Era sexta-feira à noite quando Niall, Liam, Zayn e Louis se preparavam para entrar em um estúdio nas sombras de um beco. Todos vestiam preto e esperavam impacientemente o homenzinho que era proprietário do local ir embora para aproveitar o seu final de semana. Uma luz dourada vinha de janelas pequenas, iluminando o cabelo de Niall e fazendo o metal dos piercings deles reluzir discretamente.Nove da noite, um homem vestindo um terno escuro foi embora em um sedan e as luzes se apagaram.
─ Vamos lá. ─ Niall instruiu, caminhando mais longe dentro da escuridão. O barulho de metal foi ouvido, e então Zayn ligou a lanterna de seu celular com cuidado. O louro estava próximo a porta lateral, procurando por algo em seus bolsos.
Assim que encontrou seu kit de gazuas prateadas, cuidou da fechadura da porta. Em poucos minutos, um barulho de click ecoou pelo beco.
Caminharam para dentro do estúdio silenciosamente. Não havia alarme no Paul Jones Music Records e as fechaduras não eram as melhores, o que tornava aquele lugar o melhor ambiente para gravar as músicas do The Rogue já que nenhum dos integrantes tinha dinheiro o suficiente para pagar um dia de gravações.
Havia um aquecedor desligado no canto do estúdio E, uma mesa de som com funções extravagantes, instrumentos razoavelmente bons e um tapete felpudo no chão. Os quatro tiraram seus sapatos úmidos, deixando-os próximos a porta antes de entrarem. Liam ligou os aparelhos com a lanterna de Zayn iluminando o que fazia.
Louis afinou a guitarra aproveitando a luz. Niall sorriu ao ver que o violão antigo havia sido substituído por um melhor, acomodando-se em uma banqueta do outro lado do vidro e deixando seu celular ligado com a lanterna iluminando o cubículo no chão.
─ Gravaremos primeiro a parte do Zayn. ─ Liam anunciou, colocando os headphones e indicando com os dedos que o Niall deveria sair do lugar que estava.
Horan se ajeitou em uma cadeira giratória ao lado de Payne. O celular de Malik havia sido deixado próximo a mesa, a luz prata banhando os botões e controles da mesa de som.
Zayn se ajeitou atrás da bateria, usando as mãos para sentir os pratos. Após alguns minutos, sinalizou que estava pronto. Pegou as baquetas, girando-as entre os dedos.
─ Primeira canção será Kill Me Tonight. Lembre-se do que te falei semana passada sobre o ritmo. ─ Liam disse no microfone, e Malik assentiu logo em seguida. ─ Pode começar.
Zayn fez sua contagem. Um, dois, três. Então passou a acertar a bateria com as baquetas com precisão, o ritmo fluindo enquanto curvava seu corpo para frente e para trás. Ele mordia os lábios, lembrando-se da letra da canção e do que sentira quando a escrevera junto com Louis logo após o término de seu namoro de dois anos.
A próxima parte fora a de Niall, e então a de Liam. Louis entrou no cubículo com a sua guitarra por último ─ era geralmente assim, já que ele também gravava os vocais.
As batidas já unidas soaram em seus headphones, e então passou a dedilhar sua guitarra. A franja caía em seus olhos enquanto se esticava para cantar no microfone.
Você gosta de batons vermelhos e beijos apressados,
Dez mil libras em uma bolsa e seguir todos os caminhos errados
Eu cavei minha cova no primeiro sorriso, mas esqueci de me deitar
Então só me mate, me mate hoje à noite
Dance com outra pessoa enquanto eu tento evitar
Pensar que você sempre foi tóxica,
Eu só falhei em enxergar.
***
Harry recebeu uma mensagem do contato Louis com emoji de lua preta às onze e quarenta da noite. Estava sentado em sua cama cercado por livros e sua Smart TV gritava uma canção do Nickelback que tinha pelo menos dez anos. Sua irmã, Gemma, cantarolava junto enquanto desenhava algo que parecia ser uma abelha com uma quantidade inacreditável de detalhes.
─ Mensagem de quem? ─ Ela indagou quando o celular de Harry vibrou entre o livro sobre Oscar Wilde e o livro grosso que prometia todas as fofocas da comunidade inglesa entre 1870 e 1895.
─ Louis. ─ Respondeu, desbloqueando a tela e lendo a mensagem. Era um convite para ir até um pub no domingo. Aparentemente era a grande inauguração. Gemma arqueou uma sobrancelha, parando de desenhar para encará-lo. ─ Ele faz parte de banda que toca no Icy Whisky.
─ Aquela espelunca em Brixton em que você me levou uma vez? ─ Os olhos verdes da garota o inspecionavam agora. Harry deu de ombros. Ela parecia chocada. ─ O que você vai fazer lá?
─ Tomar vinho e ler. O preço é bom e às vezes a música é boa.
─ A banda de Louis toca o quê? ─ Indagou, apoiando a cabeça no ombro do irmão enquanto ele respondia a mensagem com um "sim, que horas e qual o endereço? ".
─ Pop punk ou algo assim. ─ Deu de ombros. ─ É bom, você iria gostar. Bem dramático e extravagante.
─ Você tem certeza de que está pronto para sair com esse tal de Louis?
Harry ponderou.
─ Bem, não é como seu não tivesse saído com ninguém desde que terminei com Cory.
Era verdade, Gemma sabia. Mas era diferente, porque na maioria das vezes ele estava procurando por uma distração, por sexo ou por uma sessão de beijos no banco traseiro de um carro. Não era realmente sair e se conhecer. Era puramente físico.
─ Só tome cuidado.
Ele assentiu, suspirando. Louis havia lhe mandado o endereço e o horário em que deveriam se encontrar.
─ Sabe ─ Gemma começou a falar novamente, Nickelback ecoando no fundo. ─, você merece um relacionamento bom e saudável, Harry. De verdade. Talvez devesse dar uma chance ao amor novamente ao invés de continuar o quer que seja que você esteja fazendo com todos os garotos que te acham atraente.
─ Não estou procurando por um relacionamento, Gemma. ─ Franziu a testa. ─ Também não acredito que nenhum deles esteja.
─ Mas seria legal, não seria? Ter um namorado?
─ Nós dois sabemos o desastre que ter um namorado se provou ser.
─ Não foi culpa sua. ─ Ela o lembrou. A música ao fundo agora da Taylor Swift. Harry fez uma nota mental de alterar a playlist que Gemma havia feito, porque era muita dor de coração em um conjunto de canções só.
─ Eu sei, mas ainda sinto como se fosse.
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The Rogue (descontinuada) (l.s)
FanficLouis é integrante de uma banda de pop punk chamada The Rogue e tem vários homens aos seus pés. Harry é um estudante de literatura com um sorriso bonito e um armário cheio de esqueletos.