❂ Cap. 14

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Após uma longa busca, S/n estava prestes a desistir, mas Luffy não queria deixar isso acontecer, sabia da animação dela.

- Você queria tanto essa flor, poxa. Não desiste! Eu tô te ajudando, a gente encontra rapidinho.

- Sem esse "rapidinho"... Já tô cansada de procurar.

- Então vamo' achar logo essa bagaça e ir almoçar, ué?

- Tá bom... - Luffy estendeu a mão para a garota que estava sentada no chão e ela aceitou a ajuda. - Se eu não achar essa flor, vou incinerar todas elas.

- Calma, a gente vai achar.

- Tô calma.

- Deve ser a fome te corroendo. Prometo que vou achar essa flor logo.

Após uma longa olhada pelo amontoado de flores, S/n finalmente teve uma esperança ao ver um contraste entre todo aquele colorido.

- Achei! - Os dois falaram ao mesmo tempo. Suas mãos acabaram se encontrando logo a cima da flor negra.

- É... Pode pegar ela, eu... Eu vou chamar o Ryo. - S/n saiu, tentando controlar a timidez.

- Tá bom.

Havia sentido o mesmo ao aceitar a ajuda dele para levantar, quanto mais reprimia, mais crescia. Esse sentimento estava quase enlouquecendo S/n que tentava lutar contra ele com todas as forças.

- Ei, Ryo!

- Oi, S/n.

- Consegui achar a flor.

- Que sorte, é bem difícil achar uma assim.

- Bota difícil nisso, quase desisti, mas o Luffy insistiu.

- Ele é seu namorado?

- Agora que não estamos no restaurante posso falar a verdade, né?

- Sim, não é como se eu fosse pedir a sobremesa de volta. - Riu.

- Não temos nada a ver, ele só tá me dando uma "carona" no navio dele. Tô com eles por um tempo até decidir o que fazer.

- Entendi. Bom, os Satsujin tem espírito livre, afinal.

- Exatamente. O cheiro tá muito bom, acho que você não cozinha tão mal.

- Ora, e porquê achava que eu cozinhava mal?

- Sei lá.

- Eu adoro cozinhar, até me considero um bom cozinheiro. Se quiser, pode almoçar comigo.

- Não estou com tanta fome, já que comi no restaurante e tem o...

- O chapéu de palha, né? Pode chamar ele também.

- Ok.

- Só uma coisa... Como você sabia onde eu estava?

- Não subestime meus instintos, e nem é tão longe.

- Hm... Verdade. Vai lá chamar ele enquanto eu termino aqui.

Ela foi ao encontro de Luffy e chegando lá ela percebeu que ele estva um pouco diferente, parecia pensativo, uma cena rara.

- Você, pensativo... Aconteceu alguma coisa?

- Posso mexer no seu cabelo? - Decidiu fazer o pedido que estava na sua mente desde aquele dia.

- Do nada? ...Bom, pode. - Ele aproximou-se de S/n e começou a acariciar o cabelo dela de uma forma tão relaxante que a fez querer dormir. - Acho melhor parar antes que eu acabe dormindo em pé.

- Então tá. Cadê o Ryo? Não achou ele?

- Achei, sim. Eu vim te chamar porquê ele nos convidou para almoçar.

- Eu sabia que ele era gente boa!

- Quando se trata de comida, você se anima num instante, né?

- Claro, rapá!

- É melhor parar de gritar, vai que o Ryo mude de ideia.

- Então vamo' logo.

- Vem.

Satsujin foi adentrando nos fundos na loja e Luffy estava prestes a se perder, então segurou a mão dela. Os dois chegaram na cozinha de mãos dadas, e Ryo reparou na hora. Tentando se livrar da situação, S/n quebrou o silêncio esquisito:

- Pode soltar minha mão, não vai mais se perder. - Assim, ele fez.

- Diz aí, Ryo, o que é que tem pra comer, ein?

- Veja você mesmo.

- Carambaaa! Parece muito bom.

- Podem se acomodar, aqui é meio pequeno, mas cabe nós três.

- Pode deixar! - Luffy sentou numa cadeira e puxou outra do lado esquerdo dele.

- Vem, S/n.

- Tá...

Enquanto comiam, a garota acabou falhando em esconder a vergonha. Ela estava sentindo algo em seu cabelo e achou que era coisa de sua cabeça, mas acabou percebendo algo raro, ao invés de Luffy estar totalmente focado na comida, ele usava uma de suas mãos para acariciar o cabelo de S/n.

Ela não podia negar que gostava disso, gostava do jeito carinhoso de Luffy, por mais que ele fosse o oposto disso normalmente. Ficava cada vez mais difícil conter os seus sentimentos. Ela estava prestes a fazer uma loucura. Claro que não podia desistir do plano, mas não queria que esses sentimentos continuassem vivos após a morte de seu alvo.

- Cara, isso tá muito bom. - Ela elogiou o "chef".

- Espero que esse elogio não seja bajulação por causa da flor. - Riu.

- Claro que não, tá realmente bom.

- Ninguém supera o Sanji, mas tá uma delícia.

- Valeu, gente. E obrigado pela companhia, é bem melhor do que almoçar sozinho.

- Mas depois disso vai ter um bom prejuízo. - Ela riu enquanto olhava para Luffy que percebeu o olhar:

- Quê?

- Nada.

- Ele definitivamente tem um apetite eterno.

- Naam, chega uma hora que eu não consigo mais comer. - Explicou.

- Mesmo assim é impressionante.

- Ele deve precisar de muita energia para as batalhas. - Ryo falou para S/n.

- Que eu saiba, não teve nenhuma batalha nos últimos dias.

- Mas a gente tem que tá sempre preparado, né? - Luffy afirmou animado.

- Bom... Sim. - Riu.

𝙶𝙸𝚁𝙰𝚂𝚂𝙾́𝙸𝚂 𝙰𝚃𝚁𝙰𝙴𝙼 𝙰𝙼𝙾𝚁 ❁ Luffy ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora