ALÍVIO (CLEXA)

Caloura

Atenção todos os Clexas...

FIC NOVA NA ÁREA!
APROVEITEM QUE É DE GRAÇA 🤌🏼

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(POV LEXA)

Eu já era amortecida pelo frio da noite. Pelos pesadelos que quase todas as noites assombravam meu sono. Grande parte das vezes minha preferência era andar pelas ruas próximas ao dormitório do campus, como uma alma penada em busca de simplesmente fugir dos pesadelos que me perseguiriam no sono.

Já havia tentado as drogas, mas elas tornavam os pesadelos ainda piores. Nem mesmo a tentação de usá-la de novo me tirava o pavor de pensar em como elas tornariam tudo mais forte na minha cabeça. As lembranças, os flash's, o sangue por toda a casa, os gritos, meu corpo sendo lançado no chão, o choro de minha irmã, logo depois a sirene as luzes da polícia entrando através da claridade da janela.

Sempre que as lembranças voltavam o gosto amargo se instalava em minha boca e os enjoos vinham. Anya não estava mais perto o suficiente para me amparar enquanto eu vomitava as vezes no chão do dormitório por não conseguir chegar a tempo no banheiro. O instante de paz por não haver uma pessoa com quem dividisse o quarto, era o que me livrava de ter que explicar os murmúrios no meio da noite, o acordar assustada e até mesmo minha falta de dormir em algumas noites. As vezes só ficar no escuro quieta, até que a luz do sol entrasse pela janela no dia seguinte, me trazendo o alívio da sensação que era uma noite a menos. Morrer não era uma opção, e eu havia prometido a Anya. Então por mais que em tantos momentos eu quisesse acabar com minha própria vida eu não podia. Anya era minha única família agora e eu não podia deixá-la sozinha, por mais que ela estivesse me dando a oportunidade de ter liberdade de seus cuidados vinte e quatro horas por dia, eu não iria a ferir a abandonando nesse mundo de merda.

Ele ainda estava lá fora...

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- Calouros de Polis, sejam muito bem vindos a Arkadia! Nossa universidade neste semestre lhes oferece os melhores grupos de todos os anos. Obrigatoriamente vocês precisam se inscrever em um deles, não se esqueçam. Eles agregam suas notas te salvando de uma reprovação nos seus módulos mais difíceis!

As boas vindas do Reitor Jaha gritadas através dos alto-falantes do campus eram quase ensurdecedores. Os calouros que acabavam de chegar ao campus foram cercados pelos representantes dos grupos e das irmandades que buscavam, é claro os melhores para suas alcateias egocêntricas e egoistas.

Como veados cercados por leões, os novatos se perdiam em meio a multidão no pátio, envoltos em tantos barulhos e cartazes, buscando se encaixar em algum lugar para que não passassem o restante dos semestres deslocados de qualquer grupinho. Era quase tediante observar a movimentação do início de um novo semestre, eu já via essa mesma bagunça a três semestres seguidos, e por mais que buscasse não me envolver eu não tinha escolha. Como Jaha mesmo disse, estar em um dos grupos era agregado a notas em matérias que possivelmente precisaríamos de notas.

Depois de ter escapado do grupo de fotografia e me instalado deitada embaixo de uma das árvores, apenas deitei e observei enquanto jovens corriam de um lado para outro buscando não ficar sem uma vaga nos grupos que tinham preferência. Era um pavor já estar em um, pior seria estar em um que detestasse.

Deitada, com um livro sobre o peito a brisa fraca quase me fazia querer dormir depois de uma noite novamente mal dormida. Quando fechei meus olhos eu senti o impacto.

O barulho de coisas caindo no chão e alguém caindo sobre mim, me fez abrir os olhos para tentar me livrar do provável idiota que havia tropeçado em mim. Mas enquanto uma confusão de cabelos loiros, desconcertadamente tentava se levantar da bagunça de livros e folhas que deixará cair sobre mim.