❂ Cap. 17

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Luffy começou a bocejar, ele alegou que não tem dormido muito bem por causa da doença. S/n queria se retirar para deixá-lo descansar, mas ele não permitiu que isso acontecesse.

- Eu já disse que preciso de companhia.

- Se vai dormir, precisa de calma e silêncio.

- Mas você nem faz barulho.

Aproximou-se de S/n, meio manhoso e sonolento. Deitou no ombro dela e acabou se aproximando mais e mais, encantado pelo perfume que a mesma exalava.

- S-se quer dormir é melhor deitar, assim vai ficar desconfortável.

- Só se você deitar também.

- Mas...

- Nada de desculpas, não vou te morder nem nada.

- É que... Ficaria meio apertado. Você precisa de espaço.

- Naam, tô de boa. Agora deixa de desculpas. - Encarou-a até que ela cedeu. - Pode usar meu braço de travesseiro se quiser, assim seu rosto não vai ficar tão perto do meu.

Ela ainda não acreditava que estava fazendo isso.

Rapidamente, Luffy adormeceu e S/n permaneceu acordada. Por um momento, a garota pegou-se admirando o rosto calmo do garoto adormecido e ficou envergonhada.

Tentando esconder a timidez, abaixou a cabeça e acabou ficando ainda mais envergonhada quando seu rosto encostou no peito de Luffy. Meio eufórica e completamente encabulada, tentou se acalmar para não acabar acordando-o.

Ficou no plano, no quanto é estranho estar deitada do lado de alguém que ela planejava matar. Definitivamente, nunca imaginou que passaria por uma situação dessas.

- Parece que o destino está usando todas as suas cartas para dificultar minha vida... Quer saber? Não tenho porque ficar pensando nisso.

Satsujin decidiu aproveitar que já estava lá e descansar um pouco também. Pela primeira vez, estava sentindo muita ansiedade antes de assassinar alguém. Talvez tenha acabado criando laços demais durante o tempo que estava com aquelas pessoas.

S/n acordou, algumas horas depois, e percebeu que Luffy ainda estava dormindo, o mesmo estava abraçando-a pela cintura como se a segurasse para que ela não saísse de lá até ele acordar. Era um abraço forte mas, carinhoso e ela não queria sair dali... Até que Chopper apareceu:

- Luffyyyy!

Ouvindo a voz inocente, S/n mexeu-se rapidamente para que Chopper não visse nada "estranho". Ficou sentada ao lado de Luffy tentando fingir que nada aconteceu, por mais que realmente não tenha acontecido nada demais.

- Oi,Chopper. - Sorriu. - Poderia falar um pouco mais baixo? Ele está dormindo.

- Ah, sim. Me desculpe - Sussurrou envergonhado. - É que a Robin falou que queria conversar com ele.

- A Robin? Por que?

- Eu não sei direito, mas acho que ela quer saber mais sobre o que ele tá sentindo.

- Entendo... Já faz um tempo que ele está dormindo, acho que posso acordá-lo.

- É melhor não, ele disse que não estava dormindo bem, ultimamente. Deixa ele dormir.

- Tem razão. Quando der fome, ele acorda, aí ela pode falar com ele..

- Você falou com ele? Ele parecia melhor, ou pior?

- Ele não parecia ter algum problema físico, tô achando que é mais mental, sabe...?

- Também pensei nisso... Mas é tão estranho vindo dele.

- De qualquer forma, todo mundo está sujeito à esse tipo de coisa... Não tem como fugir, não importa como ou quem você seja.

- Seja lá o que for, eu vou descobrir e curar ele. Falou animado. - Não posso deixar o nosso capitão assim.

- Eu sei que você vai conseguir, confio nas suas habilidades.

- O-obrigado. - Sorriu timidamente. - Vou indo, tenho que estudar mais.

- Nada disso, vê se descansa. Não adianta nada estudar em excesso assim. Vai conversar um pouco com a Robin, tomar um chá, qualquer coisa.

- Está bem. Você vai continuar aqui com o Luffy, né?

- Sim, ele me pediu para ficar.

- Então tá. Até mais.

- Até.

Assim que a porta fechou, Luffy aproximou-se de S/n, daquela forma manhosa que fez a mesma arrepiar. Ele havia acordado quando ela saiu de seus braços e permaneceu de olhos fechados apenas ouvindo a conversa e esperando Chopper sair.

- Volta pra cá...

- Ainda está com sono? É que a Robin queria falar com você.

- Eu falo com ela depois, agora quero ficar com você, e somente isso.

- Você já passou muito tempo deitado, não tá entediado?

- Não, o tédio passou quando você chegou.

S/n não conseguia conter o rubor que tomou conta de seu rosto e abaixou a cabeça tentando esconder a vergonha. Num ato impulsivo, ela abraçou Luffy carinhosamente e ele retribuiu com a mesma intensidade. Era como se os dois necessitassem disso, um esperava ansiosamente para estar nos braços do outro e finalmente, estavam.

- Agora levanta e vai ver a Robin, chega de ficar deitado!

- Tá! - O abraço deixou-o mais animado.

- Já é quase na hora da janta e você aí cheio de preguiça.

- Iiii, verdade! - Levantou rápido da cama. - Tô morrendo de fome!!

- Agora que veio lembrar da fome?

- Sim. Eu tava mal mesmo, ein...? Esqueci até da comida.

A garota riu da forma preocupada que Luffy falou e assim que olhou para frente viu que a mão dele estava estendida em sua direção.

- Vamo'?

Ela aceitou a ajuda do para levantar. Os dois saíram do quarto e acabam assustando Ussop que estava passando na frente da porta com algumas tábuas, o mesmo derrubou tudo em seus pés e ficou choramingando.

- Foi mal aí, Ussop.

S/n foi ajudar o garoto que estava choramingando no chão e reclamando de como Luffy apareceu do nada. Ela recolheu as tábuas espalhadas e se ofereceu para ajudá-lo a carregar tudo aquilo.

- Eu aceito.

- Bom... - Olhou para o chão, envergonhada. - Então, até a hora da janta, Luffy.

- Vê se não demora.

𝙶𝙸𝚁𝙰𝚂𝚂𝙾́𝙸𝚂 𝙰𝚃𝚁𝙰𝙴𝙼 𝙰𝙼𝙾𝚁 ❁ Luffy ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora