VaLu - Como tudo começou (Adaptação Stupid Wife)

Mudança de planos

Narrador: Na manhã seguinte, o primeiro raio de luz atravessou a janela, banhando o quarto com uma luz suave. Luiza foi a primeira a acordar, ainda com os resquícios da noite nos pensamentos, enquanto Valentina estava grudada nela, o cheiro familiar de Valentina impregnado nos seus cabelos. O corpo de Valentina estava relaxado ao seu lado, e Luiza sorriu ao sentir o coração acelerar só de lembrar dos momentos anteriores. A proximidade, o toque, os beijos silenciosos compartilhados. Tudo isso fazia seu peito vibrar.

Durante a madrugada, Luiza havia acordado duas vezes, e em ambas as vezes, o calor do corpo de Valentina a envolvia de uma forma reconfortante. Ela observava o jeito que Valentina respirava suavemente, o peito subindo e descendo com tranquilidade. Pensou em acordá-la, mas desistiu, preferindo simplesmente deixar um beijo suave em sua testa, um gesto silencioso de carinho.

Enquanto olhava para Valentina, Luiza notou uma pequena cicatriz no supercílio dela. Era sutil, daquelas que a gente só percebe quando observa de perto. Ela se lembrou do momento em que viu a cicatriz pela primeira vez, quando Valentina levantou a sobrancelha enquanto estavam no carro. Agora, ali na cama, a curiosidade de Luiza crescia. Como foi que ela fez essa cicatriz? Quantos anos tinha? Será que sentiu muita dor? Será que ainda sente algo ao tocar nela?

A fascinação pelos detalhes de Valentina crescia. Querer muito, se importar muito, é isso: querer saber até os mínimos detalhes, até as cicatrizes invisíveis que ninguém mais percebe.

Luiza (pensando): Há detalhes que só o amor enxerga.

Ainda sonolenta, pegou o celular e viu que eram apenas 5:20 da manhã. Observou Valentina por mais alguns minutos antes de, sem perceber, cair no sono de novo. Algum tempo depois, ela foi despertada suavemente por um beijo no queixo de Valentina, que ainda estava nos seus braços, sem se mexer muito, mas agora a agarrava de uma forma que fez Luiza sorrir.

Valentina: "Bom dia, linda." — disse Valentina, bocejando levemente.

Luiza: "Bom dia, linda. Como foi sua noite de sono?" — perguntou Luiza, com um sorriso preguiçoso.

Valentina: — com um olhar travesso, respondeu: "Só não foi melhor que..." — mas parou quando viu o olhar de repreensão de Luiza, que rapidamente se transformou em risos.

Luiza: "Quantas horas? Tô morrendo de preguiça."

Valentina: "Não são nem 8 horas ainda. Vou levantar pra tomar banho primeiro, pode ser? Dorme mais um pouquinho e a gente desce pro café."

Luiza: — esticando-se na cama, brincou: "Ah... tudo bem, mas... não quer ficar mais um pouquinho aqui comigo?"

Valentina: "Só mais um pouquinho, né?" — respondeu com charme, se aconchegando de novo ao lado de Luiza.

Luiza: "Idiota..." — disse Luiza, rindo, antes de ser puxada para mais um beijo, um daqueles que faziam o tempo desacelerar, como se tudo ao redor tivesse desaparecido.

Narrador: O beijo era lento e cheio de carinho, as mãos entrelaçadas sob os lençóis. Valentina sorria entre um beijo e outro, e Luiza se deixava levar, sentindo o coração bater em perfeita sincronia com o de Valentina.

Luiza: "Quem mandou parar de me beijar?" — brincou Luiza, os olhos semicerrados, ainda embriagada pelo toque de Valentina.

Narrador: As horas passavam devagar enquanto as duas ficavam enrolando na cama, falando sobre qualquer coisa que viesse à mente, trocando beijos e risos despreocupados. Luiza acabou adormecendo novamente, e Valentina ficou ali, observando-a dormir. Ela estava maravilhada. Luiza, naqueles momentos de descuido, era a definição de uma personagem de filme irresistível — alguém que você queria conhecer mais profundamente a cada sorriso sonolento, a cada palavra murmurada entre um sonho e outro.