𝓑𝓸𝓪 𝓵𝓮𝓲𝓽𝓾𝓻𝓪
Não posso dizer que meu final de semana foi uma beleza realmente, já que eu ficava constantemente esquecendo que estava com a mão machucada e tentava pegar as coisas com ela - sendo lembrado imediatamente pela dor aguda. O lado bom é que a médica da enfermaria me liberou do trabalho durante os dois dias seguintes por conta do corte na mão. E, ok, não é mesmo como se tivesse muita coisa para fazer, uma vez que o príncipe não estava no palácio - na verdade, ele nem estava no estado, até onde eu sabia. Então apenas matei o tempo lendo, assistindo Brooklyn 99 e tendo meus pensamentos constantemente interrompidos por um certo sorriso de dentes brancos, perfeitos e covinhas adoráveis.
Me peguei pensando que devia ter pedido o número do telefone dele para, pelo menos, poder mandar mensagens. Mas no mesmo instante, me condenei por estar tendo uma ideia dessas. Eu não devia querer mandar mensagens para o Hyunjin. Ele devia ser meu arqui-inimigo ou qualquer coisa assim. Eu não devia ficar rindo como um bobo só de lembrar do rosto corado dele no nosso último encontro ou como ele deixou que eu ficasse com a comida dele.
Mas o lance era que durante toda a minha vida, tudo que eu soube a respeito de Nova Germânia era que eles tinham roubado uma parte do nosso país como uns miseráveis e que a toda a família real, mereciam ser odiados para todo o sempre. Mas eu nunca tinha me tocado que isso tinha acontecido há uns setenta anos e que os Morgstern que levaram parte de Veritas provavelmente nem estavam mais vivos. Eu duvidava que todas as gerações deles fossem seres desprezíveis. E eu duvidava que o Hyunjin fosse assim.
Além do mais, todas as histórias que eu sempre ouvi, diziam que a imprensa era censurada e que a população do país era manipulada. Mas a verdade era que as pessoas pareciam gostar do Hwang e quanto a mídia... bem, tudo que eu descobri é que meu pai bloqueia pesquisas no meu país. Simplesmente não é justo esconder informações. Acho que qualquer pessoa do país tem direito de tirar suas próprias conclusões sabendo da verdade.
E eu podia até não conhecer o Jinnie há muito tempo, mas eu sabia que ele não era uma pessoa ruim. O pai dele? Ok, eu não tinha as melhores impressões sobre o cara - tipo assim, o homem que empurra a esposa do alto da escada não se torna exatamente confiável. Mas o Hyunjin só tentava fazer o melhor que ele podia no governo do país. Ele se desgastava mais do que devia por isso. Ele era só um garoto quebrado. Era mais do que óbvio que a forma como ele fora criado o havia feito se fechar como uma ostra, na qual era extremamente difícil entrar. Até fazê-lo sorrir era difícil!
Ele tinha me dito que voltaria no domingo à noite, mas isso não aconteceu e quando fui tomar café da manhã na segunda-feira, soube que ele ainda não tinha chegado. Não é como se ele tivesse algum compromisso comigo nem nada, mas ele tinha dito que voltaria no domingo. Com sutileza, perguntei à Cecilia sobre o príncipe.
- Ele está te devendo alguma coisa? - Foi o coice que eu recebi. Ok, ela não era mesmo a pessoa mais simpática do planeta, mas, cara, nunca tinha me dado uma resposta dessas.
- N-Não. É só que ele disse que... - Hesitei, pego de surpresa. Para logo em seguida descartar a pergunta com um gesto antes que ela me chutasse dali. - Ah, esquece, não é da minha conta mesmo.
Me virei para sair, mas ela respondeu, mais calma dessa vez.
- Ele se sentiu mal ontem e passou a noite no hospital, na cidade onde estava.
Imediatamente senti meu coração se apertar, perguntei, apreensivo.
- Mas ele está bem? - Eu não dava a mínima se achava que estava sendo muito intrometido, uma vez que eu não passava de um empregado. Eu só precisava saber dele.
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Real; hyunlix.
Paranormal𝗮𝗱𝗮𝗽𝘁𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 ੭. Felix achava que já tinha problemas demais para lidar entre a escola, as cobranças da família, o seu namorado secreto e o fato de ser um príncipe em um país prestes a entrar em guerra com seu vizinho. Mas percebe que as coisa...