Capítulo 1

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Hella tinha chegado, havia 2 semanas, as únicas coisas que vieram do Brasil e chegaram a sua casa fora os móveis. Ela deixou sua vida e um ex abusivo, aquela era a sua segunda chance de ter uma vida tranquila e longe das mãos do monstro que havia abusado psicologicamente dela. Assim que pediu divórcio ela trocou de nome e usou um sobrenome antigo da família de seu pai que em partes era britânico, sua amiga havia conseguido um emprego em uma editora inglesa onde seria o início da sua paz. Ela acordou exausta, já que no dia anterior havia colocado os móveis no lugar e feito uma faxina pesada, a única coisa que os antigos moradores deixaram um quarto que era mais uma biblioteca com livros que pareciam novos. Se arrumou rápido e saiu de casa no meio daquela chuva.
— Bom dia! Nunca te vi por aqui, então deve ser a vizinha nova, meu nome é Tom. — disse se aproximando e cumprimentando a mesma.
— Bom dia! Cheguei, há 2 semanas, pensava que essa casa não havia ninguém, meu nome é Hela. — disse cumprimentando o rapaz.
— Hella é um nome bonito! — disse sorrindo.
— Tom eu preciso ir e foi um prazer te conhecer. — disse andando rápido pelas ruas molhadas.
A medida que Hella caminhava sentia que aquele homem era familiar, já tinha visto em alguma foto, mas não lembra do que e nem da onde sabia disso, desde que saiu do Brasil a única coisa que pensava era fugir do ex marido.
Hela chegou em frente a editora e entrou rápido, assim que adentrou no elevador viu um homem alto e muito bonito, o rapaz seguiu até o quinto andar calado, que por coincidência era onde ela iria ficar, então avistou sua amiga, Sarah que a ajudou a fugir do ex marido.
— Bom dia Hella! Ele acabou de chegar e daqui a 15 minutos vão te chamar na sala de reuniões, espero que consiga o emprego, agora me conte como foi a viagem e onde está morando, quero te ajudar a se adaptar a cidade. — disse levando Hela para sala de espera.
— Eu não conseguir dormir nenhum minuto, cheguei tendo 2 semanas e me desculpa não ter te avisado, tive que pegar a chave da casa e arrumar tudo. — disse se sentando em uma cadeira confortável.
— Você é uma puta, mas que tem talento em publicidade. — disse baixinho vendo o chefe se aproximar.
— Senhorita Hathaway me acompanhe! — disse firme para Hella.
O futuro chefe era alto, sério, reservado, bonito e musculoso, dava paraver porque marcava um pouco no terno. Hella passou na entrevista e no outro dia iria trabalhar, precisava comprar outro terninho e provavelmente ir ao mercado, ela saiu e foi direto pegar um terninho que fosse respeitoso, porque o vermelho que tinha em casa não era adequado.
Hella pegou um terninho preto de seu tamanho, caminhou até o caixa e pagou, depois fez o mercado e foi para casa. Quando estacionou o carro em frente a sua casa ouviu berros que vinham da porta do vizinho, então viu uma mulher sair muito alterada, ela gritou e xingou muito ele, então Hela esperou pacientemente até não escutar mais nada, então alguém bateu de leve em seu vidro, abaixou o mesmo e olhou para Tom.
— Chegou uns livros aqui, então irei deixar na sua porta. Desculpe pela cena que viu, a minha ex não está em um momento muito bom. — disse baixando a cabeça.
— Vou pegar meus livros, não precisa se desculpar, no Brasil acontece todos os dias e você foi muito calmo. — disse pegando suas coisas e ele se afastando para que ela pudesse sair.
— Quer um conselho? Dê um tempo para ela e cumpra com seu papel de pai sempre, assim ela vai entender que está fazendo o possível. — disse fechando o carro e indo para porta de casa.
— Obrigado! Quando precisar de alguém para receber o correio pode falar comigo. — disse com um sorriso de lado e entrou para casa.
Hela entrou em casa, deixou as coisas no sofá e subiu para tomar um banho, apesar de ter sido uma entrevista longa o cansaço maior foi fazer compras e ficar esperando o vizinho acabar de discutir assuntos particulares em público com a ex.
Ela tomou um banho demorado, bebeu vinho e se preparou para dormir, precisava descansar para acordar cedo para trabalhar no dia seguinte.
Tom não é um rapaz ruim e nem como vizinho, então se pegou pensando no quão bonito ele era. — Esquece isso! — disse a si mesma e foi dormir.

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