capítulo 61 : a caixa parte 2

1 0 0
                                    

27 de novembro às 19h00

Era uma noite chuvosa e fria, Daniel e Lawrence aguardavam do lado de fora do grande cassino.

Estavam cobertos por uma calha metálica que impedia de se molharem, mas ainda assim o frio incomodava.

Daniel fumava lentamente seu cigarro enquanto pensava no plano

Lawrence estava encostado na parede com seus fones de ouvido isolando-o do mundo exterior. Era possível ouvir o som de guitarra saindo de seus enormes headphones que impediam-no de ouvir o que ocorria do lado de fora.

Daniel tinha um olhar melancólico, não entendia a si próprio, não sabia porque as vezes reprimia o cigarro e as vezes aceitava-o.

Não conseguia entender como as vezes era tomado pelo seu egoísmo e rispidez natural, e as vezes seu coração era macio.

Chegaram finalmente um carro marrom e um preto, nele saíram diversos membros característicos da gangue brasileira.

Adentraram finalmente o cassino, tiraram seus casacos e guarda chuva e guardaram na entrada.

Foram recebidos por uma moça esbelta e loira que usava um vestido vermelho, a mesma introduziu todos ao cassino.

Todos pareciam comuns ali, era difícil saber quem era humano e quem era demônio.

Daniel cutucou Lawrence e trouxe o questionamento, apesar de extremamente sagaz por natureza, Lawrence não sabia dizer.

Lawrence questionou então Fernando, que em poucos segundos já trouxe uma resposta.

- obviamente nem todos aqui são demônios, mas eles não deixaram humanos normais na segurança

- como vamos fazer pra iniciar o combate? (Perguntou Daniel interessado)

Fernando passou a mão em seu grosso bigode enquanto pensava no assunto

- temos que garantir que não vamos ficar em desvantagem, assim que iniciarmos o combate vamos ter que ir até o final

- já sei como fazer isso (Daniel afirmou)

Todos se aproximaram interessados, ele com certeza tinha algo de diferente

- os cantos, saídas, são pontos de vantagem, eu vou iniciar o combate naquele guarda (aponta pra um guarda na frente do banheiro) , eles vão avançar pra cima de nós, devemos impedir que eles saiam daqui

Todos concordaram

Daniel então foi até esse guarda, sacou sua Beretta escondida na cintura, grudou o cano gelado na cabeça de seu alvo, mirando diretamente no cérebro.

De forma fria puxou o gatilho, não deu tempo de que o suposto "guarda" reagisse.

Após a bala atravessar sua cabeça, sangue se espalhou pela parede, o guarda deu alguns passos de forma instintiva e seu corpo cresceu uns bons centímetros, rasgando a roupa e revelando sua verdadeira forma.

A pele azul os longos dedos e os chifres.

Caiu em frente a entrada do banheiro, um cliente viu aquilo e adentrou o banheiro desesperado, um grito de terror saiu de sua boca.

Todos evacuaram o lugar, menos os guardas, e outros funcionários.

Todos começaram a se transformar

- então eram todos demônios não apenas alguns

O grupo começou a derrubar seus alvos, o problema é que a cada demônio morto, mais três pareciam surgir de algum lugar.

Novo Rei Onde histórias criam vida. Descubra agora