orange. Minha família e a suas estavam ali presente também.
Em meio a choros e alegria, apenas via um cachorrinho minúsculo correndo igual foguete em direção a Sina. Ele pulou em seus pés, arranhando suas pernas. Millo estava eufórico, com certeza não acreditando que sua mãe estava de volta. Sina o pegou no colo e ele pulava e a arranhava em alegria. Lambia seu rosto como se fosse criança com sorvete. Sina chorava de felicidade, os dois sempre brincavam juntos, e quando estávamos em Los Angeles, Sina o levava para todo canto. Ela mal acustumou ele.
Depois de acalmar aquela bolinha de pelo minúscula, Sina comprimentou a todos que estavam ali, chorando e abraçando as pessoas que tanto esperavam por ela.
Logo o ambiente tomou vida, cor e alegria, como a temos não tinha, principalmente minha casa.
Sina era a alegria de todos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
POLAROID'S • NOART
FanfictionDurante o coma de sua namorada, Noah faz um álbum de polaroid com fotos que ele tirou dela ao longo desses 4 anos juntos para se destrair.
