21

1.5K 112 135
                                    

Chloe.

-Merda. -Sussurro.

-Que boca suja. Você beija sua namorada com essa boca? -Marcus aponta para Robin com um movimento de cabeça. Começa a rir e me puxa para um abraço. Eu fico imóvel nos braços dele.

-Eu não... -Robin começa a dizer.

-Escuta, Chloe... Eu não vim brigar. Eu sei que fiz muita merda e não espero que você me perdoe, mas eu precisava te ver.

-Me ver?

-Sim. Eu sinto sua falta, de verdade.

Eu dou um passo para trás, ele continua me olhando como um filhotinho perdido na estrada.

-Eu, hãn, estou com pressa, na verdade. -Aponto com o polegar para a sala. -Só vim buscar umas coisas.

-Tudo bem. Eu te ajudo. -Ele tira a jaqueta, a entrega para mim e entra na casa.

Robin me lança um olhar de assombro, eu não sei como reagir. Continuo parada na porta enquanto ele entra e pega uma caixa.

-Vamos colocar no seu carro?

Faço que sim com a cabeça, ele carrega a caixa até o lado de fora.

-Amiga, o que está acontecendo? -Robin sussurra.

-Eu não faço ideia.

-Docinho, você pode abrir o porta malas para mim? -Marcus grita de lá de fora.

Max desce as escadas e olha de mim para Robin.

-O que está acontecendo?

-Eu não faço ideia. -Repito.

Meu porta malas parece implorar por ajuda. Não tenho mais espaço e ainda tem duas caixas.

-O Steve sabe qual o tamanho de uma máquina de doces? -Robin pergunta, irritada.

-Acho que o Steve não sabe nem como é uma máquina de doces. -Max inspeciona a caixa. -Você acha que dá pra colocar no banco de trás?

-Não podemos, eu levaria uma multa.

-E o que nós vamos fazer?

-Talvez eu volte pra buscar no domingo, não sei. -Dou de ombros.

-Eu posso ajudar. -Marcus sorri. -Eu tenho uma caminhonete, Chloe. Consigo levar isso pra você.

-Não precisa.

-Eu não me importo. Eu queria mesmo visitar Hawkins. -Ele ri.

-Sério? -Max faz uma careta pra ele.

-Claro. Ouvi dizer que a locadora local tem uma nova funcionária que é uma gata. -Ele pisca para mim.

Respiro fundo.

-Adoro como as fofocas se espalham rápido aqui.

-Cidade pequena. -Ele dá de ombros. -Se você queria tanto um emprego, poderia ter ficado por aqui, aposto que o Tony te arranjaria alguma coisa.

-Eu não pude ficar aqui. -Aponto para a casa. -Meu pai me expulsou.

Ele pisca, perplexo. As bochechas ficam vermelhas.

-Sinto muito, eu não sabia. -Marcus encara os próprios pés.

-Você saberia se tivesse atendido minhas ligações. Aquelas que você ignorava, quando eu ligava chorando às duas da manhã porque sentia sua falta.

To love a boy IOnde histórias criam vida. Descubra agora