... ou quando fui Yozo, de No Longer Human
Eu gostaria de dizer meu último adeus
Para essas quatro paredes de pé
E o chão sob minhas meias
Não seria digno de outro jeito
Nem seria da minha vontade
Estar cercado de pessoas
Fantasmas, e sombras
E formas, como fumaça
Debatendo-se do fogo
E, então, desaparecendo
Eu nunca fui uma boa pessoa
Nem consumi minhas próprias piadas
Todos esses anos, essas décadas
Eu estive me derramando
Sangrando pelas ruas
Até que restasse a pele e os órgãos
O que me leva à pergunta...
Qual é o oposto de humano?
Seria espectro? Espírito?
Mas esses não seriam sinônimos?
O oposto de humano são ossos
A dureza, rigidez
A obviedade do fim
E nesse sentido
Eu prefiro o meu oposto
Não há tristeza nenhuma em dizer
Não há mais culpa ou remorso
Estou sendo verdadeiro
Estou falando por mim mesmo
Pela primeira, pelaúltima vez
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Adeus aos Pássaros
PoetryTodas as poesias que eu escrevo para livros lidos Meu último adeus às suas histórias E personagens que, um dia, eu fui Minha gratidão para autores Suas almas em caleidoscópio E meu jeito de deixar um livro partir... Como pássaros