Sinais e Finais

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Demorei? Que isso! kkkk

Voltei!!!

Capítulos de transição dão um tiquinho de trabalho criativo, então qualquer coisa me dêem feedback!

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(Play " Salt And The Sead - Gregory Alan Isalov")

Eu tinha me levantando antes mesmo do sol nascer. Estava na academia a mais de uma hora socando sem parar o saco de lona negro a minha frente.

A cada esticar e chocar do meu punho contra ele, eu sentia uma parte ruim ser liberada de dentro de mim.

Eu me sentia cega...

Havia acordado naquela madruga vendo a imagem do meu pai naquele cubículo de quarto do dormitório. Ele me encarava com um sorriso tenebroso no rosto, sorriso de alguém que parecia sempre ter estado ali, esperando...

Quando liguei a luz a imagem havia desaparecido.

Era apenas um pesadelo.

Ao tentar voltar a dormir eu tive novamente um outro sonho. Eu estava voltando de um treino e vi Clarke de longe por um segundo ela parecia sorrir para mim, um alívio me dominou. Mas então ela se virou para o lado e vi Bellamy caminhar em sua direção.

Ele a puxou pela cintura e lhe deu um beijo quase sufocante nos lábios. Enquanto isso ela apenas sorria.

Eu senti o chão sob meus pés desaparecer. Minha respiração não saia, e tentei chama-la, mas ela parecia não ouvir.

Então Bellamy entrelaçou seus dedos aos dela e caminharam em minha direção.

Senti meu corpo entrar em ebulição de raiva, e minhas mãos se tornaram toneladas, prestes a esmagar todos os ossos do sorriso cínico no rosto de Bellamy.

Mas... Eles apenas passaram direto por mim quando se aproximaram, como se eu nem estivesse ali, como se eu não fosse ninguém.

Como se não me vissem...

Uma dor incomum tomou meu coração e havia uma bola em formato de grito presa em minha garganta. E quando tentei de todas as formas gritar por ela, tentei me virar, eu senti uma dor aguda em minha barriga.

Quando me abaixei para olhar havia um furo de tiro. O sangue se espalhou por minha camisa branca como tinta dissolvida.

Eu apalpava o ferimento mas não conseguia impedir o sangramento.

Então me dei conta que o furo era no mesmo lugar em que minha mãe havia levado o tiro de mim.

Meus pés cederam e eu caí no chão em uma espiral entre lágrimas e gemer.

Quando consegui acordar, eu estava caída no chão do meu quarto embolada em meu próprio corpo, gemendo e chorando.

Porra... Esse foi um dos piores sonhos que eu já tive.

Eu não consegui mais dormir, meu refúgio foi correr para a academia e já faziam mais ou menos horas que eu não tirava os olhos do saco de lona cheio de areia a minha frente. Eu não podia parar, sentia que se parasse a dor do pesadelo com Clarke voltaria, me sentiria perdendo algo de novo, me sentiria sozinha.

Em muito tempo, era a primeira vez que eu estava insegura.

Não sabia se deveria falar com Clarke, não sabia o que ela estava sentindo, se ela estava feliz, tudo me parecia agora que ela estava sentindo pena de mim, ou algum tipo de remorso por como agiu antes de saber toda verdade.

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