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MIKEY

Não era muito tarde da manhã quando o kenzinho nos chamou para uma reunião dizendo que era urgente.

Cá estamos nós esperando ele na sala de reuniões, ele não era de se atrasar, mas deve ter acontecido alguma coisa. Os capitães e vices estavam todos presentes na sala.

Então enfim a porta foi aberta por Draken e junto a ele Kakucho, Sanzu, Ran, Rindou e Kokonoi cada um se sentando em seus devidos lugares.

— Bom acho que todos vocês são cientes do galpão que pegou fogo no mês passado, certo? — Enquanto isso ele colocava várias pastas na frente de cada um de nós.

— Pegaram quem fez isso? — Chifuyu se pronunciou.

— Infelizmente não, mas ouve outro incidente essa madrugada, 20 dos nossos homens foram cruelmente mortos. Nas pastas tem seus nomes, fotos e também imagens de como os corpos foram encontrados. — Abri a pasta lendo suas informações pessoais, e várias fotos grotescas de 20 homens cruelmente mortos, sendo dividido em 4 formas diferentes.

— Que caralho é isso aqui? — Olhei para Draken. — Quem foi o filho da puta que fez isso? Eles não foram mortos, foram... foram torturados caralho! — Minha voz saía um pouco mais alta do que o habitual, minha mão foi fechada em um punho, minhas veias saltaram.

— E você acha que eu não seu Mikey? Porra só olha isso aqui, dá vontade de vomitar! — Ele massageava sua cavidade nasal, suspirando pesado. — Como podem ver nas imagens os 20 homens foram divididos em 4 grupos, cada um com uma forma diferente de morrer. 5 deles foi constatado na autópsia com um tiro nos dois pés, nas mãos, e um tiro na cabeça e assim como foi encontrado nos outros corpos e também no galpão que atearam fogo a menos de um mês, uma cruz invertida. O segundo tinham sinais de estrupo e também foram mortos com um tiro na cabeça. O terceiro, os órgãos foram milimetricamente retirados, como olhos, coração, rins e fígado, creio que foi para a venda no mercado negro. Já o quarto e último grupo foram torturados até a morte, unhas, dedos dos pés e mãos, dentes e língua foram todos arrancados. Além de tudo isso todos os 20 tinham uma marca de cruz invertida como já citei antes, só que foram feitas por metal quente, e também essa mesma marca que estava no pulso deles foi encontrado no local onde foram mortos, só que foi feito com uma grande poça de sangue.

— Que porra é isso? Eles são algum tipo de vingadores de Jesus? — Baji batia na mesa com o punho fechado.

— Não sabemos quem fez isso por isso fizemos essa reunião para alertar vocês, deve ser alguma gangue nova que tá pela área, de qualquer forma tenham cuidado redobrado! — Kokonoi alertava.

— E por que caralhos não me avisaram disso antes? — Encarava Draken, suas olheiras eram notórias, cansaço transparecia em seu rosto.

— Porque você ficaria nervoso pra caralho e não ia prestar atenção em porra nenhuma. Como o Kokonoi mesmo falou tenham mais cuidado, não hesitem em nos dizer qualquer fio de cabelo diferente vocês acharem entenderam?

— Sim senhor! — Falaram em uníssono.

— Quando vai ser o enterro deles? — Joguei a cabeça para trás, fechando os olhos.

— Hoje a tarde, eles vão ser cremados, já cuidei de tudo a respeito do enterro, gostaria que todos estivessem presentes para honrar a morte deles.

Um murmúrio foi dado como resposta, todos estavam perplexos demais para aquilo tudo, o silêncio respondia tudo.

— Reunião encerrada então!

Todos saíram calmamente da sala, sem dizer uma palavra sequer, apesar disso ainda sentia a presença de Draken, mesmo estando com os olhos fechados.

— O quê  quer?

— Eu vou dormir. Vê se você se cuida Mikey.

Murmurei em concordância ouvindo seus passos se afastarem e a porta ser fechada de novo.

Quem caralhos era esse filho da puta que matou eles? A dúvida e a culpa invadiam minha mente, me sentia observado por alguma coisa, mas eu sabia que era maluquice da minha cabeça.

Não importa o quê aconteça eu vou pegar esse filho da puta!

[Nome] on:

O dia continuava normal, o café estava com uma boa movimentação, não tinha muitas pessoas,  mas o fluxo de pessoas não parava.

O sino da porta balançava novamente, indicando a chegada de um novo cliente, que logo se sentou no balcão.

— Vous parles français?  — Perguntou em outro idioma.
(Tradução: você fala francês?)

— Oui, je peux aider?
(Tradução: sim posso ajudar?)

— Je voudrais un café américain à emporter s'il vous plaît! — Apesar da sua aparência amedrontadora, sua voz era estranhamente gentil, mas sua característica que mais chamava atenção era uma pequena tatuagem na região do seu zigomático. Uma pequena cruz invertida.
(Tradução: eu gostaria de um café americano para viagem por favor!)

— Autre chose? — Anotava seu pedido na caderneta.
(Tradução: algo mais?)

— Non, merci.
(Tradução: Não obrigado.)

Sorri amigavelmente e então preparei seu pedido, como não era um pedido tão especial assim, foi bem rápido seu preparo.

— C'est ici monsieur!
(Tradução: aqui está senhor)

— Merci beaucoup mademoiselle, une question connaissez-vous des Mikey ? — Seu tom de voz era sugestivo.
(Tradução: muito obrigado senhorita, uma pergunta você conhece algum Mikey? )

Por que ele queria saber se eu conhecia algum Mikey? Além do mais o quê ele queria com ele? Quem é esse cara?

— Désolé, jamais entendu parler! Bonne voyager! — Sorri gentilmente indo atender outro cliente.
(Tradução: desculpe, nunca ouvi falar! Boa viagem!)

Por um milésimo jurei ver um sorriso em seu rosto, depois disso ele simplesmente foi embora.

Que homem estranho...

Em alguns minutos depois:

O homem de porte físico grande cabelos com mechas loiras, e tatuagem no rosto discava um número em seu aparelho telefônico.

— Je l'ai trouvée monsieur !
(Tradução: eu a encontrei senhor!)

— Je vois, bon travail ! comment était-elle? a dit quelque chose?
(Tradução: Entendo, Bom trabalho! Como ela foi? Disse alguma coisa?)

— Non, il a dit qu'il n'en avait jamais entendu parler, elle était très intelligente monsieur, si je puis dire.
(Tradução: Não, disse que nunca ouviu falar, ela foi bem inteligente senhor, se me permite dizer.

— En fait, elle est assez intelligente, c'est dommage que son père n'ait pas eu cette intelligence non plus. — Um sorriso anasalado foi ouvido do outro lado da linha.
(Tradução: de fato, ela é bem esperta, é uma pena que seu pai não teve a mesma inteligência que ela)

— C'est tout mon seigneur?
(Tradução: só isso meu senhor?)

— Oui merci! — o outro homem desligava o telefone olhando a cidade de uma grande janela de vidro, pegou seu telefone abrindo na galeria de fotos clicando em uma foto da jovem, logo abrindo um grande sorriso.
(Tradução: sim obrigado)

Ele analisava tudo da garota, seus olhos percorriam cada detalhe da dela.

— [Nome] Suzuki né? Continue sendo esperta desse jeito e vai acabar no inferno meu amor!







MY ETERNAL SWEETIE | MANJIRO SANOOnde histórias criam vida. Descubra agora