Dustin.
Chloe convenceu todo mundo a ir para a festa do time de basquete. Nós deixamos a Erica na casa dos Sinclairs e seguimos para a casa do jogador onde vai ser a festa.
-Eu não quero saber de reclamações, cara emburrada ou qualquer coisa que mostre que vocês não querem estar ali, entendeu?
-Sim, mamãe. -Eu e Mike falamos em uníssono.
-Já é um absurdo vocês não terem ido ao jogo, sério. Vocês são amigos desde que se entendem por gente, não é justo vocês não irem apoiar o Sinclair hoje. Era só adiar a campanha, não ia mudar nada.
-Diz isso para o Eddie. -Mike resmunga no banco de trás.
-Eu vou, vocês podem ter certeza!
-É só um bando de moleques jogando uma bola em cestos de roupa suja. -Eu repito o que Eddie sempre nos diz.
-E vocês são só um bando de nerds rolando dados e matando monstros imaginários. -A voz dela fraqueja no imaginários. Ela engole em seco. -Um pouco de humildade cai bem, Henderson!
-Henderson? Você está passando tempo demais com o Steve. -O rosto de Mike aparece no espaço entre nossos bancos. -Não sei se isso é saudável.
-Sabe o que não é saudável? -Chloe responde. -O soco que eu vou dar no seu nariz se você não sentar direito e colocar o cinto de segurança.
Mike continua no mesmo lugar, rindo. Chloe para o carro no acostamento ao lado de uma das estradas que leva para o lago dos amantes. Ela desce do carro, abre a porta de trás e o empurra no banco, passa o cinto de segurança pelo quadril dele. Mike a olha com assombro, as bochechas coradas de vergonha.
-Eu tenho que fazer tudo! Sempre a maldita babá! -Ela bate a porta de trás do carro.
-Nós não somos mais crianças! -Eu grito, mas ela não escuta. Encara alguma coisa no meio das árvores. -Chloe?
Ela dá um passo à frente, o galho estalando sob o seu pé parece o som de um osso se partindo.
-O que está acontecendo? -Mike sussurra.
-Não sei. -Tiro meu cinto de segurança e abro a porta do carro. -Chloe?
-O que você quer? -Ela pergunta para as árvores. -Por que você fica me seguindo por aí e aparecendo nos meus sonhos?
-Com quem ela está falando? -Eu pergunto para Mike. Ele tira o cinto também, abre a porta devagar.
-Não tem ninguém ali. -Ele sussurra. O rosto pálido.
O ar começa a ficar frio, a primeira partícula aparece no meu campo de visão. Saio do carro com pressa, puxo Chloe pela mão.
-Chloe, a gente precisa sair daqui!
Ela não me escuta, continua olhando para as árvores, os olhos começam a piscar mais rápido. O nariz sangra.
Eu a seguro pela cintura, tento colocar ela no carro. Os olhos dela viram, a parte branca exposta. O farol do carro começa a piscar, o rádio toca estática. Ela desmaia nos meus braços, fica tudo escuro de novo e o rádio desliga.
-Puta que pariu! -Eu a seguro. -Me ajuda aqui, Mike!
Ele pega as pernas de Chloe, nós a colocamos no banco de trás.
-Mike, tá na hora de ver se as aulas que o bundão do seu pai está te dando valem a pena. -Abro a porta do motorista para ele.
-Eu não sei fazer isso!
VOCÊ ESTÁ LENDO
To love a boy I
Teen FictionLista de coisas que eu, Chloe Henderson, não esperava: •Voltar a morar em Hawkins •Olhar Steve Harrington nos olhos •Segurar a mão de Eddie Munson •Ver Dustin ter dentes •Assistir Lucas Sinclair fazer a cesta da vitória em um jogo de basquete •Us...