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Chloe.

-O que você está fazendo aqui? -Repito a pergunta para Nancy.

-Eu perguntei primeiro. -Ela diz.

-Ele gosta de ser chamado de amor. -Dou de ombros. -Não era assim quando vocês namoravam?

-Não. -Ela responde.

-Agora me responda. -Eu ordeno. Minha voz sai tão dura que eu quase não me reconheço.

-Eu vim te pedir desculpas, por tudo o que eu disse naquele dia. -Nancy olha para mim, depois para Steve. Ele se aproxima devagar e entrelaça os dedos aos meus.

-Está desculpada. -Dou a ela um sorriso de lábios fechados. -Pode ir agora. -Aponto para a porta.

-Chloe! -Steve diz, ao meu lado. -Não precisa ser assim.

Eu olho para ele, não consigo acreditar que isso está acontecendo de novo, solto sua mão devagar.

-Vocês me dão licença um minutinho? -Pergunto para os meus amigos, que não conseguem disfarçar os olhares em nossa direção.

Subo as escadas, ouço quando Eddie diz a Steve para ir atrás de mim. Bato a porta e me sento na cama, Steve entra menos de um minuto depois.

-Por que você convidou ela? É o meu aniversário, Harrington!

-Eu não a convidei. Ela ficou sabendo e simplesmente apareceu.

-E em nenhum momento você pensou em dizer a ela para ir embora? -Arqueio a sobrancelha.

-Eu não sabia o que tinha acontecido. -Ele diz. -Eu ainda não sei, na real. Ninguém quis me contar.

-E você não pensou em simplesmente ficar do meu lado, não importando o que tivesse acontecido?

Ele me olha por um longo minuto, não diz nada. Não importa o quanto eu me esforce, ele não vai ficar contra a Nancy, não importa a situação.

-Eu não sei porquê você acha que tem que ser tão devoto a ela, Steve. E não é da minha conta. Você que resolva todos seus problemas com ela. -Me levanto da cama. -Mas eu não quero me preocupar com isso. Não hoje. -Dou um beijo nele e vou para a porta.

-Por que vocês brigaram? -Ele pergunta.

-Ela disse que você nunca me notou porquê sempre esteve ocupado demais olhando para ela. -Faço uma careta, as palavras ainda doem. -E que eu era uma esquisita obcecada por você e isso era ridículo.

-Chlo, não... não era assim. -Ele murmura.

-Tudo bem. -Dou de ombros. -Vamos deixar o passado no lugar dele, certo?

-Certo.

Sorrio para ele e abro a porta.

-Eu amo você, Steve Harrington.

Dizer que eu o amo é como correr na chuva em um dia de muita ventania. É libertador, mas também me deixa com medo.

Os olhos de Steve me dizem tudo o que eu preciso saber. Ele também me ama, mas isso não torna as coisas mais fáceis para nenhum de nós dois.

Desço as escadas, passo por Nancy sem sequer olhar em sua direção.

-Quem vai ser o primeiro a me abraçar? -Abro os braços e pergunto para os meus amigos.

Meus amigos, minha família. Essas pessoas me amam, eu as escolhi para compartilhar a minha vida comigo e elas me escolheram de volta. Com o quê eu estou preocupada? O que é esse sentimento estranho dentro do meu peito? Essa coisa tem me assombrado desde ontem, depois da ligação com o Dustin.

To love a boy IOnde histórias criam vida. Descubra agora