VaLu - Como tudo começou (Adaptação Stupid Wife)

Digo baixinho

Narrador (Luiza): Estávamos à mesa, conversando casualmente depois de devorarmos algumas pizzas e bebermos um pouco de vinho. Eu podia sentir o nervosismo misturado com empolgação em Valentina. O pai dela, Marcos, foi incrivelmente agradável, e ao contrário do que eu temia, não fez perguntas desconfortáveis. O jantar estava leve, descontraído, até que o telefone dele tocou.

Marcos: "Com licença, meninas. É sua mãe, Valentina."

Narrador (Luiza): Assim que ele saiu, Valentina se inclinou para mim com um sorriso suave.

Valentina: "E aí, Lu? Tudo bem?"

Luiza: "Sim, amor. Gostei muito do seu pai."

Valentina: — suspirando de alívio: "Que bom... ele claramente gostou de você também." — disse, satisfeita.

Narrador (Luiza): Eu a encarei, deixando nossos olhares se prenderem por alguns segundos. Não precisei dizer nada, apenas segurei sua mão e encostei a cabeça no seu ombro, sentindo o calor do momento.

Valentina: "O que foi?"

Luiza: — com um sorriso suave, disse: "Eu adoro o jeito que você me olha."

Valentina: — inclinando-se para sussurrar no meu ouvido: "De que jeito, amor? Completamente apaixonada?"

Luiza: — baixinho: "Aham. Sou louca por você."

Valentina: — provocando, com um brilho nos olhos: "Hmm, acho que não ouvi direito..."

Luiza: — rindo, levantou-se: "Mais tarde, se você merecer, talvez eu diga de novo."

Narrador (Valentina): Quando Luiza saiu, meu pai voltou à sala, mas algo em seu semblante parecia diferente.

Marcos: "Sua mãe é complicada. Amanhã conversamos sobre isso, tá? Onde está a Luiza?"

Valentina: — preocupada: "O que houve, pai? Ela foi ao banheiro."

Marcos: — hesitante: "Amanhã, filha. Dê um abraço nela por mim. Boa noite. Te amo."

Valentina: — sentindo o peso da preocupação no tom dele, respondeu: "Boa noite, te amo, pai."

Luiza: Quando subimos para o quarto, depois de escovarmos os dentes, Valentina parecia perdida em pensamentos. Ela se virou para mim com um olhar que misturava insegurança e desejo.

Valentina: "Quer deitar já?"

Luiza: — com um tom sugestivo: "Tem outros planos?"

Valentina: — sorrindo maliciosamente: "Talvez eu tenha. Mas, antes disso, vamos conversar um pouco?"

Luiza: — curiosa: "Sobre o quê?"

Valentina: — hesitante, respirou fundo: "Às vezes eu sinto uma insegurança enorme em relação a nós, sabe? Mesmo agora, depois de tudo..."

Luiza: — surpresa: "Por quê? Me explica isso, amor."

Valentina: — com a voz baixa: "Desde que te conheci, mesmo quando só podia te observar de longe... eu te queria. Eu te queria muito. Mas agora, desde que voltamos da viagem, sinto que, às vezes, ainda estou te perdendo. Como se só pudesse te querer de longe, sem saber se você está completamente comigo."

Narrador (Luiza): Suas palavras me atingiram em cheio. Eu não fazia ideia de que Valentina se sentia assim. Peguei seu rosto com ambas as mãos e a fiz olhar diretamente para mim.

Luiza: "Eu nunca mais vou fazer você se sentir assim. Me perdoa, meu amor. Eu não tinha percebido, mas acho que esperei que só você tomasse todas as iniciativas. E sem perceber, me afastei. Eu pensei que você fosse se cansar de mim, que talvez não estivesse tão interessada." — falei com o coração na mão.

Valentina: — com os olhos marejados, respondeu: "Você é tudo o que eu penso, Luiza. E eu sempre quis tanto que você soubesse disso."

Narrador (Valentina): Suas palavras me derreteram por completo. Antes que eu pudesse falar mais, Luiza me puxou para um beijo profundo e demorado, carregado de tudo o que não havíamos dito nos últimos dias. E naquele momento, tudo se encaixou.

Valentina: "Eu amo você. Amo tudo em você, desde o jeito que me olha até o som da sua risada."

Luiza: — beijando a testa dela, sussurrou: "Eu também amo você. E sempre amarei."

Narrador: O peso daquelas palavras pairou no ar por um segundo, até que Valentina, ainda sem conseguir segurar as emoções, se deitou sobre mim, me envolvendo em um abraço apertado. Nossos corpos se acomodaram naturalmente, como se pertencessem um ao outro.

Valentina: — num sussurro: "Eu quero te pedir uma coisa... Eu quero que você seja minha namorada."

Luiza: — meu coração quase parou. Era o que eu mais queria ouvir. Olhei nos olhos dela, emocionada, e sem hesitar, respondi: "Eu quero ser sua namorada. Eu quero tudo isso com você."

Narrador (Valentina): Um sorriso tomou conta de mim. Eu a beijei novamente, sentindo o peso de tudo aquilo se transformar em uma felicidade que não cabia em palavras.

Valentina: "Eu prometo te fazer a pessoa mais feliz do mundo."

Luiza: — rindo suavemente, disse: "Você já faz isso."

Luiza: E naquele instante, todo o nervosismo, toda a insegurança foi substituída por uma certeza absoluta: estávamos juntas. Era real, e isso era tudo o que importava. A noite continuou com beijos, carícias e promessas silenciosas.

Valentina: Enquanto nossos corpos se aproximavam mais uma vez, o mundo desaparecia. Cada toque era uma reafirmação do amor que construímos, da confiança que se formava. Havia uma suavidade, um carinho em cada gesto. E naquele momento, percebi que não havia mais espaço para o medo.

Luiza: Quando finalmente nos deitamos, exaustas e satisfeitas, Valentina se aninhou em mim, descansando a cabeça no meu peito, e sussurrou baixinho:

Valentina: "Te amo, Lu."

Luiza: — acariciando seu cabelo: "Eu também te amo, Val."

Valentina: E assim, adormecemos juntas, envoltas em amor, carinho e a certeza de que estávamos começando algo lindo.