Você Tem Um Filho?!. - Norenmim

Capítulo 8

Após terem almoçado e conversado um pouco - no caso os adultos já que Chenle estava distraído demais fazendo penteados em Jaemin - Yangyang disse que precisava ir embora.

Isso fez com que o pequeno ficasse em alerta e não desgrudava de seu pai chorando abraçado ao pescoço do mesmo.

- Não papai! - Chenle dizia enquanto soluçava, tinha medo de que nunca mais fosse ver o Liu novamente - Pu' favo' não vai... E-eu plometo' que vou me comporta' e-e não vou mais chola' - Dizia enquanto chorava e abraçava cada vez mais o pescoço de Yangyang.

Os jovens adultos estavam com o coração apertado vendo o garotinho daquela maneira, doía nos quatro principalmente em Renjun que chorava junto do filho, odiava ver Chenle chorando e odiava mais ainda quando não conseguia fazer seu menininho parar com o choro.

- Filho vem com o papai - Renjun pede tentando pegar o garotinho.

- Não papai - Chenle diz.

Yangyang suspira e se senta no sofá ainda com o filho nos braços enquanto esfrega as costinhas do bebê.

- Bebê respira, calma.... - O mais velho repetia calmamente - Isso, faz junto com o papai ó cheira a florzinha - Yangyang puxa o ar - Agora assopra a velinha.

Chenle fazia o que o mais velho pedia enquanto tentava se acalmar aos poucos, agora estava apenas fungando.

- Olha para o papai - Yang pediu e viu os olhinhos inchados, as bochechas vermelhas igual o narizinho e as lágrimas ainda escorrendo pelo rosto perfeitinho do filho - Calmo' tá tudo bem meu amor - O Liu disse a abraçou o filho que fungava - Calmo' você também Renjun - Yangyang disse e olhou para o ex que era abraçado por Jeno e Jaemin enquanto chorava.

- Não gosto de ver ele chorando - Renjun fala enquanto limpa as próprias lágrimas.

- E eu descobri que eu também não - Jeno comenta e olha para o teto não querendo deixar as lágrimas caírem.

- Gente ele já tá bem - Yangyang disse - Renjun, eu posso te pedir uma coisa?.

- Claro - Prontamente o mais baixo responde.

- Deixa o Lele passar o resto da tarde comigo? - Pergunta timidamente Yangyang - Eu levo ele comigo agora e a noite deixo ele na sua casa pode ser?.

- Eu não sei não - Renjun diz inseguro.

- Você precisa passar um tempo de casal também com eles - Yangyang fala.

Renjun suspira e olha para o filho que ainda fungava então olha para os namorados que estavam ali consigo, conhecia Yangyang a tantos anos e sabia que ele era um ótimo pai - afinal o que aconteceu não foi culpa dele - sabia que iria cuidar de Chenle tão bem quanto si.

- Tudo bem, mas eu quero ele lá em casa no máximo às sete e meia da noite Liu - Renjun resmunga.

- Escutou isso bebê? - Yangyang pergunta ao garotinho - Hoje você vai passar a tarde comigo!.

A criança sorri animada e abraça ainda mais o pai.

- A gente vai precisar ver a guarda do Lele - Yangyang diz e Renjun arregala os olhos - Não agora idiota, com calma.

- Ah certo eu preciso me preparar psicologicamente.... Em uns vinte anos eu consigo - O mais baixo brinca - Eu vou arrumar a mochila do Lele.

Em poucos minutos a mochilinha do garoto já estava pronta e agora estava pendurada sobre o ombro esquerdo de Yangyang enquanto o mesmo esperava pacientemente Renjun terminar de abraçar e beijar o filho.

- O papai te ama muito muito muito muito - Renjun dizia enquanto abraçava o filho como se pudesse o fundir consigo - Você é o meu mundo todinho, eu vou sentir muitas saudades.

- Ele vai ficar comigo só por algumas horas - Yangyang revira os olhos.

- Shiu! - O Huang reclama - Qualquer coisa é só gritar que o papai vai correndo te salvar meu bebê.

- Tá papai - Chenle ri - Também ti' amo um muitão - O menininho diz e abre os braços o máximo que consegue para mostrar a quantidade de seu amor por seu pai.

- Wow isso é um muitão mesmo - Renjun fala e beija a bochecha do filho - Por favor Yang, cuida dele.

- Não se preocupa ok? - O Liu fala - Da tchau para os tios filho.

Jeno já estava agachado com os braços abertos esperando o abraço do pequeno.

- Tchau meu amor, a gente ainda vai se ver muito mais tá bem? - Jeno pergunta enquanto esfrega as costas da criança que concorda com a cabeça.

- Agora no titio Nana - Jaemin fala enquanto abraça e beija a bochecha de Chenle - Eu amei te conhecer pequeno príncipe, vamos brincar mais de salão de beleza da próxima vez tá?.

- Pode deixa titio Nana! - Chenle sorri animado - Vamos papai! - Chenle corre até o pai e pega em sua mão direita.

- Tô com a identidade dele, cartão do convênio, remédios caso precise, seu número, número do Sisi e do Yuta e até o do Jaemin e Jeno - Yangyang começa - Além de roupas, comidas e a mamadeira e os brinquedos, tá tudo aqui não tem com o que se preocupar!.

Renjun fecha a boca e apenas concorda com a cabeça indo até a porta junto dos outros chineses.

- Você vai ir com os curativos? - Renjun pergunta timidamente visto que Yangyang ainda tinha os Band-Aids que Chenle havia colocado nele.

- Sim? Afinal o doutor Chenle disse que eu vou ficar bem! - Yangyang brinca - Tá tudo bem, mas vamos logo se não você não vai deixar eu sair - Disse isso e fechou a porta atrás de si.

....

Chenle caminhava ao lado do pai enquanto tagarelava sobre sua pequena vida, tinha contado dos amiguinhos da creche, sobre seu primo Shotaro, seus tios, avós até sobre o cachorrinho da vizinha que tinha ficado com dor de barriga recentemente. Já Yangyang fazia questão de prestar atenção em tudo que o filho falava até concordava consigo em algumas partes.

Eles estavam na estação esperando o metrô enquanto Chenle olhava para todos os lados impressionado com aquilo a sua volta - visto que Renjun apenas pegava ônibus com o pequeno - e com as pessoas que corriam de um lado para o outro, até que o primeiro metrô chegou fazendo um barulho gigante e acabou assustando o garotinho que se grudou nas pernas do pai.

- O que foi bebê? - Yang pergunta enquanto pega o pequeno no colo.

- O balulio' papai! - Diz o menino enquanto esconde o rosto no pescoço do pai - É de um monsto'.

Yangyang riu e abraçou o filho - É apenas o metrô príncipe, é tipo um ônibus mas é mais rápido - Tenta explicar e então cutuca a barriguinha da criança para que ele olhasse - Olha, não é um monstro - O Liu diz e Chenle vê aquele amontoado de pessoas entrando e saindo da condução.

- Uau papai - Chenle fala.

- Você nunca andou de metrô? - Pergunta o mais velho e vê o garotinho negar com a cabeça - Mas hoje a gente vai andar em um!.

Chenle sorri animado mas mesmo assim não desce do colo do pai - nem Yangyang fazia questão do garotinho descer de seu colo já que com o tanto de gente andando para lá e para cá era capaz do seu menininho se machucar - e fica olhando a movimentação.

Em poucos minutos chegou o metrô em que levava até a estação onde Yangyang mora, assim eles adentraram o veículo que por sinal estava cheio e ficaram perto de uma das janelas para que Chenle pudesse olhar o lado de fora.

- Você e seu irmão são tão bonitinhos - Uma senhorinha que estava sentada do lado de onde Yangyang estava de pé com Chenle no colo se pronunciou.

O mais velho sorriu orgulhoso e então respondeu - Ele é meu filho.

- Ó, você é tão novo para ser pai - Ela diz - Que Deus abençoe vocês dois e que você ainda possa ver e mostrar para ele muita coisa meu querido - A mais velha sorri.

Yangyang olha para o garotinho que estava encantado com a vista da cidade de Seoul e em seguida responde a senhora - Obrigado, ainda vou ter muito tempo com meu bebê.