Renjun estava encarando a porta fechada do apartamento de Jeno a exatos dezesseis minutos, em completo silêncio, Jaemin e Jeno se entre olhavam perguntando com as expressões se o único chinês ali estava bem. Porém eles decretaram que não pois viram uma única lágrima escorrer pela bochecha do mais velho o que causou um certo desespero momentâneo nos coreanos.
- O que foi bebê? - Jaemin pergunta preocupado abraçando o namorado.
- E-eu é tanta coisa para digerir - Renjun chora - Primeiro o Yangyang volta, conta tudo o que aconteceu, depois o Lele vai passar o dia com ele... Eu nunca fiquei tanto tempo longe do meu menininho - O mais velho se permite ser abraçado pelos namorados.
- Amor, ele vai ficar bem, e, o Yangyang está bem! - Jeno assegura o mais velho - Pensa, que esse tempo eles vão recuperar o que perderam e, o Lele não vai mais chorar de saudades meu amor.
- Além disso, você só vai ver ele sorrir - Jaemin beija a têmpora do namorado - Agora, vamos lá, pare de chorar - O Na pede enquanto limpa gentilmente as lágrimas que escorriam do rosto lindo do chinês - Vamos aproveitar o dia, só nós três certo?.
- Não que a gente não queira o Lele junto! Até por que aquele menininho já ganhou meu coração - Jeno explicava - Mas, vamos aproveitar nós três, como o trisal que a gente é... Sem se preocupar, acho que você merece isso também não é?.
E Renjun pensou, pensou tanto em segundos que a cabeça chegou a doer, ou talvez ela já estive doendo por conta de tudo que aconteceu nas últimas horas. Mas tanto Jeno quanto Jaemin estavam certos, ele precisava aproveitar um pouco com eles e não somente ficar preocupado com Chenle - apesar de Chenle sempre ser sua prioridade -, seu filho estava bem, estava com o outro pai. Então por que não aproveitar um pouquinho não é?.
Yangyang desceu na estação em que ficava em seu bairro e saiu da mesma com Chenle ainda em seus braços, tinha medo de que algo ou alguém machucasse o pequeno, e por ser a primeira vez dele andando de metrô, queria que o filho tivesse uma boa memória disso, mesmo que não fosse lembrar por ser muito novinho, mas o Liu com toda certeza lembraria desse dia.
- Olha papai! - Chenle apontando para dois cachorrinhos no parque em que passavam.
- Você gosta de cachorrinhos bebê? - Yangyang pergunta ao filho segurando firmemente sua mãozinha para que pudessem atravessar a rua.
- Eu amo! - Chenle exclama enquanto tenta acompanhar os passos do pai, que assim que percebe a dificuldade do garotinho diminui eles dando risada em seguida - Mas o papai Jun não me deixa te' um.
- Oh - Yangyang pensa - Eu tenho um... Amigo... Que tem um, você vai gostar! - O Liu sorri e olha para o filho que está com os olhinhos brilhando.
- Nós podemos ver ele papai? Podemos? - Pergunta juntando as mãozinha e fazendo biquinho.
Mesmo que a resposta de início fosse negativa, nunca que Liu Yangyang teria coragem de negar algo aos olhinhos pidões e biquinho do filho, isso era golpe baixo e o garotinho sabia muito bem disso.
Chenle comemorou e pegou na mão do pai novamente para que pudessem caminhar pela calçada, o bairro que Yangyang morava era extremamente tranquilo, com pouco movimento, talvez por ser um bairro mais de idosos e famílias, tanto que tinha apenas uma escolinha infantil, dois supermercados, um posto de gasolina, algumas lojinhas, umas duas padarias e de desse muito sorte iria encontrar no meio dos pequenos prédios algum bar. Tinha pouco barulho naquele lado da cidade, e mesmo sem perceber o pequeno acabou gostando, apesar de Chenle ser barulhento, ele não gostava de barulho.
Os prédios do bairro iam no máximo até o quarto andar, e todas as casas na volta eram pequenas e de apenas um andar, porém todas com pequenos jardins bonitos, cheios de flores coloridas, e Chenle fez questão de parar para pegar todas. Claro que Yangyang antes pediu permissão aos donos para que o filho pudesse colher as plantinhas, e o menininho até fez amizade com um casal de idosos muito simpáticos.
- Papai, você mola' sozinho? - Chenle questiona após chegaram na frente de uma casa um tanto quanto menor da de Chenle, mas parecia ser tão aconchegante quanto.
- O papai mora com dois amigos - Yangyang explica - Se lembra que o papai disse que trabalha no hospital? - O jovem adulto pergunta e vê o filho concordar - Então, esses meus amigos também trabalham lá.
Chenle sorri e começa a olhar o jardim pequeno a seu redor, tinha um pequeno caminho até a porta da casa, onde tinha que subir uns três degraus e então dar de cara com a porta perfeitamente branca da residência - afinal, combinava com o tom creme da casa - e viu seu pai entrar e seguiu o mesmo. Chenle analisou todo o local, a sala e cozinha dividas apenas por uma bancada e um corredor pequeno que havia três portas, uma provavelmente era a do banheiro.
Mas uma coisa chamou a atenção do menininho, na verdade, uma bolinha de pelos para ser exata.
- Olha papai! - Chenle fala animado e se senta no chão para brincar com o animalzinho.
- Esse é o Leon - Yangyang diz após se agachar ao lado do filho e ver ele brincar com o gatinho - E tem também o Louis - O Liu diz se sentando ao lado do filho com um outro gatinho em seu colo - E a princesa da casa, a Bella.
Após ser pronunciado o nome, a cachorrinha corre em direção aos dois lambendo rapidamente a bochecha de Chenle que cai na gargalhada enquanto tenta fugir dos beijos da Bella.
- Bella! Deixe nosso convidado em paz - Uma voz soou do nada assustando o garotinho que correu para os braços do pai - Aí Jesus amado, me desculpa!.
- Podia ter sido um pouco mais cuidadoso! - Yangyang ralha - Hey, pequeno príncipe, esse é Hendery o amigo do papai - O Liu diz enquanto faz carinho nos cabelos do filho e olha de maneira feia para o mais velho a sua frente - Tá tudo bem, ele não vai te machucar.
- Oi pequeno, me desculpa ter te assutado - Hendery pede quase chorando ao ver os olhinhos vermelhos do garotinho - Yang ele é tão lindo, parece um príncipe.
- Ele é um príncipe - Corrige o Liu - Onde está o Dejun? - Yangyang pergunta.
- Escutei meu nome - O antes citado aparece saindo da cozinha - Então esse é o famoso Chenle - O jovem sorri - Oi! Eu sou Dejun, um amigo do seu papai.
Chenle olha para o pai como se perguntasse se aquilo era verdade, e após ter uma confirmação de cabeça o pequeno olha para os amigos de seu cuidador e sorri timidamente.
- Oi - O garotinho diz com a voz baixinha.
- Ele é tão fofo! - Hendery diz enquanto puxa Chenle para um abraço - Eu vou te roubar para mim!.
- Não titio! Meu papai Jun vai fica' tliste' - Chenle diz e arregala os olhinhos.
- Nós podemos ficar com ele? - Dejun pergunta enquanto sorri apaixonado pelo menininho.
- Renjun me mata se eu pensar nessa possibilidade - Yangyang brinca e sorri, agora podia dizer que estava em paz, estava na companhia de seus três amores.
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Você Tem Um Filho?!. - Norenmim
FanfictionRenjun era pai solteiro e nunca fez questão de esconder isso, na verdade era algo até que se orgulhava - principalmente pelo fato dele estar criando Chenle sozinho - porém, seus namorados não sabiam que Renjun tinha um filho. O chinês tentou diversa...