Capítulo 3. But you reach out and touch me, say my name like a prayer

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Kinn sentiu dor na fala de Porsche e isso o fez querer bater ainda mais em Tawan. Mas ele só segurou na mão de Porsche, com delicadeza, e o guiou em direção ao seu carro. Kinn abriu a porta do carro para ele, o ajudando a sentar e a colocar o cinto. Quando ele também entrou no carro, trancou as portas do veículo e deu partida.

- Você quer que eu leve você ao hospital? - Ele questionou, recebendo uma negação do outro. Não iria insistir para que ele fosse pra delegacia, não essa noite, pelo menos. Então, Kinn pensou pelo melhor lugar para manter Porsche seguro e poder cuidar de seus machucados. - Você se importa se eu te levar pro meu apartamento? Nenhum dos seus amigos sabe onde eu moro e não vai ter a menor chance do Tawan encontrar você lá.

Kinn se sentia preocupado em como Porsche poderia reagir sobre isso, e tinha receio de deixar ele com medo de qualquer coisa. Mas Porsche concordou, enquanto tirava o celular do bolso da jaqueta e digitava algo, em seguida desligando o aparelho.

- Eu avisei ao Porchay que não volto para casa hoje e que não é para ele falar nada para o Tawan se ele ligar. O bom é que ele foi dormir na casa do Macau - ele comenta, aliviado. Não tem a menor chance de Tawan ir confrontar seu irmão.

- Você acha que ele vai procurar por você? - Kinn imaginava que sim, mas não conhecia Tawan tão bem quanto o próprio namorado dele. E ele precisava ter certeza para saber como ajudar a Porsche.

- Vai. Assim que ele perceber que eu sumi, vai ir atrás de mim em todos os lugares que costumo ir. - Porsche puxou suas pernas para cima do banco, abraçando os joelhos e apoiando a testa contra eles. - Será que eu deveria avisar o Pete?

Porsche olha na direção de Kinn, esperando por uma resposta. Kinn analisa a situação e acha que talvez seria melhor eles fazerem outra coisa.

- Pega meu celular, desbloqueia e manda mensagem pro Vegas. Avisa que é você e que está seguro, mas que não é para nenhum deles falar nada pro Tawan. - Ele sugere, sendo aceito por Porsche. - A senha é 0224.

Porsche o encara após isso, mas rapidamente digita a senha e faz o que ele disse.

- Posso saber o porquê dessa sequência de números? - Porsche questiona, curioso.

Kinn sorri e dá de ombros.

- Você sabe a resposta para isso. Então não tem porque eu falar algo que é óbvio. - Kinn se justifica.

- Você está com fome? - Porsche pergunta, mudando de assunto. Ele não sabe o que pensar sobre a senha do celular do mais velho ser seu aniversário, mas não acha que esse seja o momento adequado para pensar sobre isso.

- Um pouco. E você?

- Muita. Podemos pedir algo para comer? - Porsche parece mais animado e se sente confortável na presença de Kinn. Talvez por o conhecer há tantos anos e ter visto ele o defendendo, sabe que não está em perigo em sua presença. Por isso concordou em ir para seu apartamento.

- Abre o aplicativo de delivery no meu celular e pede o que você quiser. Tem meu cartão já cadastrado. Em alguns minutos chegamos aonde eu moro - Kinn fala, e observa quando Porsche pega novamente seu celular, digitando sua senha.

- Vegas respondeu - Porsche o avisa. - Posso ver?

Kinn confirmou com um gesto de cabeça e continua focado na estrada à sua frente. Ele apertou o volante com força, nervoso por estar tão próximo de Porsche e ele saber que Kinn ainda tem sentimentos por ele. Nesse momento, ele se arrependeu da senha de seu celular ser o aniversário do outro. Ainda mais com a situação de merda que Porsche está envolvido com Tawan.

Queen of the night || KinnporscheOnde histórias criam vida. Descubra agora