❂ Cap. 16

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- Quê? O Luffy tá doente? - Chopper ficou surpreso ao ouvir a notícia.

Assim que S/n e Luffy chegaram no navio, o garoto foi direto para o quarto. Ela ficou preocupada, então foi procurar os tripulantes que já estavam voltando e explicou que o capitão não estava se sentindo bem.

- Pelo menos é o que parece, ele falou que estava se sentindo mal e foi direto para o quarto quando chegamos.

- Estranho... O Luffy não é muito de adoecer. - Robin ficou pensativa.

- Exatamente, principalmente assim do nada. Tenho que examiná-lo! - Chopper estava inquieto.

- Ele é forte, tenho certeza que vai melhorar rapidinho.

- Tem razão... Eu vou logo, é melhor não deixar o Luffy esperando.

- Até mais, doutor.

Chopper saiu todo bobo ao encontro de Luffy. Por um momento, até esqueceu de suas preocupações, mas ao chegar no quarto viu tudo retornar.

- Luffy?

- Chopper, é você? - Falou com uma voz de moribundo que o assustou.

- Sim, você tá tão mal assim?

- Eu não aguento mais, as vezes parece que meu coração vai sair pela boca...

- Ai, então é grave mesmo!! Calma aí, já vou te examinar.

O doutor aproximou-se de Luffy e faz um check-up geral. No final, não achou nada de anormal nele, a não ser os batimentos cardíacos que as vezes mudavam bruscamente.

- Olha, por enquanto não posso dar um diagnóstico... Não encontrei nada que indique alguma doença.

- Será que tô com alguma doença rara?!!

- Não tem nenhum sintoma muito ruim, mas sua frequência cardíaca fica meio preocupante as vezes.

- Né? As vezes parece que meu coração vai sair correndo.

- Eu acho que é algo mental... Mas vou fazer mais alguns exames pra ter certeza de que você não tem nada sério.

- Tá bom.

- Você pode levantar, por favor? Eu fico aflito vendo você assim...

- Vou ficar mais um pouco aqui e aproveitar pra tirar um cochilo. Vai descansar, você deve ter caminhado muito.

- Eu tô bem, vou estudar mais pra ver se consigo chegar num diagnóstico.

- Então tá.

- Tenta se acalmar, viu? Se distrai pra não ficar sofrendo com os batimentos acelerados.

- Nada melhor pra acalmar do que dormir. Vou puxar um ronco!

- Bons sonhos pra você.

- Bons estudos pra você!

O capitão logo adormeceu e após algumas horas, S/n ficou preocupada e foi vê-lo, queria saber se ele piorou ou algo do tipo já que não costumava passar muito tempo no quarto.

Ela bateu na porta, mas não houve resposta, então entrou no quarto lentamente para não acabar pegando-o de surpresa. No final, apenas avistou Luffy adormecido num canto do quarto e foi até ele para "checar" se estava tudo bem.

- Será que está com febre? É estranho alguém como ele ficar tanto tempo dormindo...

Puxou um pouco da coberta que estava sobre Luffy para ter acesso a pele do mesmo e colocou a mão delicadamente sobre o pescoço dele. Julgou estar tudo bem.

- Acho que ele só deve estar cansado ou meio fraco por causa da doença... Pelo menos não está com febre. - Quando estava prestes a sair, foi segurada por Luffy.

- S/n. - Falou baixinho.

- Oi, desculpa se te acordei, eu só estava preocupada.

- Tá tudo bem.

- Você precisa de alguma coisa? Tá com fome?

- Não.

- Então já vou indo.

- Espera... Na verdade, eu quero algo sim.

- Pode falar que eu trago pra você.

- Quero que... Que você fique aqui comigo.

- Q-quer conversar? Acho que você está com tédio de ficar aqui, né?

- Sim, mas não quero sair. Meu coração ainda tá muito acelerado, olha.

Ele desceu um pouco a mão de S/n de encontro ao seu peito nu. A garota ficou um pouco surpresa, mas tentou se acalmar e focar nos batimentos cardíacos de Luffy, que realmente estavam muito acelerados.

- Agora tô mais preocupada... Você sente isso com frequência?

- As vezes basta eu parar um pouco que sinto que meu coração vai fugir de mim...

- Deve ser muito ruim, espero que o Chopper consiga te ajudar logo.

- Será que isso tem cura?

- É bem provável que tenha e você é muito forte, com certeza, vai ficar bem.

- Acho que sim, já consegui derrotar um monte de gente forte.

- Exatamente, uma doença não vai te derrotar. Você também tem seus amigos te ajudando, estão todos preocupados. Até o Zoro e o Sanji ficaram meio tristes, da maneira deles.

- Não quer sentar? Você tá aí em pé desde a hora que chegou. Senta aqui do meu lado.

- Tá, mas não precisa levantar. Fica quietinho aí, não quero de perturbar.

- Não perturba, e eu que pedi pra você ficar. - Sentou-se, deixando um espaço para S/n. - Eu já tava cansado de ficar deitado.

Vendo que S/n estava em total silêncio, Luffy ficou meio perdido. Até que percebeu que ainda estava segurando a mão dela, e como havia saído do lugar, S/n acabou ficando meio inclinada, ficando bem próxima dele.

- Poderia soltar a minha mão?

- C-claro, foi mal...

- Tem certeza que tá tudo bem eu ficar aqui?

- Claro, senta logo. Tô precisando de companhia.

- Ok.

O silêncio permaneceu, S/n se sentia meio envergonhada por não saber o que falar e Luffy resolveu quebrar o silêncio com a primeira coisa que lhe veio à mente:

- Você já beijou?

- Quê?

- Eu só queria saber se você já beijou alguém, tipo...

- Eu entendi a pergunta, só fiquei meio espantada com você perguntando isso.

- Desculpa se fui inconveniente...

- Não é nada disso! Eu só achei estranho você querer falar disso, mas não me incomodou. Respondendo a sua pergunta: não, nunca beijei.

- Sério?

- Uhum, no máximo eu beijava o meu pai na bochecha, mas só as vezes e bom... Teve aquele dia com você.

- Entendi... Só fiquei meio curioso mesmo, já que todo mundo te acha bonita.

- Não é como se eu concordasse com eles... E eu não tenho tempo pra perder com esse tipo de coisa. E você, já beijou alguém?

- Não, nunca pensei nesse tipo de coisa. Tô indo atrás do meu sonho.

- Pelo menos, por esse lado, a gente se entende.

𝙶𝙸𝚁𝙰𝚂𝚂𝙾́𝙸𝚂 𝙰𝚃𝚁𝙰𝙴𝙼 𝙰𝙼𝙾𝚁 ❁ Luffy ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora