Capítulo 9 - Farah

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Dezembro

Dia nove é aniversário da Lucy e cairá no sábado.

Nate está planejando uma festa para ela na casa do Adam, já foi convidado metade do campus e ele promete que será uma festa de 21 anos inesquecível.

Depois de repassar alguns detalhes da festa no fim da aula, me despeço e vou em direção aos dormitórios para pegar o material e ir para a casa do Leon.

Ele não apareceu hoje e também não deu notícias, eu só espero que ele não esteja doente, mas mesmo assim antes de ir mando uma mensagem só para avisá-lo que teremos a aula normalmente.

Dois passos depois de subir os últimos degraus sua porta se abre e uma mulata muito bonita sai de dentro do seu apartamento com um sorriso escancarado no rosto.

Ele surge logo em seguida segurando a porta enquanto a garota se despede melosamente passando a não pelo seu tórax despido e molhado.

Depois de alisar cada centímetro do peitoral dele ela se vira e passa pro mim, me olhando de cima a baixo antes de descer.

Sem acreditar, olho para Leon parado ainda segurando a porta com um olhar curioso para mim, entro e jogo as coisas no centro enquanto ele fecha a porta.

A sala está um caos, tem garrafas de cervejas pelo chão e roupas espalhadas pelo sofá e por cima da cadeira.

Acho que identifico algumas peças femininas no meio das dele.

Ele vai até a geladeira de pés no chão e vestindo sua calça de moletom e nada mais.

- Quer um água anjo?

- Não.

- Ok.

- Você faltou a aula hoje? - pergunto.

- Fiquei meio ocupado.

Ele volta e senta no lugar de costume aos pés do sofá enquanto vou para o outro lado.

Mas não consigo me concentrar em nada com todas essas peças de roupas espalhadas pelo cômodo e Leon hoje está fazendo um esforço maior que o normal para ser tremendamente irritante.

- Não consigo me concentrar. - digo fechando o livro.

- Meu corpo te desconcentra, anjo?

- Não é lá grande coisa.

- Então o que é? - sua voz tem um leve tom de provocação que me deixa ainda mais irritada.

- Eu não sei estudar na bagunça. - retruco.

- Ah, me desculpe, não consegui organizar a casa para te receber.

Reviro os olhos e me levanto para ir embora, mas antes de chegar na porta ele segura o meu pulso.

E com apensa um movimento me vira e me encosta contra ela, se colocando perigosamente perto de mim.

A mão que segura meu pulso permanece leve, mas firme e a outra ele põe apoiada na madeira na altura do meu rosto.

- O que foi, Farah, por que você quer fugir de mim?

- Não estou fugindo de você. Não sei estudar na bagunça, é só isso.

Ele inclina seu corpo contra o meu, o suficiente para que seu peito me faça olhar para cima se eu não quiser que meu nariz seja enterrado nele.

Seu olhar escuro encara o meu por uma eternidade até que seu nariz roça de leve a pele na lateral do meu rosto e minhas pernas tremem.

- Tem certeza de que é só isso, anjo?

Meu coração soca violentamente dentro do meu peito e o ar some dos meus pulmões.

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