Minha Família

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Beninos e Beninas, a autora tá carente dos comentários de vocês kkkk

Preciso saber se estão aí ainda e o que estão achando 🥲

capítulo emotivo hem... ✊🏼😥

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Olhar aquela cena tinha me pego de jeito a pelo menos trinta minutos. Abigail havia desenterrado de seu sótão um velho jogo de Twister e estava espalhando o tapete pelo chão de madeira da sala, enquanto brincava e desafiava Clarke. Ambas com grandes sorrisos no rosto, imersas em uma nostalgia única, quase alheias a presença do restante de nós ali.

Ilian e principalmente Niylah após verem que Clarke e eu estávamos novamente bem, usaram a velha desculpa de aproveitar um pouco a noite juntos e saíram para o terraço. E como eu fiquei feliz com a ausência deles. No fundo algo me dizia que eu devia desculpas a Niylah e talvez algum dia eu me tornasse uma pessoa boa o suficiente para fazer isso, não por ela, mas por mim. Por mais que eu estivesse errada, ela não fugiu da responsabilidade de que sabia que nada daquilo duraria, era uma noite, era apenas satisfação e claro, não era apenas pelo fato de eu estar apaixonada por Clarke, mas nenhuma daquelas garotas nem mesmo Costia, jamais me fez sentir o que senti dormindo, fazendo sexo, ou fazendo amor com Clarke.

Porque nós não estávamos nos usando... Era diferente, é uma conexão muito mais íntima e profunda do que sentimos.

- Você está quase babando aí.

Sussurrou Lincoln ao meu lado. Meu peito se apertou e um sorriso se espalhou por meu rosto.

- Cala a boca.

Murmurei brincando sem desviar meu olhos, enquanto Abigail e Clarke organizavam as suas próprias regras do jogo.

- Hum... Não julgo, eu ainda sou assim quando vejo sua irmã imersa nos livros.

O sorriso no meu rosto diminuiu. Lincoln e eu sabiamos qual era um dos sonhos de Anya, ser uma grande escritora. Mas os planos dela mudaram tantas vezes por minha causa e aquilo era um dos motivos de eu me odiar. Foi assim que ela conheceu Lincoln, por causa dos livros, Anya era quase uma nerd e Lincoln mesmo com toda aquela pose de durão ficou caidinho quando a viu caminhando com um monte de livros embaixo do braço. E aquilo me lembrava Clarke, como a conheci os livros que liamos, como ela era apaixonada por literatura. Eu desenvolvi parte do gosto por leitura por causa de Anya, e ter esses momentos com Clarke me fazia entender quantas coisas boas puxei de Anya.

- Não adianta ficar assim Lexa. Você as vezes não entende que alguns objetivos de Anya, não chegam nem o mínimo perto do quanto ela te ama. Você e eu sabemos que mesmo que as circunstâncias fossem diferentes, ela faria tudo de novo por você.

Eu suspirei e engoli o nó em minha garganta.

- O quanto ela se sente responsável por mim, talvez porque ainda acha que tem que cumprir o papel da mamãe na minha vida.

A mão grande de Lincoln deslizou por meu ombro e ele recostou seu corpo grande me dando um abraço de lado.

- Não deixe ela ouvir isso nunca. Sabe que as coisas não são assim. Anya nunca quis tentar bancar a mãe, mas ela sempre quis te lembrar que você ainda tem uma família.

- Eu sei...

Murmurei baixo, quase sufocada pela decepção comigo mesma.

Anya estava sendo mediadora nas regras de Abigail e Clarke que estavam quase começando a discutir entre si.

- Ok, vamos lá. Vocês dois aí, vão jogar ou não?

Disse Anya apontando para nós com a unha pintada de azul e olhos estreitos, tentando especular qual era o tema da nossa conversa.

ALÍVIO (CLEXA) Onde histórias criam vida. Descubra agora